Baixe stm - 30 e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Produção, somente na Docsity! AMOSTRAGEM PARA
PROCESSAMENTO MINERAL
MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA
Cesar Cols- Ministro de Estado
DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL
Yvan Barretto de Carvalho - Diretor Geral
DIVISÃO DE FOMENTO DA PRODUÇÃO MINERAL
Manoel da Redenção e Silva - Diretor
CENTRO DE TECNOLOGIA MINERAL
Roberto C. vilias Bôas - Superintendente
SUMÁRIO PÁGINA
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO cuusu so coco cares dndbienea mm esse, creme mera e... - 02
2. TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM ......cccccercecestes arevevenasaas é é pao 03
2.1. - Amostra Primária ou Global .......... ERES TETE 03
2.2. - Amostra Final ou Reduzida ........cccccccccctcesaeca o- 03
2.2.1. - Técnicas de Homogenei zação/Quarteamento .......ccca 04
3. MASSA DA AMOSTRA ..iceccercrrerceraaceneees a & mimiseieis ms ves 09
3.1. - Amostra com Disponibilidade de Informações .......... 09
3.1.1. - Modificações da Fórmula de Pierre Gy para
Minêrios Especiais ......... DEPT EE Extntimcmaeas ecc. ll
3.2. - Amostra Carente de Informações .............. sscrsas LÊ
3.3. - Amostra Específica ......cc.... wcesesentos * E 84 eloa E E Eae so 12
4. BIBLIOGRAFIA .....cicuseccrenana 40 + 6 FiessUace is é E cova cara soa s. 12
5. ANEXO 1
6. ANEXO 2
RESUMO
No presente trabalho são apresentadas técni
cas de amostragem, voltadas principalmente para obtenção de amos
tra final reduzida. Dentre os erros cometidos durante uma amos
tragem é dada ênfase ao erro fundamental, por ser este o mais
frequente e impossível de ser evitado. Dependendo da caracteris
tica e do nível de informação do material a ser amostrado, foram
abordadas três diferentes situações. Em duas destas, são apre
sentados exemplos práticos de aplicação da tabela de Richards e
equação de Pierre Gy.
ABSTRACT
The principal sampling techniques for obtaining
reduced final sample are presented in this work. The fundamental
error is here characterized as the most frequent during a sampling
and connot be avoided. Depending on the characteristics of, and
on the information about, the material to be sampled, three differ
ent situations were approached. In two of them, pratical examples
are shown of how to use the Richards table and the Pierre Gy
equation.
1. INTRODUÇÃO
A importância da amostragem & ressaltada prin
cipalmente quando entram em jogo a avaliação de depósitos mine
rais, o controle de processos em laboratório e indústria,e a co
mercialização dos produtos. Portanto, uma amostragem mal condu
zida pode resultar em prejuizos vultosos ou em distorção dos re
sultados, de consequências técnicas imprevisíveis.
Pode-se definir amostragem como sendo uma se
qlência de operações com o objetivo de retirar uma parte repre
sentativa (densidade, teor, distribuição granulométrica, consti
tuintes minerais) de seu universo. Essa parte representativa é
denominada de amostra primária ou global. Desta, pode-se reti
rar fração (ou frações) destinada(s) a análise ou ensaios de la
boratôrio. Esta fração ê chamada amostra final ou reduzida, que
deve ser representativa da amostra global e, portanto, do todo
amostrado.
Incrementos são as várias frações de material
retiradas de um todo (universo), a fim de constituirem a amostra
global ou final. O incremento deve possuir, aproximadamente, a
mesma massa e ser distribuído em relação ao todo, devendo ainda
ser tomado um maior número possivel de incrementos, para que se
tenha uma amostra representativa (Lei das Médias).
Ao se executar uma amostragem, é improvável
que seja obtida uma amostra com as mesmas características do ma
terial de onde foi retirada. Isto se prende ao fato de, no de
correr das operações, haver erros de amostragem, tais como:
- De operação: estã ligado ao operador. Ex.:
falta de atenção, contaminação, etc.
- De segregação: quando a amostra é consti
tuida por minerais com significativas diferenças de densidade.
Ex.: os minerais pesados tendem a se separar dos menos densos.
- De integração de incrementos: devido à co
.e entedraçoo do dnerentitos As
leta de incrementos em fluxos variáveis. Ex.: em um incremento,
comete-se erro de segregação.
res manuais (gral). Quando a contaminação da amostra pe
lo ferro é ponto crítico, utiliza-se gral de âgata ou mo
inho de bolas de percelana.
2.2.1. Técnicas de Homogeneização/Quarteamento
Para a redução das amostras originais, após
a cominuição, utiliza-se o quarteamento. Neste, é imprescindi
vel que a amostra esteja bem homogeneizada. Para tal, são usa
dos homogeneizadores em Y, pilhas cônicas, pilhas tronco de pira
mide, etc.
As frações obtidas pelo quarteamento corres
pondem a 1/20, onde "n" & o número de quarteamentos realizados.
Os métodos mais usuais são:
a. Quarteamento Manual
O quarteamento manual poderã ser realizado a
travês de:
a.l. Pilha tronco de pirâmide
Em primeiro lugar, divide-se o lote de minê
rio recebido em quatro regiões aproximadamente iguais.
Atribui-se a uma pessoa ou grupo de pessoas
(A) a responsabilidade da retirada, alternadamente, de quartos
opostos (1 e 3); a outra pessoa ou grupo de pessoas (B), os
outros quartos (2 e 4) (Figura 1).
Forma-se, a seguir, uma pilha com a forma de
tronco de pirâmide, com uma das pessoas ou grupo (A) colocando
sucessivas pazadas de minério (ou por carrinho adequado) (Figura
3) num dado sentido; e a outra pessoa ou grupo (B), no sentido
oposto, conforme mostrado na Figura 2. A seguir, divide-se a
piiha em diversas porções iguais, para a realização do quartea
mento.
Figura 1 - Pilha de Homogeinização.
TI TDI TS
h I 1
o PS 0/0 0,0,046
— apo DESEJA a
t t t T | D
Soo jo jo 0/0 :0)
j 1 1
INDICES IMPARES INDICES PARES
Figura 2 - Pilha Tronco de Pirâmide.
E)
Figura 3 - Carrinho Utilizado na Formação de Pilha
Tronco de Pirâmide.
O quarteamento & feito formando-se duas
pi
lhas cônicas, tomando-se, para uma, as porções de Índices impa
res (1 a 9), etc., e para outra, as de Índices pares.
Repete-se,se necessâário,a operação, com uma
das pilhas cônicas.
Cuidados :
- Deve-se atentar para que as quantidades de
minério tomadas pela pá ou carrinho sejam sempre iguais e
sufi
cientes para descarregar ao longo de toda a pilha, com velocida
de uniforme.
- Não realizar curvas.
a.2. Pilha cônica
Quando se tem um pequeno volume de material,
realiza-se uma pilha com a forma de tronco de cone e divide-se-a
em quatro setores iguais. A seguir, formam-se duas pilhas côni
3. MASSA DA AMOSTRA
Partir de amostra com determinada massa e, a
travês de sucessivas homogeneizações /quarteamentos, obter uma a
mostra reduzida, quer para análises químicas, quer para proces
samento mineral, tem gerado, segundo experiência do CETEM, polê
micas, e, em alguns casos, atê mesmo desconfiança dos responsã
veis pela condução dos trabalhos de campo junto aos laboratórios
Os erros cometidos são de
damental (ligado à massa)
de ser minimizado, dentro
se tomar uma amostra, uma
amostragem e, dentre esses, O erro fun
não pode ser evitado. No entanto, po
de limites aceitáveis, desde que, ao
série de fatores sejam considerados:
- Teor do mineral minério
- Granulometria
- Tipo de mineralização
- Grau de liberação do mineral minério, etc.
Na maioria dos casos, principalmente nos tra
balhos de campo, não se dispõe dessas informações, necessárias à
obtenção de uma amostra.
pos de amostras:
Assim, pode-se classificar 3 (três) ti
- Amostra com disponibilidade de informações
- Amostra carente de informações
- Amostra específica
3.1. Amostra com Disponibilidade de Informações
Este tipo de amostra se aplica quando & pos
sível dispor das informações:
- Teor do mineral minério
- Densidade do mineral minêrio
- Densidade da ganga
- Malha de liberação do mineral minério
- Estágios de amostragem necessários para o
trabalho.
Neste caso, emprega-se a fôrmula de Pierre Gy.
A aplicação prática desta fórmula estã apresentada no Anexo 1.
a E.La E Fôrmula
Pierre Gy
M = massa mínima da amostra, em grama
g = fator de distribuição de tamanho da partícula, o qual tem u
sualmente o valor de 0,25. Para distribuições granulomêtri
cas em faixas estreitas, usar g = 0,5.
dimensão da abertura que retêm em média 5% do minério (cm).
£ = fator de forma: 0,2 para mica, amianto, cianita, etc. (forma
lamelar)
0,5 para os demais.
1 = parâmetro de liberação (dado pelo gráfico Figura 1.2) do A
nexo 1)
Abscissa: a, sendo q = grau de liberação (cm).
ordenadas: valores de 1.
c = fator de composição mineralógica.
c= Slcal (ax s+a 62)
a
a = teor do mineral minério (decimal).
S1 = densidade do mineral minério. Caso seja mais de um,
ponderar. Se não for possível determinar, usar 5.
$2 = densidade da ganga. Se não for possível determinar,
usar 2,6.
An = Variância. Seu valor é obtido na Figura 1.3. do Anexo 1.
3.1.1. Modificações da Fórmula de Pierre Gy para Mi
nérios Especiais
a) Para minérios de ouro onde a partícula
de ouro estã liberada, usar 0,2 para os valores de fe g. A di
mensão d deve ser atribuida não aos minerais, mas ao maior ta
manho dos grãos de ouro presentes na amostra. Atribuir a de o
valor 1, e o fator c de composição mineralógica ficará reduzido
as:
81
a
81 = densidade do ouro
a = teor de ouro na amostra expresso em per
centagem, não em 9/t ou onça/t como ê
frequentemente usado.
b) Para minério de ouro onde as partículas
não estão liberadas, a fôrmula de Pierre Gy é difícil de ser a
plicada, devido & dificuldade de determinação do fator de libera
ção 1.
c) Para carvão mineral, na fôrmula de Pierre
Gy, para determinar o fator de composição mineralógica c, o teor
de cinzas passa a ser o a, 8 a densidade média das cinzas, e
9» a densidade média do carvão.
3.2. Amostra Carente de Informações
Este caso é o mais frequente, principalmente
em trabalhos de campo e atê mesmo em laboratório, onde ainda não
se dispõe ou até mesmo não se justifica a busca de informações,
para aplicação de Pierre Gy. Nestas circunstâncias, sugere-se a
utilização da tabela de Richards. Exemplo prático de aplicação
estã apresentado no Anexo 2.
5. ANEXO 1
Amostra com Disponibilidade de Informações (aplicação prática) *
Para um minério (Itabirito) com granulome
tria de 4", deseja-se uma amostra com granulometria abaixo de 150
malhas para análise química. De posse das informações abaixo e
utilizando a fôrmula de Pierre Gy (item 3.1), calcular a massa
mínima, admitindo que o Itabirito apresente as seguintes caracte
rísticas:
- Minério com 50% de hematita (Fe,0,) e den
sidade de 5,2.
- Tamanho limite superior: 4".
- Densidade da ganga: 2,65.
- Liberação a 48 malhas (0,03cm).
- Precisão: 95% de certeza na faixa de £ 18,
- 6 estágios de amostragem. (ver Figura 1.1).
1º Estágio: 4" (10,16cm).
u- L2 xa xtxixe
A
n
à = 10,16
£=0,5
1= L - lOl6 558,6 +» 1=0,026 (Figura 1.2)
q 0,03
c= (120,5 f( - 0,5)x(5,2) + 0,5x(2,65)]) = 3,93
0,5
A -5
a -a = .23x100 4,17» 1076 (Figura 1.3)
n 6 6 6
* Fonte: Amostragem aplicada a algumas matêrias-primas utiliza
das pela Magnesita S.A. (1).
3
- 0,025 x (10,16)º x 0,5 x 0,026 x 3,93 -
M 3 212 3369
4,17 x 1078
M=3 212kg
29 Estágio: 2" (5,08cm)
à = 5,08
£=0,5
1=-2 =508 169,3 +1=0,04 (Figura 1.2)
q 0,03
c=3,93
- - af
A = AG = 4,17% 10
3
u = 2:25 x (5,08)? x 0,5 x 0,04 x 3,93 . 647 qo
4,17 x 1076
M = 618kg
3º Estágio: 1/2" (1,27cm)
= 1,27
£=0,5
1=d2 = 27 4,3 + 1=0,09 (Figura 1.2)
q 0,03
c=3,93
A = 4,17 x 1078
n
3
u - Su25 x (1,27)? x 0,5 x 0,09 x 3,93 2, go
4,17 x 1076
M = 22kg
49 Estágio: 35 malhas (0,0425cm)
ã = 0,0425
£f=0,5
1=-4 = 00425. , 4) + 1=0,74 (Figura 1.2)
q 0,03
É = 3,93
A = 4,17 x 1076
n
m = 0425 x (0,0425)2 x 0,5 x 0,74 x 3,93 à,5s
4,17 x 1076
M = 7g
5º Estágio: 65 malhas (0,02cm)
a =0,02
£=0,5
j=S. Baba = 0,67 > 1 =1 (máximo valor do gráfico da
q 0,03 Figura 1.2)
c=3,93
A =4,17 x 1078
n
0,25 x (0,02)) x 0,5 x 1 x 3,93
m = O x g ZO5%X1%3, = 0,99
4,17 x 1076
M = lg
69 Estágio: 150 malhas (0,0106 cm)
o
"
0,0106
£f = 0,5
x ovóvaasm 3a OuLIWVava 00 OVÓVNINSI LIGO Vavd Odldvão - 2º] vanoias
006 004
ooo! 008 Sos 005 Or dor or
t
|
Sosru
Cowro w
e
XP 3a SINONVA
OLOBOB AA 09 NG Op de [a
T 30 SINONVA
Ê “y ap SSIOTPA SOp opÔPUTUTSJd — “E*T exnbta
uly = U ' E nã = 6 pt = E 1
(N= Ng OTX9E T|gOTX 9'G=CVI,OTXT'T= Y ST'0 F ep exTe7 eu ezogioo 266
Tio = E , E ir e É Bis É à
(W= N|p-0TXE6 T|g-OTX p'T=CT|gOTXBIT= 85'0 F Op BxTeJ eu ezogIoo 266
u/ly = 1 ' E ses É A
/(N= V|gDTXL'E T|g-0TxX S'g=CV|çOTXKT'T=Y ST F 9p PXTeJ PU eZSJI0D 266
u/Ty = Cy 9-0T * T'z Ey 9-0T X eric = *y 9-0T * seo = ly 285'0 F OP PXTeJ PU PZOJISO 256
Ts — U 4 E dire = 8 dos e; À
u/V= V 9-0L x €'8 Y q-DT x set= Y q-0T Xxsêt= NV ST ep PXTPJ PU PZOJIDO 2G6
Has e E z 1
WNIDUILSONYVT HA SOIDYLSA ovSsIdDAR A
6. ANEXO 2