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Riscos toxicologicos do manuseio de cimento na atividade informal no município de zé doca, Esquemas de Química

Artigo elaborado visando uma abordagem sobre o manuseio incorreto do cimento dentro da atividade informal na cidade de Zé Doca/MA

Tipologia: Esquemas

2010

Compartilhado em 13/08/2010

rangel-rodrigues-4
rangel-rodrigues-4 🇧🇷

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Baixe Riscos toxicologicos do manuseio de cimento na atividade informal no município de zé doca e outras Esquemas em PDF para Química, somente na Docsity! RISCOS TOXICOLOGICOS DO MANUSEIO DE CIMENTO NA ATIVIDADE INFORMAL NO MUNICÍPIO DE ZÉ DOCA/MA Davina Camelo CHAVES (1); Makson Rangel de Melo RODRIGUES (2); Estefânio de Paiva SILVA (3); Jonatha Marcelles Aguiar PINTO (4) (1-4) Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia -Campus Zé Doca- Rua da Tecnologia, 215, Vila Amorim, Zé Doca- MA - CEP: 65365-000 Fone: (098) 3655 3065, (1) e-mail: davinacamelo@ifma.edu.br (2) makson.rangel@gmail.com; (3) estefaniopaiva@hotmail.com; (4) marcelle_33@hotmail.com RESUMO O presente trabalho visa desenvolver estudos sobre os riscos causados pelo cimento aos trabalhadores do setor informal, através do levantamento das condições de trabalho e de saúde dos prestadores de serviços, propondo estratégias para minimizar os problemas de saúde dos profissionais pesquisados. A base teórica da pesquisa foi feita pela análise de bibliografia disponível sobre o tema, seguida de uma pesquisa de campo por meio de entrevistas com trabalhadores expostos a manipulação de cimento na cidade de Zé Doca/MA, para avaliar as condições de trabalho dos funcionários envolvidos no setor da construção civil e verificar a necessidade de implantação de programas de prevenção a saúde do trabalhador. Palavras chaves: saúde do trabalhador; cimento; normas regulamentadoras; equipamentos de proteção. 1 INTRODUÇÃO O cimento é um material cerâmico que em contato com a água produz reação química de cristalização de produtos hidratados, ganhando assim resistência mecânica. É o principal material de construção usado como aglomerante ou ligante. É uma das principais mercadorias mundiais, servindo até mesmo como indicador econômico, FERREIRA (2010). De acordo com a Wikipédia, o cimento teve sua origem no antigo Egito, onde era utilizado um material feito de gesso calcinado como aglomerante. Entre os gregos e romanos, eram usados solos vulcânicos das proximidades de Pozzuoli ou da ilha de Santorini, que endureciam depois de misturadas com água. Ainda segundo a Wikipédia, em 1786 o inglês John Smeaton criou uma mistura resistente através da calcinação de calcários argilosos e moles. Esse é o marco da criação do cimento artificial. Em 1824, quando o construtor inglês Joseph Aspdin queimou conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó fino, percebeu que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto às pedras empregadas nas construções. A mistura não se dissolvia em água. Ela foi patenteada pelo construtor no mesmo ano com o nome de cimento Portland, que recebeu esse nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas da ilha britânica de Portland. O cimento portland é composto de clínquer e de adições que distinguem os diversos tipos existentes, conferindo diferentes propriedades mecânicas e químicas a cada um. Além do clínquer como item principal de sua composição, o cimento portland tem também silicato tricálcico (CaO)3SiO2 e silicato dicálcico (CaO)2SiO2. Estes compostos trazem acentuada característica de ligante hidráulico e estão diretamente relacionados com a resistência mecânica do material após a hidratação. Tabela 1 – Composição do Cimento Portland PRODUTO COMPONENTES % CIMENTO PORTLAND Sílica tricálcio (Ca3SiO5) 30-70 Ferro-aluminato de cálcio (C4AlFe) 05-15 Sulfato de cálcio (CaSO4) 02-10 Aluminato tricálcico (4CaO.Al2O3.Fe2O3) 01-15 Carbonato de cálcio (CaCO3) 0-10 Oxido de magnésio (MgO) 0-04 Oxido de cálcio (CaO) 0-02 Os riscos causados na manipulação do cimento sem a segurança devida podem ocasionar a dermatose, dermatite de contato por irritação. Segundo o site do eja.org.br, o cimento, a massa de cimento ou concreto, quando em contato freqüente com a pele de muitos trabalhadores da construção civil, pode: • Ressecar, irritar ou ferir as mãos, os pés ou qualquer local da pele onde a massa de cimento permanecer por certo tempo. • Produzir reações alérgicas, dependendo do contato do cimento com certas partes do corpo. De acordo com Brandes (2008), a ação do cimento é resultante da alcalinidade de silicatos, aluminatos e sílicoaluminatos. Essa alcalinidade não chega a ser agressiva, mas propicia as condições para instalação de um processo de sensibilidade, ou seja, uma condição alérgica. Ele explica que quando um cimento com pouco teor de umidade entra em contato com a pele e não é logo removido, absorve umidade; após algum tempo, torna a pele seca, enrijecida e espessa. A habitualidade deste contato deixa a pele frágil, resultando em fissuras e rachaduras, denominadas “lesões indolentes”, nas quais podem ocorrer infecções secundárias. Recomenda-se, para proteger a pele: a) Evitar o trabalho com ferramentas que sujem a pele. Deve-se manter as ferramentas limpas; b) Na preparação da massa de cimento, usar luvas e botas de borracha forradas internamente; c) Não trabalhar descalço ou de chinelo de dedo. Botas de borracha ou de couro protegem os pés; d) Evitar trabalhar de bermuda. Sempre que possível, deve-se vestir calça comprida; e) Luvas ou botas rasgadas ou furadas, muito largas ou apertadas, são contra-indicadas; f) Se cair concreto dentro da luva ou bota, deve-se lavá-las imediatamente, assim como as mãos e os pés. Isto evitará ferimentos e queimaduras pelo cimento; g) Se a pele for atingida ou as mãos forem afetadas, faça a higiene no local atingida o mais breve possível; As dermatoses pelo cimento constituem um problema que pode ser minimizado se medidas de higiene adequadas forem adotadas e também com a utilização dos equipamentos de segurança (EPIs) adequados para cada atividade. De acordo com a norma regulamentadora NR-6: Considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Segundo a NR-6, o equipamento de proteção individual de fabricação nacional ou importado só tem sua venda permitida, ou pode ser utilizado, com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. 1.1 Setor informal O setor informal da construção civil emprega milhões de brasileiros e tem forte impacto na economia nacional. Ao contrario de indústrias e empresas que trabalham com mão de obra especializada, os serviços terceirizados não dispõem de treinamento, muito menos de equipamentos de segurança essenciais para a prática trabalhista. 2 OBJETIVOS Levantar a composição química dos materiais utilizados na composição do cimento e a toxicidade do mesmo; Levantar e avaliar os equipamentos utilizados pelos trabalhadores no setor informal da construção civil; Relacionar os tipos de equipamentos necessários para a segurança do trabalhador com os produtos químicos;
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