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Guias e Dicas
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Gerenciamento de Resíduos Sólidos: Classificação, Armazenamento e Impacto Ambiental, Notas de estudo de Engenharia Química

Este documento aborda a classificação de resíduos sólidos de acordo com a nbr 10.004, com foco em resíduos perigosos e suas características, além de fornecer informações sobre o armazenamento adequado de resíduos para minimizar impactos ambientais e problemas de saúde pública. Também é discutido o impacto da geração de resíduos industriais sobre o ar, a água e o solo, e as consequências adversas sobre a saúde humana.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 07/11/2011

reishf84
reishf84 🇧🇷

4.7

(21)

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Baixe Gerenciamento de Resíduos Sólidos: Classificação, Armazenamento e Impacto Ambiental e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Química, somente na Docsity! GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 1. Fontes de poluição industrial e seu impacto sobre o ar, a água e o solo Toda atividade humana gera resíduos, produtos aparentemente sem utilidade, mas cujo reuso, reciclagem e disposição final desafiam a criatividade humana, nas sociedades altamente industrializadas atuais. Isto ocorre porque as indústrias geram, não apenas os produtos altamente desenvolvidos que atendem às necessidades de nossa sociedade, como uma grande variedade e quantidade de resíduos. Os próprios produtos industrializados, após sua utilização pelo consumidor final, transformam-se em resíduos. Entre os resíduos que resultam dos diversos processos industriais destacam-se os seguintes: • impurezas contidas nas matérias-primas; • substâncias auxiliares de processos químicos; • substâncias que se formam nos processos industriais e não são incorporadas nos produtos finais. De uma forma geral, os resíduos industriais apresentam-se como: • efluentes líquidos, formados por substâncias dissolvidas em água ou em outros solventes; • emissões atmosféricas, que incluem gases resultantes da queima de óleo e outros combustíveis, vapores de água, de ácidos e de outras substâncias voláteis etc. • resíduos sólidos, como embalagens descartadas, peças defeituosas, rebarbas, limalhas e aparas, óleos lubrificantes usados e outros resíduos relacionados na NBR 10004 (classificação de resíduos sólidos) que iremos detalhar neste capítulo. Todos esses resíduos requerem medidas que eliminem ou diminuam seu efeito sobre o meio ambiente e seus componentes: o ar, a água, o solo e os seres vivos. Assim, os efluentes líquidos devem ser tratados antes de seu descarte em córregos, rios ou no mar. Cuidado idêntico deve ser destinado às emissões atmosféricas, que devem ser recolhidas por sistemas adequados, filtradas e tratadas antes de sua liberação para o ambiente externo, e aos resíduos sólidos, para evitar a contaminação de solos e de lençóis de água subterrâneos. Os efeitos adversos sobre a saúde humana, causados por poluentes industriais, incluem: • ataque aos tecidos respiratórios, causados por óxidos de enxofre decorrentes, por exemplo, de processos como: queima de carvão e de produtos de petróleo, fabricação de celulose e papel e processos de revestimentos metálicos (galvanoplastia); • câncer do pulmão, que pode desenvolver-se anos após a inalação inicial de fibras de asbestos e outros materiais; • pressão arterial elevada, problemas circulatórios e cardíacos, dores nos ossos e doenças nos rins, decorrentes de contaminação pelo metal pesado cádmio presente em emissões gasosas ou na água contaminada por efluentes industriais ou por resíduos perigosos como pilhas e baterias. Esses, e muitos outros efeitos negativos dos resíduos sobre nossa saúde e a qualidade de vida em nosso planeta, justificam as diversas medidas a serem implementadas nas fases de produção, armazenamento, manuseio, transporte, tratamento e disposição final de resíduos. Embora todos esses itens sejam analisados no presente módulo, a abordagem de gestão de resíduos deve priorizar medidas que busquem evitar e minimizar a produção dos resíduos. Essa priorização justifica-se por ter ação mais ampla do que ficar constantemente tratando resíduos, sem atacar as causas de sua geração. 2. Classificação de resíduos sólidos – NBR 10.004:2004 Pode-se perceber a importância dos resíduos sólidos, pela sua definição na NBR 10.004: “resíduos nos estados sólido e semi- sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição” A mesma definição inclui: • os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, e os gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição; • líquidos que não possam ser lançados na rede pública de esgotos ou corpos de água (por exemplo, óleos minerais). Vê-se, portanto, que é grande a variedade de resíduos que podem ser caracterizados como resíduos sólidos, de acordo com a norma. A NBR 10004 esclarece que seu objetivo é de classificar os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ter manuseio e destinação adequados. Classes de resíduos: Classe I: resíduos perigosos Resíduos que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente ou que tenham uma das seguintes características: • inflamabilidade • corrosividade • reatividade • toxicidade • patogenicidade (contendo microorganismos ou toxinas capazes de produzir doenças) • DL50 (oral, ratos) • CL50 (inalação, ratos) • DL50 (dérmica,coelhos) Classe II-A: resíduos não- inertes Resíduos que não se enquadram nas classes I e II-B, e que podem ter propriedades como: • combustibilidade • biodegrabilidade • solubilidade em água Classe II-B: resíduos inertes Resíduos que, “quando amostrados de forma representativa (NBR 10007) e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente (NBR 10006), não tiverem nenhum de seus componentes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água”. A norma NBR 10004 considera resíduos inertes, rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente. A mesma norma fornece as seguintes listagens, todas de resíduos classe I. • Anexo A: resíduos perigosos de fontes não- específicas
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