Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Atmosferas Planetárias, Notas de estudo de Geografia

Documento do Observatório Nacional legando sobre as Atmosferas Planetárias. Curso de Astrofísica do Sistema Solar.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 26/08/2010

geovane-souza-3
geovane-souza-3 🇧🇷

5

(2)

10 documentos

1 / 5

Documentos relacionados


Pré-visualização parcial do texto

Baixe Atmosferas Planetárias e outras Notas de estudo em PDF para Geografia, somente na Docsity! Atmosferas Planetárias Todos os planetas do Sistema Solar, assim como alguns de seus satélites, têm atmosfera. Os envoltórios gasosos que recobrem vários objetos do Sistema Solar apresentam uma notável diversidade entre si. Esta diversidade que observamos nas propriedades das distintas atmosferas de planetas e satélites naturais está relacionada tanto com as variações nas condições iniciais da formação desses corpos celestes quanto nas circunstâncias físicas sob as quais eles evoluiram posteriormente. Primeiramente, as atmosferas planetárias se diferenciam em sua composição química. Na tabela 10 abaixo são dados, em percentagem, os principais elementos presentes nas atmosferas dos planetas terrestres e gigantes. Tabela 10 Elemento Símbolo Vênus (%) Terra (%) Marte (%) Dióxido de carbono CO2 96 0,03 95,3 Nitrogênio N2 3,5 78,1 2,7 Argônio Ar 0,006 0,93 1,6 Oxigênio O2 0,003 21,0 0,15 Neônio Ne 0,001 0,002 0,0003 Elemento Símbolo Júpiter (%) Saturno (%) Urano (%) Netuno (%) Hidrogênio H2 86,1 92,4 84 84? Hélio He 13,8 7,4 14 ? Metano CH4 0,09 0,2 2 2--3 Amônio NH3 0,02 0,02 - - Vapor de água H2O 0,008 - - - Tradicionalmente, fazemos a descrição da estrutura de uma atmosfera, em primeiro lugar, em termos do perfil de sua temperatura média ao longo de uma vertical. A partir deste perfil definimos camadas distintas com origem nos pontos onde ocorre alguma inversão de temperatura. As principais camadas, começando na superfície do corpo e indo até o espaço, são denominadas de troposfera, estratosfera, mesosfera e ionosfera. De forma bem geral podemos dizer que a temperatura, assim como a densidade, diminue à medida que vamos das camadas inferiores para as superiores. No caso da Terra, na troposfera a temperatura vai diminuindo, tendo cerca de 300 K na superfície do nosso planeta e caindo até cerca de 230 K a uma altitude de 12-14 km. Neste ponto a temperatura começa a aumentar lentamente até atingir uma altitude de cerca de 45 km. Novamente temos uma inversão de temperatura, a qual vai diminuindo até atingir valores menores do que 200 K a uma altitude de 80 km. Por fim temos uma última inversão, quando então a temperatura começa a aumentar muito lentamente atingindo cerca de 200 K a uma altitude de, aproximadamente, 200 km. As estruturas das atmosferas dos demais planetas são bem similares a essa. É importante ressaltar que as atmosferas interagem de forma distinta com a superfície do corpo dependendo da sua composição e sua estrutura. Vejamos, por exemplo, as atmosferas da Terra e de Vênus, planetas muito próximos e muito similares em tamanho. No caso da Terra a atmosfera atua protegendo a superfície do planeta do calor e do frio excessivos, de meteoros e também dos perigosos raios ultravioleta provenientes do Sol. Isto ocorre porque na troposfera da atmosfera da Terra existe uma camada de nuvens de vapor de água e uma pequena camada de dióxido de carbono. A luz proveniente do Sol atravessa estas camadas e chega na superfície do nosso planeta aquecendo-a. Este calor é então reemitido pela superfície na forma de radiação infravermelha, ou térmica. Entretanto a camada de dióxido de carbono existente na atmosfera reflete parte dessa radiação infravermelha de volta para o solo e apenas parte é perdida, dirigindo-se para o espaço. A radiação que incide novamente no solo o aquece de novo. Este processo, chamado de efeito estufa, aumenta a temperatura média na superfície da Terra em cerca de 23 oC. Sem este efeito estufa a temperatura na superfície do nosso planeta seria abaixo de zero e a Terra estaria presa numa era glacial. Embora o efeito estufa que ocorre na Terra seja benéfico para a vida no planeta, o mesmo não pode ser dito do efeito estufa que ocorre em Vênus. Como vimos acima, 96% da atmosfera de Vênus é composta por dióxido de carbono. Isto implica na existência de uma espessa camada deste composto e é ela que impede, totalmente, que a radiação infravermelha proveniente do solo venusiano atravesse a atmosfera e escape para o espaço. Esta radiação infravermelha é refletida para o solo o qual é aquecido novamente num processo que se repete várias vezes. No caso de Vênus, portanto, o efeito estufa faz com que a temperatura da superfície aumente sempre atingindo atualmente cerca de 730 K. A pesada atmosfera deste planeta também faz com que a pressão na superfície seja cerca de noventa vezes aquela que medimos na Terra. Marte, por outro lado, tem uma atmosfera muito tenue, com uma pressão superficial cerca de 150 vezes menor do que a da Terra. Isto implica que, apesar da composição da atmosfera marciana ser 95% formada por dióxido de carbono, não temos efeito estufa. Assim, devido à falta de uma atmosfera espessa, a temperatura da superfície chega a ser da ordem de 50 K menor do que a da Terra. No caso dos planetas gigantes Júpiter e Saturno estes têm uma atmosfera cuja aparência é caracterizada por bandas de nuvens de cores distintas, como podemos ver abaixo nessa belíssima imagem de Júpiter.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved