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Guias e Dicas
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enxertia de videira, Notas de estudo de Agronomia

Tecnica de enxertia de mesa para videiras

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 09/11/2016

marieli-guerrezi-10
marieli-guerrezi-10 🇧🇷

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Baixe enxertia de videira e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! SEMINÁRIO DE EXTENSÃO E INOVAÇÃO DA UTFPR – 6º SEI-UTFPR 24 e 25 de Novembro de 2016 - Câmpus Francisco Beltrão - PR AVANÇOS E PERSPECTIVAS DO PROJETO DE FORTALECIMENTO DA VITICULTURA NO SUDOESTE DO PARANÁ 1 M. T. Guerrezi*, M. R. Sachet *, R. H. Pertille*, I. Citadin (orientador)*, e A. L. Varago* 1 Fundação Araucária *Departamento de Agronomia/UTFPR, Pato Branco, Brasil E-mail: marieliguerrezi@hotmail.com Resumo Esse projeto foi realizado buscando a ampliação da viticultura em área de agricultura familiar do Sudoeste do Paraná. Foram produzidas mudas de videira através do método de enxertia de mesa, com a utilização da cultivar ‘Paulsen 1103’ como porta-enxerto e as cultivares ‘Niágara rosada, branca’ e ‘Bordô’ como copas, e doadas para produtores. Com a utilização de mudas enxertadas, a formação do vinhedo é mais eficiente tornando-se mais rapidamente uma fonte de renda para família. Palavras-chave: Enxertia de mesa, desenvolvimento regional, agricultura familiar. Abstract This project was carried looking for expansion of viticulture and an alternative income for small farms in southwestern Paraná was carried out this project, in which vine cuttings were made by grafting method table with the use of the cultivar 'Paulsen 1103' as rootstock and the cultivars 'Niagara pink, white’ and ‘Bordeaux’ as hearts and donated to producers. With the use of grafted seedlings, the formation of the vineyard is more efficient becoming quickly a source of income for family as well as keep the young in rural areas. Keywords: Grafting table, regional development, small farms. Introdução A região sudoeste do Paraná é composta por 42 municípios e população estimada em 595 mil habitantes, com cerca de 203 mil habitantes na área rural [1]. Atividade rural é a principal formadora de renda e baseia-se em grandes culturas de lavoura e bovinocultura de leite[2], [3]. Boa parte da produção provém de produtores familiares os quais representam 93 % dos estabelecimentos rurais, sendo eles com menos de 50 hectares [4]. Entretanto, varias áreas são localizadas em solos jovens (Neossolo e Cambissolo) com pedregosidade e declive os quais, de acordo com a classificação de capacidade de uso solo, não são recomendados para utilização de eventos agropecuários intensivos. Na região 41% da área tem algum tipo de restrição de uso ou com alto potencial erosivo [1]. Além disso, as pequenas propriedades apresentação restrição de área necessitando de atividades que permitam maior geração de receita por unidade de terra, como é o caso da fruticultura [5]. 2/6 Dentre as frutas produzidas na região sudoeste do Paraná, destaca-se a uva. No Estado do Paraná é produzido aproximadamente 100 mil toneladas de uva. [6]. Além da produção de uvas de mesa, pode-se aumentar o retorno econômico através da agregação de valor por meio da transformação de uvas em derivados de pouco ou maior processamento como sucos, vinhos, doces, geleias, grappa, conhaque entre outros [7]. A viticultura chegou à região através da migração das regiões de Santa Catarina e Rio grande do Sul. Contudo, existe uma grande diferença na forma de plantio. Zarth et al. [7] destaca que em torno de 35,59% das plantas provém de mudas ou estacas de pé franco. A maioria das propriedades familiares trabalha com cultivares antigas ou com pé franco. A baixa tecnologia empregada gera menor produção ou perdas através de doenças de solo [8], uma vez que não ocorre a utilização de porta-enxertos resistentes. A prolongação na formação do vinhedo é outra limitação encontrada. Zarth et al. [7] evidencia que 54% das mudas obtidas são por meio da enxertia de topo no final do inverno em sua maioria e menos frequente no verão, corroborando para estender para dois anos a mais na formação do vinhedo, uma vez que se deve considerar perdas com a mortalidade de plantas e estas devem ser substituídas acrescentando maior tempo [9]. Quando o agricultor opta pela compra de mudas de viveiros, muitas vezes acaba adquirindo mudas de procedência duvidosa em viveiros não credenciados podendo gerar problemas de contaminação de doenças e pragas acarretando tanto problemas ambientais quanto econômicos. Além de apresentar elevado custo na obtenção da muda [10]. A enxertia de mesa por garfagem de topo com estratificação tem apresentado bons resultados como demonstra Maroli [11] sendo superior ao método de enxertia tipo Ômega [11]. Um dos fatores que contribuem para escolha desta técnica é o fato de poder ser realizadas em qualquer horário do dia. Desta maneira o agricultor pode realizar a enxertia à noite não comprometendo a execução de outras atividades [12]. Deste modo, tem-se a necessidade de tornar o sistema de produção de uvas uma forma mais atrativa e eficiente com maior rapidez e com menos custo de implantação e manutenção. Para que a viticultura torne-se uma alternativa para produtores familiares rurais, contribuindo para o desenvolvimento da região podendo se tornar uma janela para novos mercados. Assim sendo, são imprescindíveis estudos voltados para a região, bem como a divulgação dos resultados obtidos para que os produtores tenham conhecimento de novos métodos, além 5/6 As mudas são muito importantes para estimular os produtores rurais evitando assim o êxodo rural, fornecendo uma oportunidade de crescimento em aspectos econômicos, sociais, ambientais e científicos, estimulando as famílias rurais a se desenvolverem e aprimorarem-se na atividade vitícola. Fornecendo uma ferramenta para que os produtores não desistam da produção rural, mantendo assim suas tradições. O fornecimento de técnicas atualizadas e uma forte atuação de entidades públicas é extremamente importante para o desenvolvimento da produção da uva na região Sudoeste do Paraná. Agradecimentos Á UTFPR - Câmpus Pato Branco, á Fundação Araucária pela concessão da bolsa. Ao Instituto Emater pela parceria, ao agrônomo Lari Maroli pela colaboração no projeto e aos colegas do Laboratório de Fruticultura pela contribuição na condução do projeto em especial ao André Faggion o qual antecedeu o projeto. Referências [1] IPARDES- Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (2009) “Os vários Paranás: Sudoeste paranaense: especificidades e diversidades” Disponível em http://www.ipardes.gov.br/biblioteca/docs/S udoeste%20Paranaense_especificidades%2 0e%20diversidades.pdf Acesso em 27 jul. 2016. [2] Santos, R. A. (2011). Território e modernização da agricultura no Sudoeste do Paraná. Revista Espaço Acadêmico UEM, Maringá, v. 10, n. 118, p. 114-122. [3] Doretto, M.; Laurenti, A. C. (2007). Magnitude das Características da Agricultura Familiar no Território Sudoeste do Paraná. Anais do XLV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – SOBER, Londrina, v. p. 1-19. [4] Zarth, N. A., Donazzolo, J., Citadin, I., Perondi, M. Â., Braida, J. A., & Mazaro, S. M. (2011). Caracterização da vitivinicultura na região Sudoeste do Paraná. Seminário: Sistemas de Produção Agropecuária-Ciências Agrárias, Animais e Florestais, p. 129-133. [5] ZARTH, N. (2011). A. Caracterização e Análise da Cadeia da Vitivinicultura no Sudoeste Paraná. Dissertação (Mestrado 6/6 em Agronomia); UTFPR, Pato Branco, 130 p. [6] SEAB- Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – DERAL - Departamento de Economia Rural (2012). Fruticultura – Análise da Conjuntura Agropecuária. [7] Zarth, N.A., Citadin, I.; Perondi, M. A.; Donazzolo, J. (2011). Perfil sócio-econômico da Vitivinicultura na Região Sudoeste do Paraná. Synergismus scyentifica UTFPR, Pato Branco, v. 6, n. 1. [8] Sato, A. J., Roberto, S.R. (2008). A viticultura no Paraná. I ENCONTRO DE. [9] Kuhn, G. B., Regla, R. (2005). A. Produção de mudas de videira por enxertia de garfagem de inverno. EMBRAPA – CNPUV. Circular Técnica, v. 54. [10] Malagi, G. (2011). Respostas agronômicas e ecofisiológicas de videira, cultivar BRS Violeta, influenciada por sistemas de adubação. Dissertação (Mestrado em Agronomia); UTFPR, Pato Branco, 173 p. [11] Maroli, L., Citadin, I., Sachet, M. R., Scariotto, S., Junior, A. W. (2014). Produção de mudas de videira cv. Bordô/Paulsen 1103 pela enxertia de mesa com estratificação. Rev. Bras. Frutic. Vol.36 no.3 Jaboticabal July/Sept 2014. Print version ISSN 0100-2945. [12] Maroli, L. (2012). Produção de mudas de videira cv. Bordô/Paulsen 1103 pela enxertia de mesa com estratificação. 80 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) UTFPR, Pato Branco. [13] Hasse, B., Penso, G. A., Maroli, L., Citadin, I. (2014). Fortalecimento da Viticultura no Sudoeste do Paraná. In: IV Seminário de Extensão e Inovação da UTFPR, Cornélio Procópio. IV SEI UTFPR.
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