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Nbr5419- Parte1, Notas de estudo de Engenharia Elétrica

NBR 5419 - Proteção contra descargas atmosféricas - PARTE 1

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 11/09/2017

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jose-lucas-de-camargos-4 🇧🇷

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Baixe Nbr5419- Parte1 e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Elétrica, somente na Docsity! Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 5419-1 Primeira edição 22.05.2015 Válida a partir de 22.06.2015 Proteção contra descargas atmosféricas Parte 1: Princípios gerais Lightning protection Part 1: General principles ICS 91.120.40 ISBN 978-85-07-05501-3 N ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS -FLI- Número de referência ABNT NBR 5419-1:2015 67 páginas O ABNT 2015 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 ABNT NBR 5419-1:2015 O ABNT 2015 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito da ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abntQabnt.org.br www.abnt.org.br ii GABNT 2015 - Todos os direitos reservados Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 ABNT NBR 5419-1:2015 E.31 Surtos devido às descargas atmosféricas nas linhas (fonte de danos S3)............... 62 E.3.2 Surtos devido às descargas atmosféricas próximas às linhas (fonte de danos S4)................ E.4 Surtos devido aos efeitos de indução (fontes de danos S1 ou S2) E41 Geral...................... E.4.2 Surtos dentro de uma ZPR 1 não blindada...................... e ireeeeeereeeeeeseeeresereneeeaseraserenes 64 E43 Surtos dentro de ZPR blindadas........... E.5 Informações gerais relativas aos DPS BIbILOgrá fa .ssisacsscasesastasesssisrstuerissassssasseiiuaesiisiosaadasesbesidssiata cas risnisaisan isca todasesa is aiasesisen a siss dusescsrasensser 66 Figuras Figura 1 —- Conexões entre as partes da ABNT NBR 5419... aeeesaseseseesesarasenerasetaseas ix Figura 2 — Tipos de perdas e riscos correspondentes que etutam de diferentes tipos de danos. Figura 3 — ZPR definidas por um SPDA (ABNT NBR 5419-3) Figura 4 - ZPR definidas por MPS (ABNT NBR 5419-4)...................... Figura A.1 — Definições dos parâmetros de um impulso de corrente (tipicamente R<2ms5)E... Figura A.2 — Definições dos parâmetros da componente longa (tipicamente 2MS< Tonga 18)... Figura A.3 — Possíveis componentes de descargas atmosféricas descendentes (típicas em locais planos e em estruturas baixas) ............. Figura A.4 - Possíveis componentes de descargas atmosféricas ascendentes (típicas de estruturas mais altas ou expostas).................... ir certame rare rcerereneacarartana 26 Figura A.5 — Distribuição cumulativa de frequência dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas (linhas com valores de 95 % a 5%)... Figura B.1 — Forma de onda da elevação da corrente do primeiro impulso positivo................. 35 Figura B.2 — Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso positivo.... Figura B.3 — Forma de onda da elevação da corrente do primeiro impulso negativo. Figura B.4 —- Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso negativo..................... 36 Figura B.5 — Forma de onda da elevação da corrente do impulso negativo subsequente Figura B.6 — Forma de onda da cauda da corrente do impulso negativo subsequente... Figura B.7 — Densidade da amplitude da corrente da descarga atmosférica de acordo como NPI.............s ir e Figura C.1 — Exemplo de gerador de ensaio para simulação da energia específica do primeiro impulso positivo e da carga da componente longa...................... nie erereeremeneo 40 Figura C.2 — Definição para a taxa de variação da corrente de acordo com a Tabela C.3..........41 Figura C.3 — Exemplo de gerador de ensaio para a simulação da taxa de variação da frente de onda do primeiro impulso positivo para itens sob ensaio de grande porte.......... 42 Figura C.4 — Exemplo de gerador de ensaio para a simulação da taxa de variação da frente de onda dos impulsos subsequentes negativos para itens sob ensaio de grande porte... eaatareaeaataaraaeaa carentes aanaanar aan aaaa nene nana nene ana aan aaa ana nana 42 Figura D.1 — Arranjo geral de dois condutores para o cálculo da força eletrodinâmica............ 51 O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados v -FLS- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 ABNT NBR 5419-1:2015 Figura D.2 — Arranjo de condutor típico em um SPDA........... Figura D.3 — Diagrama de esforços F para a configuração da Figura D.2 Figura D.4 — Força por unidade de comprimento F' ao longo do condutor horizontal da'Figura D:2.scs.siscsscasesssscoanensisasensien sssssescrusicsdas cosesescsua aca sscesoceasa steam assssascsac sscossessaad 52 Tabelas Tabela 1 — Efeitos das descargas atmosféricas nos vários tipos de estruturas....... Tabela 2 — Danos e perdas relevantes para uma estrutura para diferentes pontos de impacto da descarga atmosférica ................. ni cereraenteeneaeaeeraneeeareneraneerarararerentenranstanentas 12 Tabela 3 — Valores máximos dos parâmetros das descargas atmosféricas correspondentes aos nívels:de proteção (NP):=..............coscimaocorersespesasessensmesrocsvaserasenssessssesesenes asosewocad 17 Tabela 4 — Valores mínimos dos parâmetros das descargas atmosféricas e respectivos raios da esfera rolante, correspondentes aos níveis de proteção (NP)............................... 18 Tabela 5 — Probabilidades para os limites dos parâmetros das correntes das descargas atmosfóricagt. 7... JE... ns errmemeerseraacroroenensms 18 Tabela A.1 — Valores tabulados dos parâmetros da corrente das descargas atmosféricas obtidos do CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69*) [20], [21]......................... nn 27 Tabela A.2 — Distribuição logarítmica normal dos parâmetros da corrente das descargas atmosféricas - Média « e dispersão og calculados para 95 % e 5 % dos valores a partir do CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69) [20], [21]................................. Tabela A.3 — Valores da probabilidade P em função da corrente | da descarga atmosférica Tabela B.1 — Parâmetros para a equação B.1.... Tabela C.1 — Parâmetros de ensaios para o primeiro impulso positivo. Tabela C.2 — Parâmetros de ensaios para a componente longa Tabela C.3 —- Parâmetros de ensaios dos impulsos ............ ad Tabela D.1 — Resumo dos parâmetros da descarga atmosférica a serem considerados nos cálculos dos valores de ensaio para diferentes componentes do SPDA e para diferentes níveis de proteção.....................n nr eeererteoecenemeneeracerenecomrenerenaereseracanas 44 Tabela D.2 — Características físicas de materiais típicos utilizados em componentes de SPDA Tabela D.3 — Elevação de temperatura para condutores de diferentes seções em:função de W/R ...scassessccosspssacaseseevasencesimarsaspas do cabepanelesmsnesacantstacacencon o esmesvossacuscasas msn 48 Tabela E.1 — Valores de impedâncias convencionais de aterramento Z e Z, de acordo com a resistividade do solo..... Tabela E.2 — Surtos de correntes devido às descargas atmosféricas previstos em sistemas de baixa tensão ... af Tabela E.3 — Surtos de correntes devido às descargas atmosféricas previstos em sistemas de:sinais......qcarotstorormsenasonepesonoemes enntenot esopoaesiosodonoaepsnsnasa apofanotar enséiinsepminomtesoncanpsar nina nacnensiemni 63 ..48 vi GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FLO- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 ABNT NBR 5419-1:2015 Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. AABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os Orgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor. A ABNT NBR 5419-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Proteção contra Descargas Atmosféricas (CE-03:064.10). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 12.08.2014 a 10.12.2014, com o número de Projeto 03:064.10-100/1. Esta parte da ABNT NBR 5419 e as ABNT NBR 5419-2 , ABNT NBR 5419-3 e ABNT NBR 5419-4 cancelam e substituem a ABNT NBR 5419:2005. As instalações elétricas cobertas pela ABNT NBR 5419 estão sujeitas também, naquilo que for pertinente, às normas para fornecimento de energia estabelecidas pelas autoridades reguladoras e pelas empresas distribuidoras de eletricidade. A ABNT NBR 5419, sob o título geral “Proteção contra descargas atmosféricas”, tem previsão de conter as seguintes partes: — Parte 1: Princípios gerais; — Parte 2: Gerenciamento de risco; — Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida — Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte: Scope This part of ABNT NBR 5419 establishes the requirements for lightning protection determination. This part of ABNT NBR 5419 provides grants for use in projects of lightning protection. The applicability of this part of ABNT NBR 5419 may have restrictions specially in human life protection when it is based on indirect effects of lightning O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados vii Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 -FLIO- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 5419-1:2015 Proteção contra descargas atmosféricas Parte 1: Princípios gerais 1 Escopo Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para a determinação de proteção contra descargas atmosféricas. Esta Parte da ABNT NBR 5419 fornece subsídios para o uso em projetos de proteção contra descargas atmosféricas. A aplicabilidade desta Parte da ABNT NBR 5419 pode ter restrições especialmente na proteção da vida humana quando for baseada em efeitos indiretos de descargas atmosféricas. Esta Parte da ABNT NBR 5419 não se aplica a sistemas ferroviários; veículos, aviões, navios e plataformas offshore, tubulações subterrâneas de alta pressão, tubulações e linhas de energia e de sinal colocados fora da estrutura. NOTA | Usualmente, estes sistemas obedecem a regulamentos especiais elaborados por autoridades específicas. 2 Referências normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referên- cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão ABNT NBR 5419-2:2015, Proteção contra descargas atmosféricas — Parte 2: Gerenciamento de risco ABNT NBR 5419-3:2015, Proteção contra descargas atmosféricas — Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida ABNT NBR 5419-4:2015, Proteção contra descargas atmosféricas — Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura ABNT NBR 6323, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido — Especificação ABNT NBR 13571, Haste de aterramento aço-cobreado e acessórios ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas — Parte 10-1: Classificação de áreas — Atmosferas explosivas de gás ABNT NBR IEC 60079-10-2, Atmosferas explosivas — Parte 10-2: Classificação de áreas — Atmosferas de poeiras combustíveis ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas — Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 1 -FL1- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 ABNT NBR 5419-1:2015 3 Termos e definições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições. 3.1 descarga atmosférica para terra (lightning flash to earth) descarga elétrica de origem atmosférica entre nuvem e terra, consistindo de uma ou mais componentes da descarga atmosférica 3.2 descarga atmosférica descendente (downward flash) descarga atmosférica iniciada por um líder descendente de uma nuvem para terra 3.3 descarga atmosférica ascendente (upward flash) descarga atmosférica iniciada por um líder ascendente de uma estrutura aterrada para uma nuvem 34 componente da descarga atmosférica (lightning stroke) descarga elétrica singela de uma descarga atmosférica para a terra 3.5 componente curta da descarga atmosférica parte de uma descarga atmosférica para a terra que corresponde a um impulso de corrente NOTA Acorrente em questão tem um tempo para o meio valor T; tipicamente inferior a 2 ms (ver Figura A.1). 3.6 componente longa da descarga atmosférica (long stroke) parte de uma descarga atmosférica para a terra que corresponde a componente da corrente de continuidade NOTA A duração Tiongo (intervalo entre o valor 10 % na frente até o valor 10 % na cauda) desta corrente de continuidade é tipicamente superior a 2 ms e menor que 1 s (ver Figura A.2). 3.7 múltiplos componentes da descarga atmosférica (multiple strokes) descarga atmosférica para a terra que consiste em média de três a quatro componentes, com um intervalo de tempo típico entre eles de cerca de 50 ms NOTA | Há relatos de eventos que têm algumas dezenas de componentes com intervalos entre eles entre 10 mse 250 ms. 3.8 ponto de impacto (point of strike) ponto onde uma descarga atmosférica atinge a terra, ou um objeto elevado (por exemplo, estrutura, SPDA, serviços, árvore, etc.) NOTA — Uma descarga atmosférica para a terra pode ter diversos pontos de impacto. 2? ABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL12- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 ABNT NBR 5419-1:2015 3.27 descarga atmosférica perto de uma estrutura (lightning flash near a structure) descarga atmosférica que ocorre perto o suficiente de uma estrutura a ser protegida e que pode causar sobretensões perigosas 3.28 sistema elétrico sistema que incorpora componentes de alimentação em baixa tensão 3.29 sistema eletrônico sistema que incorpora os componentes de uma instalação elétrica de sinal, por exemplo, equipamentos eletrônicos de telecomunicações, controladores microprocessados, sistemas de instrumentação, sistemas de rádio 3.30 sistemas internos sistemas elétricos e eletrônicos dentro de uma estrutura 3.31 danos físicos danos a uma estrutura (ou a seu conteúdo) ou a uma linha devido aos efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou explosivos da descarga atmosférica 3.32 ferimentos a seres vivos ferimentos, incluindo perda da vida, em pessoas ou animais devido a tensões de toque e de passo causadas pelas descargas atmosféricas NOTA Apesar dos seres vivos poderem se machucar de outras formas, nesta Parte da ABNT NBR 5419, o termo “ferimentos a seres vivos” se limita à ameaça devido a choque elétrico (dano tipo D1). 3.33 falha de sistemas eletroeletrônicos danos permanentes de sistemas eletroeletrônicos devido aos LEMP 3.34 pulso eletromagnético devido às descargas atmosféricas (lightning electromagnectic impulse) LEMP todos os efeitos eletromagnéticos causados pela corrente das descargas atmosféricas por meio de acoplamento resistivo, indutivo e capacitivo, que criam surtos e campos eletromagnéticos radiados 3.35 surto efeitos transitórios causados por LEMP que aparecem na forma de sobretensão e/ou sobrecorrente 3.36 zona de proteção contra descarga atmosférica “raio” (lightning protection zone —- LPZ) ZPR zona onde o ambiente eletromagnético causado pelo raio é definido NOTA | Ocontorno de uma ZPR não é necessariamente dado por elementos físicos (por exemplo, paredes, piso e teto). O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 5 -FL15- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 ABNT NBR 5419-1:2015 3.37 risco R valor da perda média anual provável (pessoas e bens) devido à descarga atmosférica em relação ao valor total (pessoas e bens) da estrutura a ser protegida 3.38 risco tolerável Rr valor máximo do risco que pode ser tolerável para a estrutura a ser protegida 3.39 nível de proteção contra descargas atmosféricas (lightning protection level - LPL) NP número associado a um conjunto de parâmetros da corrente elétrica para garantir que os valores especificados em projeto não estão superdimensionados ou subdimensionados quando da ocorrência de uma descarga atmosférica 3.40 medidas de proteção medidas a serem adotadas na estrutura a ser protegida, com o objetivo de reduzir os riscos 3.41 proteção contra descargas atmosféricas (lightning protection — LP) PDA sistema completo para proteção de estruturas contra as descargas atmosféricas, incluindo seus sistemas internos e conteúdo, assim como as pessoas, em geral consistindo em SPDA e MPS 3.42 sistema de proteção contra descargas atmosféricas (lightning protection system — LPS) SPDA sistema utilizado para reduzir danos físicos devido às descargas atmosféricas em uma estrutura NOTA Um SPDA consiste em sistemas externo e interno de proteção contra descargas atmosféricas. 3.43 SPDA externo (external lightning protection system) parte do SPDA composto pelos subsistemas de captação, descida e aterramento 3.44 SPDA interno (internal lightning protection system) parte do SPDA consistindo em ligações equipotenciais e/ou isolação elétrica do SPDA externo 3.45 subsistema de captação (air-termination system) parte de um SPDA externo usando elementos metálicos como hastes, condutores em malha ou cabos em catenária, projetados e posicionados para interceptarem descargas atmosféricas 3.46 subsistema de descida (down-conductor system) parte de um SPDA externo que tem como objetivo conduzir a descarga atmosférica do subsistema de captação ao subsistema de aterramento 3.47 subsistema de aterramento (earth-termination system) parte de um SPDA externo que tem como objetivo conduzir e dispersar a descarga atmosférica no solo 6 ABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL16- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 ABNT NBR 5419-1:2015 3.48 partes condutoras externas elementos metálicos que penetram ou saem da estrutura a ser protegida que podem se tornar um caminho para parte da corrente da descarga atmosférica, como tubulações, linhas metálicas, dutos metálicos etc. 3.49 ligação equipotencial para descargas atmosféricas (lightning equipotential bonding ) EB ligação ao SPDA de partes metálicas separadas, por conexões condutoras diretas ou por meio de dispositivos de proteção contra surtos, para reduzir diferenças de potenciais causadas pelas correntes das descargas atmosféricas 3.50 impedância convencional de aterramento (conventional earthing impedance) relação entre os valores de pico da tensão e da corrente do eletrodo de aterramento, os quais, em geral, não acontecem simultaneamente 3.51 medidas de proteção contra surtos causados por LEMP (LEMP protection measures) MPS conjunto de medidas tomadas para proteger os sistemas internos contra os efeitos causados por LEMP 3.52 blindagem magnética tela metálica, em forma de malha ou contínua, que envolve a estrutura a ser protegida, ou parte dela, utilizada para reduzir falhas dos sistemas eletroeletrônicos 3.53 dispositivo de proteção contra surtos (surge protective device — SPD) DPS dispositivo destinado a limitar as sobretensões e desviar correntes de surto. Contém pelo menos um componente não-linear 3.54 coordenação de DPS DPS adequadamente selecionados, coordenados e instalados para formar um conjunto que visa reduzir falhas dos sistemas internos 3.55 nível de tensão nominal suportável de impulso (rated impulse withstand voltage level) Uw tensão suportável de impulso definida pelo fabricante de um equipamento, ou de uma parte dele, caracterizando a suportabilidade específica da sua isolação contra sobretensões NOTA Para as finalidades desta Parte da ABNT NBR 5419, considera-se somente a tensão suportável entre condutores vivos e a terra, conforme a IEC 60664-1:2007, 3.9.2 3.56 interfaces isolantes dispositivos que são capazes de reduzir surtos conduzidos nas linhas que adentram as zonas de proteção contra os raios (ZPR) O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 7 -FLAT- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 11:19:44 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:19:44 ABNT NBR 5419-1:2015 Tabela 1 (continuação) Tipo de estrutura de acordo com sua finalidade e/ou conteúdo Efeitos das descargas atmosféricas Hospital Casa de tratamento º médico Conforme acima, adicionando-se os problemas relacionados a Casa paraidosos pessoas em tratamento médico intensivo e a dificuldade de resgatar P essoas incapazes de se mover. Creche P P Prisão a sã Efeitos adicionais dependendo do conteúdo das fábricas, que vão Indústria desde os menos graves até danos inaceitáveis e perda de produção. Museu e sítio arqueológico Igreja Perda de patrimônio cultural insubstituível. Estação de telecomunicações Estação de geração e transmissão de energia elétrica Interrupções inaceitáveis de serviços ao público. Fábrica de fogos de artifícios Trabalhos com munição Incêndio e explosão com consequências à planta e arredores. Indústria química Refinaria Usina nuclear Indústria e laboratório de bioquímica Incêndio e mau funcionamento da planta com consequências prejudiciais ao meio ambiente local e global. 5.1.2 Fontes e tipos de danos a uma estrutura A corrente da descarga atmosférica é a fonte de danos. As seguintes situações devem ser levadas em consideração em função da posição do ponto de impacto relativo à estrutura considerada: a) S1: descargas atmosféricas na estrutura; b) S2: descargas atmosféricas próximas à estrutura; c) S3: descargas atmosféricas sobre as linhas elétricas e tubulações metálicas que entram na estrutura; d) S4: descargas atmosféricas próximas às linhas elétricas e tubulações metálicas que entram na estrutura. 10 ABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL20- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 5.1.2.1 Descargas atmosféricas na estrutura Podem causar: a) danos mecânicos imediatos, fogo e/ou explosão devido ao próprio plasma quente do canal da descarga atmosférica, ou devido à corrente resultando em aquecimento resistivo de condutores (condutores sobreaquecidos), ou devido à carga elétrica resultando em erosão pelo arco (metal fundido); b) fogoe/ou explosão iniciado por centelhamento devido a sobretensões resultantes de acoplamentos resistivos e indutivos e à passagem de parte da corrente da descarga atmosférica; c) danos às pessoas por choque elétrico devido a tensões de passo e de toque resultantes de acoplamentos resistivos e indutivos; d) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP. 5.1.2.2 Descargas atmosféricas próximas à estrutura Podem causar falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP. 5.1.2.3 Descargas atmosféricas sobre linhas elétricas e tubulações metálicas que adentram a estrutura Podem causar: a) fogo e/ou explosão iniciado por centelhamento devido a sobretensões e correntes das descargas atmosféricas transmitidas por meio das linhas elétricas e tubulações metálicas; b) danos a pessoas por choque elétrico devido a tensões de toque dentro da estrutura causadas por correntes das descargas atmosféricas transmitidas pelas linhas elétricas e tubulações metálicas; c) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido à sobretensões que aparecem nas linhas que entram na estrutura. 5.1.2.4 Descargas atmosféricas próximas a linhas elétricas e tubulações metálicas que entram na estrutura Podem causar falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido à sobretensões induzidas nas linhas que entram na estrutura. Em consequência, as descargas atmosféricas podem causar três tipos básicos de danos: a) D1: danos às pessoas devido a choque elétrico; b) DZ: danos físicos (fogo, explosão, destruição mecânica, liberação de produtos químicos) devido aos efeitos das correntes das descargas atmosféricas, inclusive centelhamento; c) D3: falhas de sistemas internos devido a LEMP. 5.2 Tipos de perdas Cada tipo de dano relevante para a estrutura a ser protegida, sozinho ou em combinações com outros, pode, em consequência, produzir diferentes perdas. O tipo de perda que pode ocorrer depende das O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 11 -FL21- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 características do próprio objeto. Para efeitos da ABNT NBR 5419, são considerados os seguintes tipos de perdas, os quais podem aparecer como consequência de danos relevantes à estrutura: a) L1: perda de vida humana (incluindo-se danos permanentes); b) L2: perda de serviço ao público; c) L3: perda de patrimônio cultural; d) L4: perda de valor econômico (estrutura e seu conteúdo, assim como interrupções de atividades). NOTA Para efeitos da ABNT NBR 5419, somente são considerados serviços ao público os suprimentos de água, gás, energia e sinais de TV e telecomunicações. Perdas dos tipos L1, L2 e L3 podem ser consideradas como perdas de valor social, enquanto perdas do tipo L4 podem ser consideradas como perdas puramente econômicas. A correspondência entre fonte de danos, tipo de danos e perdas é mostrada na Tabela 2. Tabela 2 - Danos e perdas relevantes para uma estrutura para diferentes pontos de impacto da descarga atmosférica Fonte de Ponto de impacto dano Tipo de dano | Tipo de perda a D1 L1, L4a Estrutura e s1 D2 L1, L2,L3, L4 D3 LD, L2,L4 Nas proximidades de uma estrutura a fl =, s2 D3 LB, L2, LA € Linhas elétricas ou D1 L1,L4a Ma 1 tubulações metálicas s3 D2 L1,L2,L3, L4 conectadas à estrutura D3 L1D,L2, L4 ll Proximidades de uma linha elétrica ou tubulação metálica s4 D3 Ltb,L2, L4 a Somente para propriedades onde pode haver perdas de animais. b somente para estruturas com risco de explosão, hospitais ou outras estruturas nas quais falhas em sistemas internos colocam a vida humana diretamente em perigo. Tipos de perdas resultantes dos tipos de danos e os riscos correspondentes estão relacionados na Figura 2. 12 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL22- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 7.3 Medidas de proteção para redução de danos físicos A proteção é alcançada por meio de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) o qual inclui as seguintes características: a) subsistema de captação; b) subsistema de descida; c) subsistema de aterramento; d) equiponcialização para descargas atmosféricas (EB); e) isolação elétrica (e daí a distância de segurança). NOTA 1 Quando for instalado um SPDA, a equipotencialização é uma medida essencial para reduzir os perigos de incêndio e de explosão e o risco de vida. Para mais detalhes, ver ABNT NBR 5419-3. NOTA2 A redução de danos físicos pode ser obtida por medidas que limitem o desenvolvimento e propagação de fogo, como compartimentos à prova de fogo, extintores, hidrantes, instalações de alarme de incêndio e extinção de fogo. NOTA3 A instalação de rotas de fuga minimizam os riscos de danos físicos. 7.4 Medidas de proteção para redução de falhas dos sistemas elétricos e eletrônicos Medidas de proteção contra surtos (MPS) possíveis: a) medidas de aterramento e equipotencialização; b) blindagem magnética; c) roteamento da fiação; d) interfaces isolantes; e) sistema de DPS coordenado. Estas medidas podem ser usadas sozinhas ou combinadas. NOTA 1 Ao se considerar uma fonte de danos tipo S1, as medidas de proteção são eficientes somente em estruturas protegidas por um SPDA. NOTA2 O uso de detectores de tempestades e medidas complementares podem reduzir as falhas de sistemas elétricos e eletrônicos. 7.5 Escolha das medidas de proteção As medidas de proteção relacionadas em 7.2, 7.3 e 7.4, juntas, compõem o sistema completo de proteção contra descargas atmosféricas. A escolha das medidas mais adequadas de proteção deve ser feita pelo responsável técnico e ser protegida, de acordo com o tipo e valor de cada tipo de dano, com os aspectos técnicos e econômicos das diferentes medidas de proteção e dos resultados da avaliação de riscos. O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 15 -FL25- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 Os critérios para a avaliação do risco e para escolha das medidas de proteção mais adequadas estão relatados na ABNT NBR 5419-2. As medidas de proteção são efetivas desde que elas satisfaçam os requisitos das normas correspondentes e sejam capazes de suportar os esforços esperados nos respectivos locais de suas instalações. 8 Critérios básicos para proteção de estruturas 8.1 Geral Uma proteção ideal para estruturas é envolver completamente a estrutura a ser protegida por uma blindagem contínua perfeitamente condutora, aterrada e de espessura adequada, e, além disso, providenciar ligações equipotenciais adequadas para as linhas elétricas e tubulações metálicas que adentram na estrutura nos pontos de passagem pela blindagem. Isto impede a penetração da corrente da descarga atmosférica e campo eletromagnético associado na estrutura a ser protegida e evita efeitos térmicos e eletrodinâmicos perigosos da corrente assim como centelhamentos e sobretensões perigosas para os sistemas internos. Na prática, porém, a aplicação de tais medidas para se obter total proteção é frequentemente inviável. Afalta de continuidade da blindagem e/ou sua espessura inadequada permite a penetração da corrente da descarga atmosférica e seus efeitos pela blindagem, podendo causar: a) danos físicos e risco de vida; b) falha dos sistemas internos. As medidas de proteção, adotadas para reduzir tais danos e perdas relevantes, devem ser projetadas para um conjunto definido de parâmetros das correntes das descargas atmosféricas, frente às quais é requerida a proteção, conforme o nível de proteção contra descargas atmosféricas. 8.2 Níveis de proteção contra descargas atmosféricas (NP) Para efeitos da ABNT NBR 5419, são considerados quatro níveis de proteção contra descargas atmosféricas (| a IV). Para cada NP, é fixado um conjunto de parâmetros máximos e mínimos das correntes das descargas atmosféricas. NOTA1 A proteção contra descargas atmosféricas cujos parâmetros máximos e mínimos de corrente excedam aqueles correspondentes ao NP | requer medidas de proteção mais eficientes, as quais recomenda-se que sejam escolhidas e implementadas para cada caso específico. NOTA2 A probabilidade de ocorrência de descargas atmosféricas cujos parâmetros de correntes estejam fora do intervalo máximo e mínimo do NP I é menor que 2 %. Os valores máximos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas correspondentes ao NP | não podem ser excedidos, com uma probabilidade de 99 %. De acordo com a relação de polaridade assumida (ver A.2), os valores assumidos para as descargas atmosféricas positivas têm probabilidades inferiores a 10 %, enquanto que aqueles para as descargas atmosféricas negativas permanecem abaixo de 1 % (ver A.3). 16 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL26- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 Os valores máximos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas correspondentes ao NP I são reduzidos a 75 % para o nível Il e a 50 % para o nível Ill e IV (reduções lineares para /, Q e dildt, mas quadrática para W/R). Os parâmetros de tempo não mudam. NOTA3 Os níveis de proteção contra descargas atmosféricas cujos parâmetros máximos de corrente sejam menores que aqueles correspondentes ao NP IV permitem considerar valores de probabilidade de danos maiores que aqueles apresentados na ABNT NBR 5419-2:2015, Anexo B, embora não quantificados, mas que podem ser úteis para um ajuste mais adequado das medidas de proteção a fim de se evitar custos injustificavelmente altos. Os valores máximos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas para os diferentes níveis de proteção são dados na Tabela 3 e são usados para projetar componentes de proteção contra descargas atmosféricas (por exemplo, seção transversal dos condutores, espessuras das chapas metálicas, capacidade de condução de corrente dos DPS, distância de segurança contra centelhamentos perigosos) e para definir parâmetros de ensaios que simulam os efeitos das descargas atmosféricas sob tais componentes (ver Anexo D). Os valores mínimos de amplitudes das correntes das descargas atmosféricas para os diferentes NP são usados para se determinar o raio da esfera rolante (ver A.4) de modo a definir a zona de proteção contra descargas atmosféricas ZPR Op, a qual não pode ser alcançada por descargas atmosféricas diretas (ver 8.3 e Figuras 3 e 4). Os valores mínimos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas junto com os raios das esferas rolantes correspondentes são dados na Tabela 4. Eles são usados para posicionar os componentes do subsistema de captação e para definir as zonas de proteção contra descargas atmosféricas ZPR Og (ver 8.3). Tabela 3 — Valores máximos dos parâmetros das descargas atmosféricas correspondentes aos níveis de proteção (NP) Primeiro impulso positivo NP Parâmetros da corrente Símbolo | Unidade I " m IV Corrente de pico 1 kA 200 150 100 Carga do impulso Qeurta c 100 75 50 Energia específica WiR MIO 10 5,6 25 Parâmetros de tempo T/To us/us 10/350 Primeiro impulso negativo? NP Parâmetros da corrente Símbolo | Unidade I " m Iv Valor de pico ! kA 100 75 50 Taxa média de variação di/dt kAlus 100 75 50 Parâmetros de tempo T/T us/us 1/200 Impulso subsequente NP Parâmetros da corrente Símbolo | Unidade I " m IV Valor de pico ! kA 50 37,5 25 Taxa média de variação di/dt kAlus 200 150 100 Parâmetros de tempo T/To us/us 0,25/100 O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 17 -FL27- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 st ZPROA s3 s DPS ZPR1 ã r r sa —a) «—s s2 Y sa 028 Os e DPS EC 2oi4no 1 estrutura s1 2 subsistema de captação s2 3 subsistema de descida s3 4 subsistema de aterramento S4 a linhas e tubulações que r adentram na estrutura NY nível do piso descarga atmosférica na estrutura descarga atmosférica perto da estrutura descarga atmosférica em linhas ou tubulações que adentram na estrutura descarga atmosférica perto de linhas ou tubulações que adentram na estrutura raio da esfera rolante distância de segurança contra centelhamento perigoso O ligação equipotencial por meio de DPS ZPROA descarga atmosférica direta, corrente total ZPROB é pouco provável a ocorrência de descarga atmosférica direta, corrente parcial da descarga atmosférica ou corrente induzida ZPR1 não há descarga atmosférica direta, corrente limitada da descarga atmosférica ou corrente induzida É importante observar que o volume protegido na ZPR 1 sempre respeita a distância de segurança s Figura 3 — ZPR definidas por um SPDA (ABNT NBR 5419-3) 20 ABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL30- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 s1 ZPROa s3 ZPR O DPS DPS ZPRA s—» je 5 r r ! s— pe se DPS s2 ZPR2 ZPROp Ê DPS ZPROs DPS 1 estrutura (blindagem da ZPR 1) s1 descarga atmosférica na estrutura 2 subsistema de captação S2 descarga atmosférica perto da estrutura 3 — subsistema de descida S3 descarga atmosférica em linhas ou tubulações que adentram na estrutura 4 subsistema de aterramento S4 | descarga atmosférica perto de linhas ou tubulações que adentram na estrutura 5 recinto (blindagem da ZPR 2) r raio da esfera rolante 6 linhas e tubulações que adentram na s distância de segurança contra campo magnético muito elevado estrutura NZ nível do piso (O | ligação equipotencial para descargas atmosféricas, por meio de DPS ZPROA descarga atmosférica direta, corrente total da descarga atmosférica, campo magnético total ZPROB — é pouco provável a ocorrência de descarga atmosférica, direta, corrente parcial da descarga atmosférica, ou corrente induzida, campo magnético total ZPR1 não há descarga atmosférica direta, corrente limitada da descarga atmosférica, ou corrente induzida, campo magnético atenuado ZPRZ não há descarga atmosférica direta, correntes induzidas, campo magnético ainda mais atenuado É importante observar que os volumes protegidos na ZPR 1 e na ZPR 2 devem respeitar as distâncias de segurança s Figura 4 — ZPR definidas por MPS (ABNT NBR 5419-4) 8.4 Proteção de estruturas 84.1 Proteção para reduzir danos físicos e risco de vida A estrutura a ser protegida deve estar em uma ZPR Op ou superior. Isto é conseguido por meio de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA). O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 21 -FL31- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 8.4.1.1 Um SPDA consiste em: a) um sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas e b) um sistema interno de proteção contra descargas atmosféricas. 8.4.1.2 As funções do SPDA externo são: a) interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura (com um subsistema de captação); b) conduzir a corrente da descarga atmosférica seguramente para a terra (com um subsistema de descida); c) dispersar esta corrente na terra (com um subsistema de aterramento). À função do SPDA interno é evitar centelhamento perigoso na estrutura, utilizando a ligação equipotencial ou a distância de segurança s (e, consequentemente, isolação elétrica), entre os componentes do SPDA e outros elementos condutores internos à estrutura. Quatro classes de SPDA (l, II, Ill e IV) são definidas como um conjunto de regras de construção, baseadas nos correspondentes níveis de proteção (NP). Cada conjunto inclui regras dependentes do nível de proteção (por exemplo, raio da esfera rolante, largura da malha etc) e regras independentes do nível de proteção (por exemplo, seções transversais de cabos, materiais etc). 8.4.1.3 Onde as resistividades superficiais do solo externo e a do piso interno à estrutura forem baixas, o risco de vida devido a tensões de passo e toque pode ser reduzido: a) externamente à estrutura, por isolação das partes condutivas expostas, por equipotencialização no nível do solo por meio de aterramento com malhas, por avisos de advertência e por restrições físicas; b) internamente à estrutura, por ligação equipotencial de tubulações e linhas elétricas que adentram na estrutura, no ponto de entrada. 8.4.1.4 O SPDA deve estar conforme os requisitos da ABNT NBR 5419-3. 8.4.2 Proteção para reduzir as falhas de sistemas internos A proteção contra LEMP para reduzir o risco de falha de sistemas internos deve limitar: a) sobretensões devido a descargas atmosféricas na estrutura, resultando de acoplamento resistivo e indutivo; b) sobretensões devido a descargas atmosféricas perto da estrutura, resultando de acoplamento indutivo; c) sobretensões transmitidas por linhas que adentram a estrutura, devido a descargas atmosféricas diretas nas linhas ou próximas a estas; d) campo magnético acoplado diretamente aos aparelhos. NOTA Falhas de aparelhagem devidas a campos eletromagnéticos radiados diretamente nos equipamentos são desprezíveis contanto que a aparelhagem esteja conforme com os requisitos de emissão e imunidade a campos eletromagnéticos radiados, definidos pelas normas pertinentes de compatibilidade eletromagnética (EMC) (ver também ABNT NBR 5419-2 e ABNT NBR 5419-4). 22 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL32- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 Quonga 10% 10% Tionga IEC 2817/10 Legenda Tionga tempo de duração Qonga carga da componente longa da descarga atmosférica Figura A.2 — Definições dos parâmetros da componente longa (tipicamente 2 ms < Tonga <1s) Uma diferenciação complementar das componentes das descargas atmosféricas provém de suas polaridades (positiva ou negativa) e de suas posições durante a descarga atmosférica (primeira componente, componente subsequente e superposta). As componentes possíveis são indicadas na Figura A.3 para descargas atmosféricas descendentes e na Figura A.4 para as ascendentes. Primeira componente curta Componente longa Positivo ou negativo t Positivo ou negativo t Componente curto subsequente NA Negativo t Negativo t Ec 261810 Figura A.3 — Possíveis componentes de descargas atmosféricas descendentes (típicas em locais planos e em estruturas baixas) O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 25 -FL35- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 ti ti Componentes curtos superpostos Componente curto componente longa Primeira A componente longa Positivo ou negativo t Positivo ou negativo t + = componentes curtas subsegientes Negativo ç Negativo t ti i noad 11,111 Somente uma 1 N4N4*º componente longa A componente adicional nas descargas atmosféricas ascendentes é a primeira componente longa, com ou sem impulsos superpostos (até algo em torno de dez impulsos). Mas todos os parâmetros de um impulso de corrente de uma descarga atmosférica ascendente são inferiores àqueles das descargas atmosféricas descendentes. Uma carga superior de uma componente longa de descargas atmosféricas ascendentes não foi confirmada até a revisão desta Norma. Desta forma, os parâmetros da corrente de descargas atmosféricas ascendentes são considerados cobertos pelos valores máximos das descargas atmosféricas descendentes. Uma avaliação mais precisa dos parâmetros da corrente de descargas atmosféricas e da dependência destes parâmetros com relação à altura estão Positivo ou negativo t (ti “EC 261910 Figura A.4 — Possíveis componentes de descargas atmosféricas ascendentes cas de estruturas mais altas ou expostas) em estudo, tanto para descargas atmosféricas descendentes como para ascendentes. 26 ABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL36- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 A.2 Parâmetros da corrente da descarga atmosférica Os parâmetros da corrente da descarga atmosférica na ABNT NBR 5419 são baseados nos resultados do “International Council on Large Electrical Systems (CIGRE)" fornecidos na Tabela A.1. A distribuição estatística destes parâmetros pode ser assumida como sendo a distribuição logarítmica normal. O valor médio y e a dispersão cg correspondentes constam na Tabela A.2, e a função de distribuição é apresentada na Figura A.5. Com base nisto, a probabilidade de ocorrência de qualquer valor de cada parâmetro pode ser determinada. Uma relação de polaridade de 10 % de descargas atmosféricas positivas e 90 % negativas é assumida. A relação de polaridade é função do local. Se nenhuma informação é disponível, é recomendada a relação fornecida. Os valores da probabilidade de ocorrência de valores de pico da corrente de descarga atmosférica que excedem os valores previamente considerados estão descritos na Tabela A.3. Tabela A.1 — Valores tabulados dos parâmetros da corrente das descargas atmosféricas obtidos do CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69*) [20], [21] a Valor fixado lalorgo Tipo de componente da Linha na Parâmetro os E paraNPI 95 % 50 % 5% descarga atmosférica Figura A.5 4a 202 90 Primeira curta negativa? 1A+1B I(KA) 50 4,9 11,8 28,6 | Subsequente negativa curta? 2 200 4,6 35 250 | Primeira curta positiva (singela) 3 1,3 75 40 Descarga atmosférica negativa 4 Qnash (C) E 300 20 80 350 | Descarga atmosférica positiva 5 ta 45 20 Primeira curta negativa 6 Quurta (C) 0,22 0,95 4 Subsequente negativa curta 7 100 PA 16 150 | Primeira curta positiva (singela) 8 6 55 550 | Primeira curta negativa 9 WIR (kJ/O) 0,55 6 52 Subsequente curta negativa 10 10 000 25 650 15 000 | Primeira curta positiva 11 o 91 243 | 65 | Primeira curta negativa? 12 dildtmáx - (KAlus) 9,9 39,9 | 161,5 | Subsequente curta negativa? 13 s b 20 0,2 2,4 32 Primeira curta positiva 14 dildtsoj90 % . 200 41 20,1 98,5 | Subsequente curta negativad 15 (kAlns) a 9 Qlonga (C) 200 Longa Tionga (s) 0,5 Longa . 1,8 5,5 18 Primeira curta negativa Dujaçãa da rente 022 | 1,1 | 45 | Subsequente curta negativa de onda (us) ss 22 200 | Primeira curta positiva (singela) 30 75 200 | Primeira curta negativa Di ão di drag da 65 | 32 | 140 | Subsequente curta negativa componente (us) 25 230 2000 | Primeira curta positiva (singela) O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 27 -FL37- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:2050 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 211082015 112050 ABNT NBR 5419-1:2015 sao,8 99,5 so se % —— e Parâmetros estabel 95 so Probabilidade so ro so so ao 30 20 10º 2 34 6 840! Dias de o qm 2 34 6 8 403 2 3 4 6 840 Parâmetro — tc 262010 NOTA Para a numeração das curvas, ver Tabelas A.1 e A.2. Figura A.5 — Distribuição cumulativa de frequência dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas (linhas com valores de 95 % a 5 %) Todos os valores estabelecidos para os níveis de proteção NP fornecidos nesta Norma referem-se tanto a descargas atmosféricas ascendentes como descendentes. NOTA Os valores dos parâmetros das descargas atmosféricas são geralmente obtidos por medições efetuadas em estruturas de grande altura. A distribuição estatística dos valores de pico da corrente de descarga atmosférica, sem considerar o efeito das estruturas de grande altura, pode ser obtida de estimativas dos sistemas de localização de descargas atmosféricas. A.3 Estabelecendo os parâmetros máximos da corrente de descarga atmosférica para o nível de proteção NP | A.3.1 Impulso positivo Os efeitos mecânicos das descargas atmosféricas estão relacionados com a corrente de pico (!) e com a energia específica (W/R). Os efeitos térmicos estão relacionados com a energia específica (W/R) quando ocorre um acoplamento resistivo e com a carga (Q) quando ocorrem centelhamentos na instalação. Sobretensões e centelhamentos perigosos causados por acoplamento indutivo estão relacionados com a taxa média de inclinação (dildt) da frente de onda da corrente da descarga atmosférica. Os parâmetros individuais |, Q, W/R, dildt tendem a ser dominantes em cada mecanismo de defeito. Recomenda-se que isto seja levado em consideração por ocasião do estabelecimento dos procedimentos de ensaios. 30 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FLAO- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 A.3.2 Impulso positivo e componente longa Os valores |, Q e W/R relacionados com os efeitos mecânicos e térmicos são determinados a partir de descargas atmosféricas positivas, pois mesmo sendo menos frequentes, seus valores a 10 % são bem mais elevados que aqueles correspondentes aos valores para 1 % das descargas atmosféricas negativas. Da Figura A.5 (linhas 3, 5, 8, 11 e 14), os seguintes valores com probabilidades inferiores a 10 % podem ser obtidos: a) | = 200 KA; b) Qrasn =300C; c) Qeurta =100C; d) WR =10MJO; e) difdt =20kAlus. Para um primeiro impulso positivo conforme a Figura A.1, estes valores fornecem uma primeira aproximação do tempo de frente: Ty =1/(di/dt) = 10 us (T+ é um parâmetro de interesse secundário). Para uma componente com decaimento exponencial, as fórmulas seguintes são aplicáveis para o cálculo aproximado da carga e da energia (T+ << T5): Qeurta = (1/0,7) x |x To WIR = (112) x (110,7) x 2 x To Estas fórmulas, associadas aos valores anteriormente citados, conduzem a uma primeira aproximação do tempo necessário até meio valor: To = 350 us Para a componente longa, sua carga pode ser aproximadamente calculada por: Qlonga = Qriash — Qourta = 200 C Sua duração, segundo a Figura A.2, pode ser estimada a partir dos dados da Tabela A.1, como: Tionga=0,5 8 A.3.3 Primeiro impulso negativo Para alguns efeitos de acoplamento indutivo, o primeiro impulso negativo leva a tensões induzidas mais altas, por exemplo, nos cabos no interior de dutos para cabeamento feitos de concreto armado. Da Figura A.5 (linhas 1 e 12), os seguintes valores com probabilidades inferiores a 1 % podem ser utilizados: a) 1=100KA; b) di/dt= 100 kAus. O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 31 -FLAt- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 Para o primeiro impulso negativo de acordo com a Figura A.1, estes valores dão uma primeira aproximação para os seus tempos de frente de onda de: T4=|/(difdt) = 1,0 pus Seu tempo até o meio valor pode ser estimado da duração da primeira componente de impulsos negativos: T2= 200 us (T> é um parâmetro de interesse secundário) A.3.4 Impulso subsequente O valor máximo da taxa média de variação da corrente dildt, relacionado com centelhamentos perigosos devido à acoplamento indutivo, é determinado a partir de componentes curtas subsequentes de descargas atmosféricas negativas (pois seus valores com 1 % de ocorrência são um pouco mais elevados que os valores com 1 % de ocorrência das primeiras componentes negativas ou que os valores correspondentes com 10 % de ocorrência das descargas atmosféricas positivas). A partir da Figura A.5 (linhas 2 e 15), os valores seguintes podem ser obtidos com probabilidades inferiores a 1 %: a) I=50kA; b) difdt= 200 kAyus. Para um impulso subsequente conforme a Figura A.1, estes valores fornecem uma primeira aproximação do tempo de frente de onda: T4=|/(difdt) = 0,25 pis Seu tempo até meio valor pode ser estimado da duração das componentes dos impulsos subsequentes negativos: T> = 100 us (T2 é um parâmetro de interesse secundário) A.4 Estabelecendo os parâmetros mínimos da corrente das descargas atmosféricas A eficácia de intercepção de um subsistema de captação depende dos valores mínimos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas e dos raios correspondentes da esfera rolante. As fronteiras geométricas de áreas protegidas contra quedas diretas de descargas atmosféricas podem ser determinadas pelo método da esfera rolante. Segundo o modelo eletrogeométrico, o raio da esfera rolante r (distância final de salto) está relacionado com o valor de pico do primeiro impulso de corrente. Em um relatório de um grupo de trabalho do IEEE, a relação é fornecida como r=10x 10,65 (A.1) onde r éoraio da esfera rolante, espresso em metros (m); 1 éacorrente de pico, expressa em quiloampéres (KA). 32 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL4D- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 100 % Li —— 90 % | 5us 50% | | | | 10% 0% | | [RT — em t— To wc 25210 Figura B.1 - Forma de onda da elevação da corrente do primeiro impulso positivo + | 200 us 50 % 50 % 0% | | t -— IE 262210 Figura B.2 — Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso positivo O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 35 -FLAS- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 100 % 90% | 50% 10% 0% n ts Tn 1EC 262310 Figura B.3 —- Forma de onda da elevação da corrente do primeiro impulso negativo 100 % +] 50 us 50% 50 % 0% T2 1EC 2624/10 Figura B.4 — Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso negativo 36 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FLA6- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 100 % 90 % — 50 % 02us 0% 10% — Ta t—— IEC 262510 Figura B.5 - Forma de onda da elevação da corrente do impulso negativo subsequente 100 % 50 us 50 % 50% — + 0% T To t—— 1Ec 262010 Figura B.6 — Forma de onda da cauda da corrente do impulso negativo subsequente O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FLAT- 37 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 Chave de partida By L 100 uH a 300 uH i ed e Dl e OO 05s | te 150 = 20 uF Chave Item sob ensaio Crowbar q 160 kV tensão de P E carga UL j sonv | À R4=010 Ro Shunt & ESES — Gerador de corrente para a | Gerador de corrente paraa | | primeira componente curta componente longa 1EC 2847n0 NOTA Valores aplicáveis para NP |. Figura C.1 — Exemplo de gerador de ensaio para simulação da energia específica do primeiro impulso positivo e da carga da componente longa Tabela C.1 — Parâmetros de ensaios para o primeiro impulso positivo Parâmetros de ensaio NP Tolerância I ] HIV % Valor de pico da corrente | (KA) 200 150 100 +10 Carga Qeurta (C) 100 75 50 +20 Energia específica W/R (MJ/O) 10 5,6 2,5 +35 Tabela C.2 — Parâmetros de ensaios para a componente longa Parâmetros de ensaio Nível de proteção Tolerância I H MV % Carga Qlonga (Cc) 200 150 100 +20 Duração Tionga (s) 0,5 0,5 0,5 +10 C.3 Simulação da taxa de variação da frente de onda de corrente dos impulsos A taxa de variação da corrente determina a tensão induzida magneticamente em laços instalados perto de condutores que conduzem as correntes das descargas atmosféricas. A taxa de variação da corrente de um impulso é definida como a elevação da corrente Aí durante o tempo de elevação At (Figura C.2). Os parâmetros de ensaio pertinentes para a simulação desta taxa de variação de corrente são dados na Tabela C.3. Exemplos de geradores de ensaios são mostrados nas Figuras C.3 e C.4, os quais podem ser utilizados para simular a taxa de variação da frente de onda das correntes associadas às descargas atmosféricas diretas. A simulação pode ser feita para o primeiro impulso positivo e para o impulso subsequente negativo. 40 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL50- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 NOTA Esta simulação cobre a taxa de variação da frente de onda de corrente dos impulsos. A cauda da corrente não tem influência neste tipo de simulação. A simulação de acordo com C.3 pode ser aplicada independentemente ou em combinação com a simulação de acordo com C.2. Para informações adicionais sobre parâmetros de ensaios simulando os efeitos das descargas atmosféricas em componentes de SPDA, ver Anexo D. Tabela C.3 — Parâmetros de ensaios dos impulsos o . NP Tolerância Parâmetros de ensaio I H HIV % Primeiro impulso positivo Ai (KA) 200 150 100 +10 At (us) 10 10 10 +20 Impulsos subsequentes negativos Ai (KA) 50 37,5 25 +10 At (us) 0,25 0,25 0,25 +20 [st IEC 26280 Figura C.2 — Definição para a taxa de variação da corrente de acordo com a Tabela C.3 O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 41 -FL5S1- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 2uH 0,250 94H 300 kV Tensãode | | carga UL 10 nF 019 J Gerador de corrente Item sob ensaio NOTA | Valores aplicáveis para NP |. Figura C.3 — Exemplo de gerador de ensaio para a simulação da taxa de variação da frente de onda do primeiro impulso positivo para itens sob ensaio de grande porte 6uH 100 i . = EO 9uH 3,5 MV Tensão | —EhgnF de carga 010 Gerador tipo “Marx" Item sob ensaio IEC 263010 NOTA | Valores aplicáveis para NP |. Figura C.4 — Exemplo de gerador de ensaio para a simulação da taxa de variação da frente de onda dos impulsos subsequentes negativos para itens sob ensaio de grande porte 42 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL52- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 (osjnd jun tun us | Jeonde) d0L sh ] (segun) suz> 00z I |senjdnusip sebieosop) ap val 1 dN soomejop soyaia sopeJspisuoo 05 Jos Wopod sopeJedos solesu3 sz ] ooNpjou opixo op sopeoguen Jess Dol ! (eBiosigos) seugsiseu ISSO09U SOjoadse so soquiy [o] vo eibioua op sogaj3 ep sod0jq opusjuos sda 00L 005 Z os ooL ost 0095 sz ost I opesedos ooz 000 OL ooL ooz I Osjnd tn ts gp/ip Jeoyde “(sw Z > | O85e1np) oo!un osjnd [st] tn LS 3/M 9 SUS *j Jeondy up | fo a/Mm Lo] emo Ivo dN Jopeyejuso opusjuos SaQ sEjON SEOLJ9JSOUIE SEBIBISOP SEP SOJOIgIEA jedi uud emelgoa ejusuoduod (ogóenunguoo) |-q eleger SET IL SLOZRO/NT US Z VHS VHIIMHI AVI HI SP ONSNPxS OSN Sp jofie Iepod OjSd opeziza! ossosy 45 O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL55- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 D.3 Distribuição da corrente Os parâmetros dados na Tabela D.1 são pertinentes à corrente do raio no ponto de impacto. Na realidade, a corrente flui para a terra por mais de um caminho, uma vez que, normalmente, há vários condutores de descidas e condutores naturais em um SPDA externo. Além disso, diferentes linhas e tubulações metálicas adentram uma estrutura protegida (tubulações de água e gás, linhas de energia e sinal etc.). Para a determinação dos parâmetros da corrente real fluindo em componentes específicos em um SPDA, a distribuição da corrente tem que ser levada em conta. Preferencialmente, a amplitude da corrente e a forma de onda por meio de um componente em um local específico do SPDA devem ser avaliadas. Quando uma avaliação individual não for possível, os parâmetros de corrente podem ser avaliados por meio dos seguintes procedimentos. Para a avaliação da distribuição da corrente em um SPDA externo, deve-se adotar o fator de configuração kc (ver ABNT NBR 5419-3:2015, Anexo C). Este fator fornece uma estimativa da distribuição da corrente da descarga atmosférica fluindo pelos condutores de descidas de um SPDA externo sob as piores condições. Para a avaliação da distribuição da corrente na presença de partes condutoras externas e linhas de energia e sinal conectadas à estrutura protegida, devem ser adotados os valores aproximados de ke e ke considerados no Anexo E. À abordagem descrita acima é aplicável para a avaliação do valor de pico da corrente que flui por um caminho particular para a terra. O cálculo dos outros parâmetros da corrente é fornecido a seguir: lp=kx1 (D.1) Qp=kx Q (D.2) (WIR)p = 62 x (WIR) (D.3) (4) (4) (D.4) Dl -=kx|— dp dt onde Xp é o valor da quantidade considerada (corrente de pico Ip, carga Qp, energia específica (W/R)p, taxa de variação da corrente (di/di)p), pertinente a um caminho particular para a terra “p”, x é o valor de uma quantidade considerada (corrente de pico |, carga Q, energia específica (W/R), taxa de variação da corrente (di/dt)), pertinente à corrente total da descarga atmosférica; k é o fator de distribuição da corrente: kc para SPDA externo (ver ABNT NBR 5419-3:2015, Anexo C) keskKe na presença de partes condutoras externas e linhas de energia e de telecomunicações que adentram a estrutura protegida (ver Anexo E). 46 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL56- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 D.4 Efeitos da corrente da descarga atmosférica e possíveis danos D.4.1 Efeitos térmicos Os efeitos térmicos associados às correntes da descarga atmosférica são relativos ao aquecimento resistivo causado pela circulação de corrente elétrica por meio de condutores e pelo aquecimento gerado por arcos no ponto de impacto e em todas as partes isoladas de um SPDA envolvidas no desenvolvimento de arcos (por exemplo, em centelhadores). D.4.1.1 Aquecimento resistivo O aquecimento resistivo aparece em qualquer componente de um SPDA conduzindo uma parte significativa da corrente da descarga atmosférica. A área mínima da seção dos condutores deve ser suficiente para prevenir sobreaquecimento dos condutores a um nível que possa representar perigo de incêndio nas imediações. Apesar dos aspectos térmicos descritos em D.4.1, a suportabilidade mecânica e os critérios de durabilidade também devem ser considerados para as partes expostas às condições atmosféricas e/ou corrosão. A avaliação do aquecimento do condutor devido à corrente da descarga atmosférica é algumas vezes necessária quando problemas possam surgir devido ao risco de ferimentos às pessoas e danos de fogo ou explosão. Aseguir, são dadas orientações para se avaliar a elevação de temperatura dos condutores submetidos às correntes da descarga atmosférica. Uma aproximação analítica é apresentada a seguir: A potência instantânea dissipada como aquecimento em um condutor devido à corrente elétrica é: P(y=()xR (D.5) A energia térmica gerada por um pulso completo da descarga atmosférica é, portanto, a resistência ôhmica de um caminho da descarga atmosférica por meio de um componente considerado do SPDA multiplicado pela energia especifica do pulso, sendo expressa em joule ou watt x segundo. w=Rx Ji? (£) x dt (D.6) Em uma descarga atmosférica, as fases de alta energia específica da descarga atmosférica têm durações tão curtas que a geração de qualquer aquecimento na estrutura não pode ser significativamente dispersa durante o evento, sendo o fenômeno, portanto, considerado adiabático. A temperatura dos condutores de um SPDA pode ser avaliada como a seguir: EB A WIR xaxpo) 9-0 = [oro(12/8 ex oo XY XGy ) | (D.7) Os valores característicos dos parâmetros físicos descritos na Equação (D.7), para diferentes materiais utilizados em SPDA, são dados na Tabela D.2, onde: 9-0 éa elevação de temperatura dos condutores, expressa em kelvins (K) a é o coeficiente de temperatura da resistência (1/K) WIR é a energia específica do impulso de corrente, expressa em joule por ohms (J/2) Po é a resistência ôhmica específica de um condutor na temperatura ambiente, expressa em ohm . metro (Qm) O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 47 -FL5S7- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 112138 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:21:38. ABNT NBR 5419-1:2015 a UacxQ 1 V 0 Ca Y cwlôs—Ou)tcs (D.9) onde V | é volume de metal fundido, expresso em metros cúbicos (m?) Uac é a queda de tensão “anodo-catodo” (assumido como constante) , expressa em volts [V] Q —éacarga da corrente da descarga atmosférica, expressa em coulombs [C] y é a densidade do material, expressa em quilograma por metros cúbicos [kg/m3] Cw éa capacidade térmica, expressa em joule por quilograma . Kelvin [J/kgK] Os é a temperatura de fusão, expressa em graus Celsius [ºC] Oy é a temperatura ambiente, expressa em graus Celsius [ºC] Cs é0calor latente de fusão, expressa em joules por quilogramas [J/kg] Os valores característicos dos parâmetros físicos descritos na Equação (D.9), para diferentes materiais utilizados em SPDA, estão registrados na Tabela D.2. Basicamente, a carga a ser considerada é a soma da carga da corrente de retorno e da corrente de continuidade. Experiências de laboratório têm mostrado que os efeitos da corrente de retorno têm menor importância se comparados com os efeitos da corrente de continuidade. D.4.2 Efeitos mecânicos Os efeitos mecânicos causados pela corrente da descarga atmosférica dependem da amplitude e da duração da corrente, assim como pelas características elásticas da estrutura mecânica afetada. Dependem também das forças de atrito que atuam entre as partes do SPDA em contato uma com as outras, se pertinente. D.4.2.1 | Interação magnética Forças magnéticas ocorrem entre dois condutores conduzindo correntes ou onde um condutor conduzindo corrente forma um ângulo ou um laço. Quando uma corrente flui por meio de um circuito, a amplitude das forças eletrodinâmicas desenvolvidas nas várias posições do circuito depende da amplitude da corrente da descarga atmosférica e da configuração geométrica do circuito. O efeito mecânico destas forças, entretanto, depende não somente das suas amplitudes, mas também da forma geral da corrente, sua duração, assim como da configuração geométrica da instalação. D.4.2.1.1 | Forças eletrodinâmicas Forças eletrodinâmicas desenvolvidas pela corrente “?” fluindo por condutores paralelos por um longo trecho de comprimento [e distância d (laço longo e estreito), como mostrado na Figura D.1, podem ser calculadas aproximadamente pela equação a seguir: D.10 A(t)= 0x P2(t) x L=2x107 x 24t) x DO) 27 a a 50 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL60- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 onde F(t) é a força eletrodinâmica, expressa em newtons (N); i é a corrente, expressa em ampêres (A); uo é a permeabilidade magnética do ar (47 x 107 H/m); 1 é o comprimento dos condutores, expresso em metros (m); d | éa distância entre os trechos retos paralelos dos condutores, expressa em metros (m). HC 263110 Figura D.1 — Arranjo geral de dois condutores para o cálculo da força eletrodinâmica Um exemplo típico em um SPDA é o arranjo de condutores nos cantos simétricos, formando um ângulo de 90º um com o outro, com uma abraçadeira posicionada nas vizinhanças do canto, como mostrado na Figura D.2. O diagrama dos esforços para esta configuração é mostrado na Figura D.3. A força axial no condutor horizontal tende a puxar o condutor para fora da abraçadeira. O valor numérico da força ao longo do condutor horizontal, considerando o valor de pico da corrente de 100 kA e o comprimento do condutor vertical de 0,5 m, é mostrado na Figura D.4. TI = o 1EC 2632110 NOTA No exemplo em questão, a cota “a” mostra o local de uma eventual emenda capaz de suportar os esforços calculados neste ponto. Figura D.2 — Arranjo de condutor típico em um SPDA O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 51 -FL61- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 1EC 2633/10 Figura D.3 — Diagrama de esforços F para a configuração da Figura D.2 80 70 80 50 40 30 20 10 0 F' (kNim) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 1 dm (m) 1EC 263410 NOTA Considerado o valor de pico de corrente de 100 KA e o comprimento do condutor vertical de 0,5 m. Figura D.4 — Força por unidade de comprimento F” ao longo do condutor horizontal da Figura D.2 D.4.2.1.2 Efeitos das forças eletrodinâmicas Em termos da amplitude da força aplicada, o valor instantâneo da força eletrodinâmica, F(t), é proporcional ao quadrado da corrente instantânea /(t)2. Em termos de desenvolvimento dos esforços na estrutura mecânica do SPDA, expresso pelo produto da deformação elástica ó(t) e a constante elástica k da estrutura do SPDA, os dois seguintes efeitos devem ser considerados. A frequência natural mecânica (associada ao comportamento elástico da estrutura do SPDA), e a deformação permanente da estrutura do SPDA (associada ao seu comportamento plástico) são os parâmetros mais importantes. Além disso, em muitos casos, o efeito das forças de atrito da estrutura é importante. A amplitude das vibrações da estrutura elástica do SPDA causada pela força eletrodinâmica desenvolvida por uma corrente de descarga atmosférica pode ser avaliada por meios de equações diferenciais de segunda ordem, sendo que o fator-chave é a relação entre a duração do impulso de corrente e o período da oscilação mecânica natural da estrutura do SPDA. A condição típica encontrada em instalações de SPDA consiste em períodos de oscilação natural da estrutura muito maiores do que aqueles da força aplicada (duração do impulso de corrente da descarga atmosférica). Neste caso, os esforços mecânicos máximos ocorrem depois do término do impulso de corrente e têm um valor de pico que permanece mais baixo do que aquele da força aplicada, e podem, na maioria dos casos, ser desprezados. 52 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL62- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 considerados são aqueles relevantes à primeira descarga atmosférica. Dados conservativos são obtidos considerando-se descargas atmosféricas positivas, c) a duração da corrente de impulso tem uma influência decisiva no processo de troca de calor com respeito ao ambiente ao redor do condutor considerado. Na maioria dos casos, a duração do impulso de corrente é tão curta que o processo de aquecimento pode ser considerado adiabático. D.5.3.2 Efeitos mecânicos Como discutido em D.4.2.1, as interações mecânicas são desenvolvidas entre condutores conduzindo a corrente da descarga atmosférica. A força é proporcional ao produto das correntes que fluem pelos condutores (ou ao quadrado da corrente se um condutor com dobra simples for considerado) e é inversamente proporcional à distância entre os condutores. Uma situação usual, onde um efeito visível pode ocorrer, é quando um condutor forma um laço ou é dobrado. Quando este condutor conduz a corrente da descarga atmosférica, ele é submetido a uma força mecânica que tentará estender o laço e endireitar o canto e então dobrá-lo para fora. A magnitude desta força é proporcional ao quadrado da amplitude de corrente. Uma distinção clara deve ser feita, entretanto, entre a força eletrodinâmica, a qual é proporcional ao quadrado da amplitude da corrente, e o esforço correspondente que depende das características elásticas da estrutura mecânica do SPDA. Para estruturas do SPDA de frequências naturais relativamente baixas, o esforço desenvolvido dentro da estrutura do SPDA deve ser consideravelmente mais baixo que a força eletrodinâmica. Neste caso, nenhum ensaio de laboratório é necessário para verificar o comportamento de um condutor dobrado em um ângulo reto sob o ponto de vista mecânico, desde que as áreas das seções transversais prescritas nesta Norma sejam cumpridas. Em todos os casos para os quais um ensaio de laboratório é requerido (especialmente para materiais dúcteis), as seguintes considerações devem ser levadas em consideração. Três parâmetros da primeira descarga atmosférica de retorno devem ser considerados: a duração, a energia específica da corrente de impulso e, no caso de sistemas rígidos, a amplitude da corrente. A duração do impulso de corrente, comparado com o período da oscilação mecânica natural da estrutura do SPDA, determina o tipo de resposta mecânica do sistema em termos de deslocamento: a) se a duração do impulso é muito menor que o período de oscilação mecânica natural da estrutura do SPDA (caso normal para estruturas de SPDA submetidas aos impulsos de descargas atmosféricas), a massa e a elasticidade do sistema impedem que a estrutura seja deslocada apreciavelmente, e o esforço mecânico relevante é essencialmente relacionado à energia específica do impulso de corrente. O valor de pico do impulso de corrente tem um efeito limitado; b) se a duração do impulso é comparável ou maior que o período da oscilação mecânica natural da estrutura, o deslocamento do sistema é mais sensível à forma de onda do esforço aplicado: neste caso, o valor de pico do impulso de corrente e sua energia específica necessitam ser reproduzidos durante o ensaio. A energia específica de um impulso de corrente determina o esforço que causa as deformações elástica e plástica da estrutura do SPDA. Os valores numéricos a serem considerados são aqueles relevantes à primeira componente da descarga atmosférica. Os valores máximos do impulso de corrente determinam a extensão do deslocamento máximo da estrutura do SPDA, no caso de sistemas rígidos com alta frequência de oscilação natural. Os valores numéricos a serem considerados são aqueles pertinentes à primeira componente da descarga atmosférica. O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 55 -FLO6S- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 D.5.3.3 Componentes de conexão Os componentes de conexão entre condutores adjacentes de um SPDA são possíveis pontos fracos, térmicos e mecânicos, sujeitos a altíssimos esforços. No caso de um conector instalado de maneira a fazer com que o condutor forme um ângulo reto, os efeitos principais dos esforços estão associados às forças mecânicas as quais tendem a endireitar o conjunto de condutores e vencer as forças de atrito entre os componentes de conexão e os condutores, tracionando as conexões, podendo, portanto, abri-las. É possível que ocorram arcos nos pontos de contato de diferentes partes. Além disto, o efeito de aquecimento causado pela concentração da corrente sobre pequenas superfícies de contato tem um efeito não desprezível. Ensaios de laboratório têm mostrado que é difícil separar os efeitos um do outro, uma vez que uma complexa interação de efeitos se estabelece: a resistência mecânica é afetada pela fusão localizada da área de contato; deslocamentos relativos entre partes dos componentes de conexão promovem a ocorrência de arcos e a consequente geração de calor intenso. Na ausência de um modelo válido, os ensaios de laboratório devem ser conduzidos de forma a representar o mais próximo possível os parâmetros adequados da corrente da descarga atmosférica nas situações mais críticas, isto é, os parâmetros da corrente da descarga atmosférica devem ser aplicados por meio de um único ensaio elétrico. Três parâmetros devem ser considerados neste caso: o valor de pico, a energia específica e a duração do impulso de corrente. Osvalores máximos do impulso de corrente determinam a força máxima, ou a extensão do deslocamento máximo da estrutura do SPDA, se a força de tração eletrodinâmica exceder as forças de atrito. Os valores numéricos a serem considerados são aqueles pertinentes à primeira componente da descarga atmosférica. Dados conservativos são obtidos considerando-se as descargas atmosféricas positivas. A energia específica de um impulso de corrente determina o aquecimento nas superfícies de contato, onde a corrente se concentra em áreas pequenas. Os valores numéricos a serem considerados são aqueles pertinentes a primeira componente da descarga atmosférica. Dados conservativos são obtidos considerando-se as descargas atmosféricas positivas. A duração do impulso de corrente determina o deslocamento máximo da estrutura, depois que as forças de atrito são excedidas, e tem um importante papel no fenômeno de transferência de calor dentro do material. D.5.3.4 Aterramento Os problemas reais com eletrodos de aterramento são relacionados com corrosão química e danos mecânicos causados por outras forças que não as eletrodinâmicas. Em casos práticos, a erosão do eletrodo de aterramento na região de contato de arcos é de menor importância. Deve-se, portanto, considerar que, contrariamente à captação, um SPDA típico tem vários componentes em contato com a terra, e a corrente de da descarga atmosférica é dividida entre vários eletrodos, causando assim efeitos menos importantes associados a arcos. Dois parâmetros de ensaios principais devem ser considerados neste caso: a) acarga determina a entrada de energia na região de contato do arco. Em particular, a contribuição da primeira descarga atmosférica pode ser desprezada, uma vez que descargas de longa duração apresentam-se como mais severas para este subsistema; b) a duração do impulso de corrente tem um papel importante no fenômeno de transferência de calor para o material. A duração dos impulsos de corrente aplicados durante os ensaios deve ser comparável às durações das descargas atmosféricas de longa duração (0,5 s a 15). 56 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL66- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 D.6 Dispositivo de proteção contra surtos (DPS) D.6.1 Geral Os efeitos dos esforços em um DPS causados pelas descargas atmosféricas dependem do tipo de DPS considerado, com atenção especial à presença ou ausência de um centelhador. D.6.2 DPS contendo centelhadores Os efeitos em centelhadores causados pelas descargas atmosféricas podem ser divididos em duas categorias importantes: a) a erosão dos eletrodos dos centelhadores por aquecimento, fusão e vaporização do material; b) os esforços mecânicos causados pela onda de choque da descarga atmosférica. É extremamente difícil investigar estes efeitos separadamente, uma vez que ambos são relacionados com os principais parâmetros da corrente da descarga atmosférica por meio de relações complexas. Para centelhadores, os ensaios de laboratório devem ser conduzidos de maneira que representem o mais próximo possível, os parâmetros da corrente das descargas atmosféricas na situação mais crítica, isto é, todos os parâmetros adequados da corrente da descarga devem ser aplicados por meio de um estresse elétrico único. Cinco parâmetros devem ser considerados neste caso: o valor de pico, a carga, a duração, a energia específica e a taxa de subida do impulso de corrente. O valor de pico de corrente determina a severidade da onda de choque. Os valores numéricos a serem considerados são aqueles pertinentes à primeira componente da descarga atmosférica. Dados conservativos são obtidos considerando-se as descargas atmosféricas positivas. Acarga determina a entrada de energia no arco. À energia do arco vai aquecer, fundir e possivelmente vaporizar parte do material do eletrodo no ponto de contato do arco. Os valores numéricos a serem considerados são aqueles pertinentes à descarga atmosférica completa. Entretanto, a carga da componente de longa duração da corrente pode ser desprezada em muitos casos, dependendo da configuração do sistema de fornecimento de energia (TN, TT ou IT). A duração do impulso de corrente controla o fenômeno de transferência de calor para a massa do eletrodo e a consequente propagação da frente de onda de fusão. Aenergia específica do impulso de corrente determina a autocompressão magnética do arco e a física dos jatos de plasma no eletrodo, desenvolvidos na interface entre a superfície do eletrodo e o arco (os quais podem expelir uma significante quantidade de material fundido). Os valores numéricos a serem considerados são aqueles pertinentes à primeira componente da descarga atmosférica. Dados conservativos são obtidos considerando-se as descargas atmosféricas positivas. NOTA Para centelhadores utilizados em sistemas de fornecimento de energia, a possível amplitude da corrente subsequente à frequência industrial constitui um importante fator de estresse, e recomenda-se, por sua vez, que seja levado em consideração. D.6.3 DPS contendo varistores de óxido metálico O esforço nos varistores de óxido metálico causados pelas descargas atmosféricas pode ser dividido em duas categorias principais: sobrecarga e descarga disruptiva. Cada categoria é caracterizada pelos modos de falha gerados por diferentes fenômenos e dominados por diferentes parâmetros. A O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 57 -FL67- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 Z1 é a impedância convencional de aterramento das partes externas ou linhas externas (Tabela E.1) instaladas enterradas; Z2 é a resistência de terra do arranjo de aterramento que conecta a linha aérea à terra. Se a resistência de terra do ponto de aterramento não for conhecida, o valor de Z4 pode ser utilizado (observando, na Tabela E.1, a resistividade do solo no ponto de aterramento). NOTA 1 | Assume-se que o valor de ke é o mesmo em cada ponto de aterramento. Se este não for o caso, recomenda-se que sejam utilizadas equações mais complexas. m é o número total de partes externas ou linhas enterradas; n2 é o número total de partes externas ou linhas aéreas; 1 é a corrente da descarga atmosférica pertinente ao nível de proteção (NP) considerado. Assumindo, como uma primeira aproximação, que metade da corrente da descarga atmosférica flui no subsistema de aterramento e que Z2 = Z1, o valor de ke pode ser estimado para uma parte condutora externa ou linha externa por: ke = 0,5/(m + n2) (E.4) Se as linhas que adentram a estrutura (por exemplo, linhas elétricas e de sinal) não são blindadas ou não estão instaladas em condutos metálicos, cada condutor da linha conduz uma parte igual da corrente da descarga atmosférica. kKe=ke/n (E.5) sendo n' o número total de condutores. Para linhas blindadas e interligadas na entrada, os valores do fator de divisão de corrente k'e para cada condutor de uma linha blindada são dados por: ke = kexRs/(n'xRs+Re) (E.6) onde Rs éa resistência ôhmica por unidade de comprimento da blindagem; Rc éa resistência ôhmica por unidade de comprimento do condutor interno. NOTA2 Esta fórmula pode subestimar o papel da blindagem no desvio da corrente da descarga atmosférica devido à indutância mútua entre o condutor interno e a blindagem. 60 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL7O- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 Tabela E.1 — Valores de impedâncias convencionais de aterramento Z e Z4 de acordo com a resistividade do solo Impedância convencional de aterramento relativa ao tipo de b p Zn SPDA Z Om o 92 I H MV < 100 8 4 4 4 200 A! 6 6 6 500 16 10 10 10 1000 22 10 15 20 2000 28 10 15 40 3 000 as 10 15 60 NOTA Os valores apresentados nesta tabela se referem à impedância convencional de aterramento de um condutor enterrado sob condição de impulso (10/350 us). 2 Valores referidos a partes externas com comprimento acima de 100 m. Para comprimentos de partes externas inferiores a 100 m em solos de alta resistividade (> 500 Qm), os valores de Z4 podem ser o dobro. b Subsistema de aterramento conforme a ABNT NBR 5419-3:2015, 5.4. E.2.22 Fatores que influenciam a divisão da corrente da descarga atmosférica em linhas de energia Para cálculos detalhados, vários fatores podem influenciar a amplitude e a forma dos surtos: a) o comprimento do cabo pode influenciar a divisão da corrente e as características da forma de onda devido à relação L/R; b) diferentes impedâncias de condutores de neutro e fase podem influenciar a divisão da corrente ao longo dos condutores da linha; NOTA1 Por exemplo, se o condutor neutro (N) tem múltiplos aterramentos, a menor impedância do N comparada com os condutores de fases L1, L2, e L3 pode resultar em 50 % da corrente fluindo por meio do condutor N com os 50 % restantes sendo dividido pelos outros três condutores de fase (17 % cada). Se N, L1, L2, e L3 possuem a mesma impedância, cada condutor irá conduzir aproximadamente 25 % da corrente. c) diferentes impedâncias de transformador podem influenciar a divisão de corrente (este efeito pode ser desprezado se o transformador for protegido por DPS que curto-circuita a sua impedância); d) arelação entre as resistências convencionais de aterramento do transformador e dos itens do lado da carga pode influenciar a divisão de corrente (quanto menor a impedância do transformador, maior será o surto de corrente fluindo para o sistema de alimentação de baixa tensão); e) consumidores em paralelo causam uma redução da impedância efetiva do sistema de alimentação de baixa tensão; isto pode aumentar a parcela da corrente da descarga atmosférica que flui para este sistema. NOTA2 Ver ABNT NBR 5419-4:2015, Anexo D, para maiores informações. O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 61 -FL71- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 E.3 Surtos pertinentes às linhas conectadas à estrutura E.3.1 Surtos devido às descargas atmosféricas nas linhas (fonte de danos S3) Para descargas atmosféricas diretas nas linhas conectadas, a divisão da corrente da descarga atmosférica em ambas as direções da linha e a ruptura da isolação devem ser levadas em conta. A seleção do valor de limp pode ser baseada nos valores dados nas Tabelas E.2 e E.3, para sistemas de baixa tensão, e Tabela E.3, para sistemas de sinais, onde os valores preferenciais de limp São associados com o nível de proteção (NP). Tabela E.2 — Surtos de correntes devido às descargas atmosféricas previstos em sistemas de baixa tensão Sistemas de baixa tensão Descargas atmosféricas diretas e Deparia Descargas PA a atmosféricas perto atmosféricas na indiretas na linha da estrutura? estrutura? Fonte ds dands Fonte de danos RE 83 (descarga Sá (descarga Fonte de danos S2 Fonte de danos S1 (classe) Ee '9 b atmosférica (corrente induzida) (corrente induzida) atmosférica direta) m e indireta) Forma de onda da Forma de onda da Forma de onda da colibido: Forma de onda da corrente: corrente:! 40/350 4 corrente: 8/20 us 8/20 us EA ' 8/20 us kA kA kA HE- IV 5 2,5 0,1 5 H 7,5 3,75 0,15 7,5 I 10 5 0,2 10 NOTA Todos os valores referidos a cada condutor da linha. à O roteamento do laço dos condutores e a distância da corrente indutora afetam os valores dos surtos de corrente previstos. Os valores da Tabela E.2 referem-se a laço fechado de condutores não blindados e com diferentes roteamentos em grandes edifícios (áreas de laços da ordem de 50 m?, largura = 5 m), a 1 m da parede, dentro de uma estrutura não blindada ou edifício com SPDA (kç = 0,5). Para outras características de laço e de estrutura, os valores podem ser multiplicados pelos fatores Ks1, Ks2, Ksa (ver ABNT NBR 5419-2:2015, B.4). b valores pertinentes ao caso onde a descarga atmosférica atinge o último poste da linha perto do consumidor e linha de vários condutores (três fases + neutro). S Valores referidos a linhas aéreas. Para linhas enterradas, os valores podem ser a metade dA resistência e a indutância do laço afetam a forma de onda da corrente induzida. Onde a resistência do laço for desprezível, a forma de onda 10/350 us pode ser assumida. Este é o caso onde um DPS do tipo de chaveamento é instalado no circuito induzido. 62 GABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL72- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 — DPS ensaiado com limp (forma de onda de corrente típica 10/350), por exemplo, DPS ensaiado de acordo com a classe | para DPS de potência; — DPS ensaiado com h (forma de onda de corrente típica 8/20), por exemplo, DPS ensaiado de acordo com a classe Il; — DPS ensaiado com a onda combinada (corrente típica forma de onda de corrente 8/20), por exemplo, DPS ensaiado de acordo com a classe Ill. O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 65 -FL75- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 mM [21 1 [4] [o [6] mn [8] [9] [o] 1 [12] [13 [14] [5] [e] [17 [18] 66 Bibliografia ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão ABNT NBR 6323, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido — Especificação ABNT NBR 13571, Haste de aterramento aço-cobreado e acessórios ABNT NBR 15749, Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo em sistemas de aterramento ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas — Parte 10-1: Classificação de áreas — Atmosferas explosivas de gás ABNT NBR IEC 60079-10-2, Atmosferas explosivas — Parte 10-2: Classificação de áreas — Atmosferas de poeiras combustíveis ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas — Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas ABNT NBR IEC 61643-1, Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão — Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão — Requisitos de desempenho e métodos de ensaio IEC 60364 (all parts), Low-voltage electrical installations IEC/TS 60479 (all parts), Effects of current on human beings and livestock IEC 60664-1, Insulation coordination for equipment within low-voltage systems — Part 1: Principles, requirements and tests IEC 61000-4-5, Electromagnetic compatibility (EMC) — Part 4-5: Testing and measurement techniques — Surge immunity test IEC 61400-24, Wind turbines — Part 24: Lightning protection IEC 61557-4, Electrical safety in low-voltage distribution systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V d.c. — Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures — Part 4: Resistance of earth connection and equipotential bonding IEC 61643-12, Low-voltage surge protective devices — Part 12: Surge protective devices connected to low-voltage power distribution systems — Selection and application principles IEC 61643-21, Low-voltage surge protective devices — Part 21: Surge protective devices connected to telecommunications and signalling networks — Performance requirements and testing methods IEC 62305 (all parts), Protection against lightning IEC 62561(all parts), Lightning protection system components (LPSC) ABNT 2015 - Todos os direitos reservados -FL76- Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/082015 1122/13 Acesso realizado pelo Portal Target de uso exclusivo de ELKJAER FERREIRA BRAZ em 21/08/2015 11:22:43 ABNT NBR 5419-1:2015 [19] ITU-T Recommendation K.67, Expected surges on telecommunications and signalling networks due to lightning [20] BERGER K., ANDERSON R.B., KRÔNINGER H., Parameters of lightning flashes. CIGRE Electra No 41 (1975),p. 23-37 [21] ANDERSON R.B., ERIKSSON A.J., Lightning parameters for engineering application. CIGRE Electra No 69 (1980), p. 65 — 102 O ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 67 -FL77-
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