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Saúde mental na atenção básica, Notas de estudo de Enfermagem

Os transtornos mentais e comportamentais exercem considerável impacto sobre os indivíduos, famílias e/ou comunidades, sendo que, atualmente estima -se que 12% da população mundial sofrem de alguma doença mental, porém o relatório da Organização Mundial da Saúde de 2001, aponta que estes transtornos serão a segunda causa de adoecimento da população no ano se 2020.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 21/04/2010

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Baixe Saúde mental na atenção básica e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! 1SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA I. Política de Saúde Mental Os transtornos mentais e comportamentais exercem considerável impacto sobre os indivíduos, famílias e/ou comunidades, sendo que, atualmente estima -se que 12% da população mundial sofrem de algum a doença mental, porém o relatório da Organização Mundial da Saúde de 2001, aponta que estes transtornos serão a segunda causa de adoecimento da população no ano se 2020. Diante deste quadro caótico, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde têm avançado na definição de Políticas Públicas para a Saúde Mental no Brasil e no Estado do Tocantins, tendo como eixo norteador a Reforma Psiquiátrica Brasileira, que preconiza a inversão na lógica assistencial hospitalocentrica, colocando a internação psiquiátrica como último recurso a ser utilizado e investindo em alternativas de tratamento extra-hospitalar e a reinserção social. No Tocantins, o primeiro encontro para discutir a Saúde Mental no Estado ocorreu em novembro de 1995, sob a orientação d a Drª. Fátima de Oliveira e do Dr. Jorge Bichuetti, fieis colaboradores de todo o processo, ambos do Instituto Félix Guatarri de Minas Gerais. A partir daí, foi treinada uma equipe técnica e montado o primeiro Núcleo de Atenção Psicossocial – NAPS do Estado na cidade de Araguaína, seguidos dos NAPS de Palmas, Gurupi e Porto Nacional, respectivamente. Foram realizados encontros, seminários e supervisões, visando o aprimoramento desses serviços e a consolidação de um modelo de atenção não impregnado pela lógi ca manicomial. Em maio de 2002 foi publicada a primeira cartilha da área de saúde mental onde se descrevia as pilastras de sustentação norteadoras para a Política Pública de Saúde Mental para o Estado, fruto de várias reuniões com usuários, familiares, té cnicos e demais setores da sociedade civil organizada, objetivando montar estratégias e estabelecer prioridades para esta área em todo o Estado. Atualmente esta política têm como pressuposto básico a reinserção social e familiar das pessoas em sofrimento psíquico e a reabilitação psicossocial, mas tendo o cuidado como eixo central e garantindo a estes o exercício pleno de sua cidadania. Ainda faz parte desta política, a qualificação profissional, através de capacitações e parcerias com os municípios onde os serviços de saúde mental funcionam, assim como a supervisão 2técnica e a estimulação aos serviços para a supervisão clinica, que resulta em umamelhor qualidade da assistência psiquiátrica em nosso Estado, conforme preconiza a Reforma Psiquiátrica Brasileira. A Política de Saúde Mental instituída no Brasil através da Lei Federal No 10.216/01, tem como premissa fundamental a desinstitucionalização e a humanização da assistência, onde deve-se prever a ampliação da rede ambulatorial de saúde mental, a partir do fortalecimento dos serviços de saúde mental substitutivos nos municípios e/ou estado proporcionando tratamento ambulatorial e internação em hospital geral, com ênfase nas ações de reabilitação psicossocial dos pacientes, sendo que, estas ações devem ocorrer nos três níveis de atenção à saúde. As diretrizes, Nacional e Estadual de Saúde Mental, apontam para a necessidade da reorganização da atenção à saúde mental em todos os níveis de atenção, tendo o conceito do cuidado como eixo central de reorientaçã o deste modelo, respondendo a uma concepção de saúde não centrada somente na assistência, mas, sobretudo, na promoção da qualidade de vida dos portadores de sofrimento psíquico e de intervenção nos fatores que colocam em risco esta qualidade, pela incorpor ação das ações programáticas de uma forma mais abrangente e do desenvolvimento de ações inter - setoriais e interinstitucionais. Para a organização deste modelo centrado no cuidado humanizado, deve -se pensar nos sujeitos em todos os ciclos de vida, com a cri ação de fluxos que impliquem em ações resolutivas das equipes de saúde mental sobre os sujeitos, centradas no acolhimento, na informação, no atendimento e encaminhamento, (referência e contra - referência) e na reinserção social das pessoas portadoras de tra nstornos mentais. A rede de saúde mental deve ser formada pelos diversos modos de cuidado com ações em saúde mental na atenção básica, Centros de Atenção Psicossocial – CAPS, Ambulatórios de Saúde Mental, Serviços Residenciais Terapêuticos, leitos para urg ência e/ou Unidade de Saúde Mental no Hospital Geral ou de referência, entre outros. Ainda neste contexto, a Atenção Básica, em especial a Estratégia Saúde da Família, tem papel importante na reestruturação e reorganização dos serviços de saúde dos municíp ios, pois segundo o Ministério da Saúde as queixas psiquiátricas são a segunda causa de procura por atendimento na atenção básica pela população, sendo as queixas mais comuns à depressão, a ansiedade, fobias, o alcoolismo etc. Por outro lado, cabe às equipes de saúde mental dos municípios proporcionarem capacitação em saúde mental 5Em resumo, os profissionais de saúde da atenção primária são disponíveis, acessíve is,detentores de conhecimento e comprometidos com a promoção de saúde. V. FATORES QUE INTERFEREM NEGATIVAMENTE NA INTEGRAÇÃO ENTRE ESF E SAÚDE MENTAL  À distância e a falta de vinculo dos serviços de saúde mental e a atenção básica;  Relutância dos profissionais da ESF em assumir os problemas de saúde mental no seu território;  A falta de conscientização da população de que a ESF é principal porta de entrada no serviço público de saúde.  A saúde mental não é a prioridade nas ações básicas de saúde;  Resistência dos profissionais da saúde mental e da atenção básica quanto às possibilidades de integração de ambos os serviços. VI. COMO OPERAR A RELAÇÃO DAS EQUIPES DA ESF COM A SAÚDE MENTAL  Discussão de casos clínicos baseado em informações do prontuário familiar;  Avaliação de casos clínicos na UBS com a presença dos técnicos, usuários e familiares – atendimento compartilhado;  Realização de visitas domiciliares em conjunto ente a SM e a AB;  Discussão teórica breve referente a o diagnóstico em saúde mental, manejo racional de psicofármacos e dinâmica de atendimento de pacientes em geral ;  Formação de vínculos entre profissionais da saúde mental e do ESF: equipes volante ou vinculadas a serviços de saúde (CAPS ou Ambulatórios de Saúde Mental). VII. O QUE É DOENÇA MENTAL Estudos epidemiológicos comprovam que a incidência de problemas mentais no mundo todo vem aumentando, independente da i dade, sexo ou classe social. Segundo a OMS (1999) esses problemas representam cinco das dez principais causas de incapacidade do mundo, ou seja, cerca de 400 milhões de habitantes do planeta sofrem de 6Transtornos Mentais ou Neurológicos ou de problemas psico ssociais associados, porexemplo ao abuso de álcool ou drogas. Qual a diferença entre doença mental e deficiência mental É comum as pessoas conceituarem qualquer pessoa que tenha uma dificuldade em se enquadrar dentro dos padrões socialmente aceitos como problemática, louco, desviado. Por essa rotulação poucos se importaram em compreender as diferenças existentes entre eles. No caso dos problemas que acometem a capacidade reflexiva ou de comportamento, além da ignorância, do preconceito e do descaso, existe o medo. Os noticiários policiais com seus crimes bárbaros alimentam o imaginário de que qualquer pessoa que tenha “problema m ental” é um criminoso potencial. Contudo, existem diferentes tipos de “problemas mentais”, de acordo com a forma que o “problema” é ocasionado e o tipo de comprometimento resultante. Os “problemas mentais” podem ser classificados nos seguintes eixos Deficiência mental ou retardo mental Doença mental ou transtorno mental A principal característica é a redução da capacidade intelectual (QI). O portador de deficiência mental na maioria das vezes apresenta dificuldades ou nítido atraso em seu desenvolvimento neuropsicomotor, aquisição da fala e outras habilidades (comportamento adaptativo). Geralmente pode estar associada a uma síndrome ou paralisia cerebral. Fruto de qualquer anormalidade na mente ou em seu funcionamento. Costuma-se considerar doente mental a pessoa que tem comportamento que foge à média dos comportamentos sociais. Por isso, muitas injustiças ou mesmo crimes foram cometidos com o ato de julgar o outro como doente mental, pelo seu comportamento dissociado. Estágios do tratamento: diagnóstico, descrição do comprometimento e identificação dos apoios necessários. Estágios do tratamento: De acordo com a doença a linha de tratamento segue uma direção. Como em qualquer outra doença, a possibilidade de cura depende muito da adesão e do envolvimento do paciente ou de sua família muitos com o tratamento. 7O que são Transtornos Mentais? Entendem-se como Transtornos Mentais e Comportamentais as condições clinicamente significativas caracterizadas por alterações do modo de pensar e do humor (emoções) ou por comportamentos associados com angústia pessoal e/ou deterioração do funcionamento. Os Transtornos Mentais e Comportamentais não constituem apenas variações dentro da escala do "normal", sendo antes, fenômenos claramente anormais ou patológicos. (BRASIL, 2001). Os Distúrbios comuns, que geralmente causam incapacitação grave, compreendem Transtornos Depressivos, Transtornos de uso de substâncias, Esquizofrenia, Epilepsia, Doença de Alzheimer, Retardo Mental e Transtorno da Infância e da adolescência , sendo que a sua manifestação, progressão e remissão são influenciados pelas condições socioeconômicas e culturais da população. O que são Demências? As síndromes demenciais (ex. Alzheimer) caracterizam-se por um empobrecimento progressivo de todos os processo s psíquicos, cognitivos e afetivos. É decorrente de doença cerebral difusa, crônica, que afeta principalmente o córtex dos hemisférios cerebrais, e também subcorticais e tem em geral um curso progressivo. É uma síndrome de disfunção adquirida e persistente que compromete ao menos três das seguintes atividades mentais: linguagem, memória, capacidade viso -espacial, personalidade, cognição, julgamento e solução de problemas. (OLIVEIRA; COLVERO, 2001) . VIII. A DOENÇA MENTAL E SUA HISTÓRIA Como todos os conceitos que o ser humano cria, ele muda com o passar do tempo. Mesmo assim velhas terminologias continuam co -existindo com as mais novas. P or isso é fácil ouvirmos falar em: doença mental; loucura; paciente psiquiátrico; transtorno mental; sofrimento mental e outros termos para designar um determinado tipo de pessoa ou doença. Mas qual a diferença entre elas? Por que se muda tanto a terminologia para falar sobre a mesma coisa? No caso das mudanças das nomenclaturas em saúde mental a coisa é igual. No começo acreditava-se em um determinado motivo para que a pessoa tivesse um comportamento muito estranho. Podia-se acreditar em ações espirituais passageiras ou permanentes. Neste caso a pessoa podia ser chamada de endiab rada ou simplesmente de ‘bruxo’ e 10IX. A REFORMA DO MODELO ASSISTENCIAL EM PSIQUIATRIA Na década de 80 teve início a reforma psiquiátrica brasileira, tendo seu ápice na 8ª conferência de Saúde, que culminou com a III Conferência de Saúde Mental. Neste período, já não era mais aceitável as condições de tratamento que eram impostas aos pacientes. O Movimento dos Trabalhadores de Saúde Menta l, os familiares, os pacientes e a sociedade clamavam por mudanças, pois predominava neste modelo assistencial o asilamento, a institucionalização dos doentes, os maus tratos, negligência, ou seja, uma completa desasintência , e continuava a situação de que se um dia entrou, não mais saía. Abrir as portas dos hospitais psiquiátricos e começar o atendimento desse paciente em locais com outras lógicas de funcionamento foi a alternativa. A opção feita foi criar estruturas que pudessem atendê -lo em suas necessidades e evitar criar situação de dependência. Para isso , o sujeito teria que ficar uma parte do tempo em contato com a equipe e a outra parte estaria com a família. Foram criados então os NAPS/CAPS, residências terapêuticas, Programa de Volta Para Casa etc. Mais do que retirar os pacientes dos hospitais, a reforma psiquiátrica cunha uma nova lógica no tratamento do paciente com sofrimento mental. O principal marco legislativo deste movimento foi a promulgação da Lei Federal Nº 10.216 no ano de 2001, que poss ibilitou o estabelecimento de diretrizes para assistência em saúde mental, centrada em recursos comunitários, em atendimento extra -hospitalar, na desinstitucionalização, garantindo os direitos dos sujeitos acometidos por transtornos psiquiátricos. Mas afinal de contas, todas as doenças mentais são iguais? Todos os pacientes tem o mesmo comportamento? Todos são perigosos, ou existem aqueles que são inofensivos? Todos poderão voltar a trabalhar e ser produtivos? Os distúrbios da saúde mental (psiquiátricos ) envolvem as alterações do pensamento (raciocínio), das emoções e do comportamento. Esses distúrbios são causados por interações complexas entre influências físicas, psicológicas, sociais, culturais e hereditárias. 11Na medicina, a classificação das doenças muda constantemente, à medida que oconhecimento avança. De modo similar, na psiquiatria, o conhecimento da função cerebral e como ela é influenciada pelo ambiente e por outros fatores vem se tornando cada vez mais sofisticado. Apesar dos avanços, o conhe cimento dos intricados mecanismos envolvidos no funcionamento cerebral encontra - se ainda no início. Além do paciente a família tem seu cotidiano fortemente alterada. Em muitos casos o adoecimento acaba sendo compartilhado por todos. X. OS DIFERENTES TIPOS DE DOENÇAS MENTAIS Você que trabalha diretamente com usuários do serviço público de saúde já deparou com diferentes tipos de usuários e as mais diversas doenças. Existe aquelas pessoas que adoecem só de você tocar a campainha de sua casa. Outros juram a té a morte que está tudo bem com ele (mesmo que venha morrer antes do término da visita), tem aquele que nem sabe que está doente, apesar de sentir uma coceira perm anente no meio dos dedos do pé, naquele lugar que fica constantemente esbranquiçado. Existe m aqueles que parecem que o mundo está caindo em sua cabeça, que não tem forças para nada, mas não para quieto um minuto. Pelo lado das doenças você já deve ter se deparado que existem umas que vem e vão. Vão sem se ter percebido que vieram. Umas ficam para sempre e outras parecem que foram embora, mas quando menos se espera ela aparece. Com a doença mental não é diferente. Existem os acometimentos passageiros, que em função de diversas coisas que se passam em nossa vida temos dificuldade de lidar com certas situações. Existem os acometimentos que levaremos pelo resto de nossas vidas. Nascemos, crescemos e morremos com ele. Elas aparecem do nada e ficam. Deles aprendemos a controlá -los. Algumas doenças aparecem em um determinado momento de nossas vidas e fica rão para sempre. (ex. esclerose). Como nas demais doenças, existem aquelas que causam comprometimento maior e outras cujo comprometimento é bem sutil. A falta de conhecimento sobre as doenças mentais tem levado a diferentes estigmas, os quais geram enormes preconceitos. A violência é um deles. Muitas pessoas acreditam que o as pessoas com doença mental são agressivas, como se todos fossem iguais. Se fosse assim, teríamos que acreditar que todos os lutadores de boxe seriam agressivos, o que não é verdade. Como todos, nós temos momentos que ficamos mais exaltados, 12portanto, mais suscetíveis a sermos agressivos ou perder o controle de nossos atos. Jáoutras pessoas não alterarão seu comportamento , de tão calmas que parecem. O sujeito com transtorno mental não é diferente, uns podem ter acessos de fúria e que precisa m ser contidos. Outros entram em estado de estupor ou embotamento e nada os tira dele. Afinal como podemos classificar as doenças mentais? O que pode desencadeá -las? As doenças mentais podem ser cl assificadas como:  As que comprometem o comportamento  E aquelas que comprometem a personalidade do sujeito. As que comprometem somente o comportamento são chamadas de neurose. Já as que comprometem a personalidade são consideradas psicoses. Uma das principais diferenças entre o paciente com transtornos neuróticos e o psicótico é que o prim eiro tem consciência de seu estad o de saúde, sabe que está doente, mas não consegue resolver sozinho o problema. Já o psicótico não se percebe doente , nem mesmo quando está em crise, e sua personalidade toda é constituída em uma estrutura que o faz perceber como sendo assim. O que pode causar uma doença mental ? Não existe um fator único que desencadeia o aparecimento da doença mental. Causas orgânicas Elas podem aparecer por fatores genéticos, como no caso das maiorias das esquizofrenias, como por problema orgânico adquirido, como no caso de intoxicações do fígado que pode levar a um comprometimento neurológico. Temos o caso do Alzheimer, que é provocado por problema gen ético, bem como a demência. Causas ambientais O meio ambiente e o ritmo de vida que temos influencia no nosso bem estar. A pressão por produção e a necessidade de resolver um número de problemas cada vez maior, leva ao esgotamento psíquico (junto com o or gânico) ocasionando um quadro de Estresse. Quando a pressão é grande o sujeito não a agüenta, sendo comum que seu 15XI. UMA NOVA CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS MENTAIS Uma forma prática de diferenciar as doenças mentais baseia -se na classificação destas em: Transtornos Mentais Menores (Tmm) TRANSTORNOS MENTAIS MAIORES (TMM) Transtornos Mentais Menores São as doenças em que, de forma geral, a capacidade do paciente em julgar a realidade e determinar-se de acordo com este julgamento está preservada; situações em que o paciente tem consciência de que algo “diferente” está acontecendo com seu comportamento. As doenças deste grupo afetam principalmente o humor, o pensamento, a capacidade para o trabalho, a capacidade de sentir -se bem, a forma de perceber o transcorrer do tempo (pode-se perceber acelerado em algumas situ ações e lentificado em outras), alterações do sono (tanto em duração quanto em qualidade), alterações do apetite (com conseqüente ganho ou perda de peso) e dificuldades para se concentrar. Estas doenças podem acometer de 10 a 20% das pessoas, em algum momento de suas vidas. A principal característica deste grupo é o fato de que o paciente, quando em tratamento, retorna à normalidade, não raras vezes com melhor qualidade de vida que comparado ao período prévio à doença. Este grupo também já foi denominado como sendo o das neuroses. Transtornos Mentais Menores (Tmm) Sintomas Fobia Medo exagerado de algo específico que a impede de seguir ativamente na vida Depressão Conjunto de sintomas composto por tristeza, desânimo, choro imotivado, sensação de perda de energia, dificuldades de concentração, perda da habilidade de sentir esperança, alterações do sono e da alimentação, pensamentos de ruína e sobre morte 16Ansiedade Inquietação, impaciência, irritabilidade, dificuldadespara se concentrar, taquicardia, dores no peito, diarréia, dificuldades para iniciar o sono, preocupações excessivas Transtornos Alimentares Situações em que o paciente preocupa -se bastante com sua imagem corporal; mesmo estando com o peso “normal”, acha-se “gordo”, precisando perder peso; utiliza-se de manobras como indução de vômitos e/ou uso de laxantes. Em situações extremas, a vida do paciente pode estar em risco Transtorno Obsessivo - Compulsivo Pensamentos de conteúdo inadequado que dominam a vontade do paciente, de forma intrusiva, que acabam obrigando-o a realizar determinadas atividades com o objetivo de diminuir a tensão provocada pelos pensamentos; preocupações excessivas com limpeza, organização, segu rança TRANSTORNOS MENTAIS MAIORES - TMM São as doenças que afetam a capacidade de julgamento da realidade e determinação do paciente. Na maioria das vezes são doenças crônicas, em que o paciente necessitará de tratamento por tempo indeterminado – da mesma forma que acontece com a hipertensão e diabetes, por exemplo. Os pacientes, por mais doentes que estejam, não conseguem perceber as diferenças em seus comportamentos. Mesmo com argumentos sólidos e lógicos, não cedem em suas avaliações – continuam ouvindo vozes comentando seus atos, ou dando ordens para fazer isto ou aquilo; acreditando serem vítimas de perseguições das mais variadas formas; afirmando que determinado órgão de seus corpos estaria podre (ou teria sido trocado, ou simplesmente desaparecido). Algumas destas doenças evoluem de forma que o paciente tenha uma perda progressiva de suas habilidades sociais e produtivas. Neste grupo incluem-se as doenças incompreensíveis de for ma lógica ou psicodinâmica, com delírios, alucinações, aparecimento de co mportamentos estranhos na vida normal da pessoa, euforia/excitação/inquietação fora do normal, aumento do conteúdo e da velocidade da fala, auto e hetero-agressividade significativas, perda de memória significativa. 17Utilizando-se de outra classificação, este grupo seria o das psicoses. TRANSTORNOS MENTAIS MAIORES (TMM) Sintomas Esquizofrenia Trata-se da doença em que há uma cisão entre a capacidade de pensar, sentir a agir. O paciente acaba interpretando a realidade de forma completamente diferente das demais pessoas, e baseia sua conduta em tal interpretação. Os principais sintomas são: Alucinações, delírios, embotamento ou rigidez afetiva, catatonia, apatia, desinteresse, incapacidade de sentir prazer, isolamento social, diminuição de iniciativa e diminuição da vontade, audição dos próprios pensamentos (sob a forma de vozes),alucinações auditivas que comentam o comportamento do paciente, alucinações somáticas, sensação de ter os próprios pensamentos controlados, irradiação destes pensamentos, sensação de ter as ações controladas e influenciadas por alguma coisa do exterior. Deve-se levar em consideração que praticamente todas as doenças mentais podem ter sintomas psicóticos (pseudo-percepções, de forma geral) sem que necessariamente estejamos diante de um caso de Esquizofrenia. XII. O PORQUÊ DA EQUIPE DA ESF SE ENVOLVER COM A SAÚDE MENTAL Segundo a Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde, 3% da população necessitam de cuidados contínuos (transtornos mentais severos e persistentes), e 9% precisam de atendimento eventual (transtornos menos graves), ou seja, 12% da população têm algum transtorno mental. Quanto a transtornos decorrentes do uso prejudicial de álcool e outras drogas, a necessidade de atendimento regular atinge a cerca de 6 a 8% da população, embora existam estimativas ainda mais elevadas. 20 Participar de grupos comunitários; a equipe deve estimular e participar dereuniões de grupo, discutindo os temas relativos ao diagnóstico e altern ativas para a resolução dos problemas identificados como prioritários pela comunidade. AÇÕES DA ESF NA SAÚDE MENTAL – O ACS  Cadastramento de pacientes com transtornos mentais;  Identificação dos sujeitos em crise, na comunidade, e solicitar intervenção da equipe da ESF;  Visitas domiciliares com o intuito de acompanhar o uso correto dos medicamentos;  Atividades educativas em grupo ;  Busca ativa de pessoas e famílias faltosas ao tratamento ;  Relato de visita domiciliar;  Preenchimento da ficha de acompanhamento em todas as visitas domiciliares (modelo em Anexo);  Participação nas reuniões e discussão de casos;  Desenvolver ações intersetoriais e multidisciplinares para a promoção da saúde mental. AÇÕES DA ESF NA SAÚDE MENTAL – O ENFERMEIRO  Acolhimento e escuta;  Intervenção junto a crise;  Consulta de enfermagem;  Orientações ao cliente e família;  Palestras educativas;  Acompanhamento das ações do ACS;  Agendamento de consultas;  Visita domiciliar;  Encaminhamento se necessário;  Reuniões Técnicas junto à equipe de saúde mental e discussão de casos junto as ESF; 21 Desenvolver ações intersetoriais e multidisciplinares para a promoção da saúdemental. AÇÕES DA ESF NA SAÚDE MENTAL – AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM  Acolhimento e escuta;  Triagem;  Administração de medicamentos;  Verificação do uso correto da medicação pelo paciente ;  Visita domiciliar;  Orientações a familiares e pacientes;  Reuniões Técnicas junto à equipe de saúde mental e discussão de casos junto as ESF;  Desenvolver ações intersetoriais e multidisciplinares par a a promoção da saúde mental. AÇÕES DA ESF NA SAÚDE MENTAL – O ODONTÓLOGO  Acolhimento e escuta;  Identificação de casos e encaminhamento pela equipe ;  Integração interinstitucional ;  Desenvolver ações intersetoriais e multidisciplinares para a promoção da saúde mental;  Educação em Saúde (palestras educativas, oficinas etc.) ;  Reuniões Técnicas junto à equipe de saúde mental . AÇÕES DA ESF NA SAÚDE MENTAL – O MÉDICO  Acolhimento e escuta;  Consulta médica;  Solicitação de exames complementares se necessário;  Identificação de casos e encaminhamento pela equipe;  Prescrição médica;  Educação em Saúde (palestras educativas, oficinas etc.)  Orientação medicamentosa e terapêutica ; 22 Reuniões Técnicas junto à equipe de saúde mental e discussão de casos junto asESF;  Acompanhamento periódico dos pacientes portadores de transtornos mentais (egressos dos serviços de saúde mental) ;  Desenvolver ações intersetoriais e multidisciplinares para a promoção da saúde mental;  Integração interinstitucional. XV. REDE DE ATENÇÃO EM SAÚDE MEN TAL NO TOCANTINS A Rede de Atenção em Saúde Mental, após a implantação da política de desinstitucionalização do paciente com transtorno mental é constituída de unidades com atendimento aberto, onde preferencialmente o paciente é atendido durante um períod o do dia e retorna para sua casa ao término deste (CAPS I, II, III, CAPSi, CAPS ad, Ambulatório de saúde mental, unidades Psiquiátricas nos hospitais públicos e hospital psiquiátrico). A internação somente acontece em casos de crise , ou que indique ameaça à sua vida ou de outros. Nestes casos ela acontece no menor tempo possível. Passado o período da crise ele retorna ao convívio social mais aberto. (esta foi a grande diferença com o modelo anterior que legava uma internação sem tempo definido, mesmo quando o momento da crise tinha passado). Composição da rede Unidade Ações ESF Acompanhamento periódico dos pacientes portadores de transtornos mentais menores ou leves, bem como os egressos dos serviços de saúde mental. Ambulatório de Saúde Mental O atendimento em saúde mental prestado em nível ambulatorial compreende um conjunto diversificado de atividades, que deve ser destinado à pacientes portadores de transtornos mentais, com acompanhamento 25Ressaltamos a importância de iniciar o tratamento em doses baixas (10 a 25mg/dia)para adaptação aos efeitos colaterais, e informar ao paciente que a medicação começa a fazer efeito após 10-20 dias do início do tratamento. Anticonvulsivantes Carbamazepina: (até 1200-1500mg/dia) Anticonvulsivante com importantes efeitos no tratamento de quadros de irritabilidade, alguns episódios de dores de cabeça recorrentes, inquietação psicomotora em quadros de deficiência mental, e como estabilizador do humor (nos quadros de euforia). O ajuste da dose de manutenção deve ser feito de forma gradual, devido à sua característica de indutor enzimático. Fenobarbital: (até 400-500mg/dia) Anticonvulsivante com boa resposta em quadros de inquietação psicomotora, com importantes efeitos sedativos. Fenitoína: (até 400-500mg/dia) Anticonvulsivante com razoável resposta em quadros de inquietação psicomotora. Antipsicóticos Haloperidol: (até 30mg/dia) Antipsicótico de alta potência e menor efeito sedativo. Pode ser usado em quadros psicóticos francos, bem como em crises eufóricas e quadros depressivos que cursem com sintomas alucinatório -delirantes. Pode ser utilizado de 10- 20mg/dia, não sendo obrigatória a associação com antiparquinsonianos (biperideno e prometazina); em casos de sintomas extrapiramidais (impregnação – hipersalivação, rigidez muscular, dificuldades de locomoção) a dose deve ser reduzida até o desaparecimento dos sintomas. Em sua forma injetável, trata -se de um dos fármacos de escolha para o tratamento medicamentoso das agitações psicomotoras nos serviços de urgência/emergência. Clorpromazina: (até 400-600mg/dia) Antipsicótico de menor potência e mai or efeito sedativo. Usado principalmente em quadros alucinatório -delirantes que cursem com insônia. Como regra geral, dever -se-ia evitar seu uso em quadros de deficiência mental. Benzodiazepínicos Diazepan: (até 20mg/dia) Benzodiazepínico de meia -vida longa (e conseqüente menor potencial de dependência), com rápido início de ação. Pode ser utilizado em quadros ansiosos agudos, no início do tratamento de quadros de ansiedade e depressão e nos casos de abstinência ao álcool e outras drogas. 26Como regra geral deve-se evitar seu uso prolongado nos quadros de ansiedade, fatoque além de precipitar dependência, pode fazer com que o paciente não aceite o uso dos antidepressivos (que apesar de demorarem um pouco mais para o início da ação, não causam dependência); os benzodiazepínicos, nestes casos, se usados de forma isolada, tem ação somente paliativa. XVIII. ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS Já há algum tempo as dependências químicas são consideradas doenças. Entretanto, no meio leigo (e inclusive entre alguns profissionai s da saúde), este assunto é visto com uma avaliação moral – O usuário de drogas é um mau caráter; Só usa droga quem não tem força de vontade; Só vagabundo é que não para de beber/fumar; Drogas são substâncias que produzem mudanças nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional das pessoas. As alterações causadas por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que as usa, da droga escolhida, da quantidade, freqüência, expectativas e circunstâncias em que é consumida. As drogas podem ser classificadas em três grupos, de acordo com a atividade que exercem em nosso cérebro: 1. Depressores da Atividade do SNC - também podem ser chamadas de psicolépticos:  Álcool;  Soníferos ou hipnóticos (drogas que promovem o sono) : barbitúricos, alguns benzodiazepínicos;  Ansiolíticos (acalmam; inibem a ansiedade). As principais drogas pertencentes a essa classificação são os benzodiazepínicos: diazepam , lorazepam etc;  Opiáceos ou narcóticos (aliviam a dor e dão sonolência): morfina, heroína, codeína, meperidina etc;  Inalantes ou solventes: colas, tintas, removedores etc. 2. Estimulantes da Atividade do SNC - também recebem o nome de psicoanalépticos, noanalépticos, timolépticos etc. 27 Anorexígenos (diminuem a fome). As principais drogas pertencentes a essaclassificação são as anfetaminas. Ex.: dietilpropriona, fenproporex etc;  Cocaína. 3. Perturbadores da Atividade do SNC - também chamados de psicoticomiméticos, psicodélicos, alucinógenos, psicometamórficos etc. De origem vegetal  Mescalina (do cacto mexicano);  THC (da maconha);  Psilocibina (de certos cogumelos) ;  Lírio (trombeteira, zabumba ou saia -branca). De origem sintética  LSD-25;  “Êxtase”;  Anticolinérgicos (Artane®, Bentyl®) . Calmantes e sedativos Sedativos são medicamentos capazes de diminuir a atividade do cérebro, principalmente quando este está em estado de excitação acima do normal. Quando um sedativo é capaz de diminuir a dor, recebe o nome de analgésico. Quando é capaz de afastar a insônia, produzindo sono, é chamado de hipnótico ou sonífero. E quando um calmante tem poder de atuar mais sobre estados exagerados de ansiedade, é denominado ansiolítico. Finalmente, existem algumas dessas drogas capazes de acalmar o cérebro hiper-excitado dos epilépticos. São as drogas antiepilépticas, capazes de prevenir as convulsões desses doentes. Aqui será abordado um grupo de drogas - tipo sedativos-hipnóticos - que são chamadas de barbitúricos. Algumas delas também são úteis como antiepilépticos. Os barbitúricos são capazes de deprimir várias áreas do cérebro; como conseqüência, as pessoas podem ficar mais sonolentas, sentindo-se menos tensas, com sensação de calma e relaxamento. As capacidades de raciocínio e de concentração ficam afetadas também. Com doses um pouco maiores que as recomendadas pelos médicos, a pessoa 30drogas produzem analgesia e hipnose (aumentam o sono), dai receberam também onome de narcóticos, que são exatamente as drogas capazes de produzir esses dois efeitos: sono e diminuição da dor. Agora, para algumas drogas a dose necessária para esse efeito é pequena, ou seja, são bastante potentes, como, por exemplo, a morfina e a heroína; outras, por sua vez, necessitam de doses cinco a dez vezes maiores para produzir os mesmos efeitos, como a codeína e a meperidina. Algumas drogas podem ter, ainda, ação mais específica, por exemplo, de deprimir os acessos de tosse. É por essa razão que a codeína é tão usada como antitussígeno. Outras apresentam a característica de levar a uma dependência mais facilmente; dai serem muito perigosas, como é o caso da heroína. Além de deprimir os centros da dor, da tosse e da vigília (o que causa sono), todas essas drogas em doses um pouco maior que a terapêutica acabam também por deprimir outras regiões do cérebro, como, por exemplo, as que controlam a respiração, os batimentos do coração e a pressão sanguínea. As pessoas sob ação dos narcóticos apresentam contração acen tuada das pupilas, há também uma paralisia do estômago e o indivíduo sente -se empachado, com o estômago cheio, como se não fosse capaz de fazer a digestão. Os intestinos também ficam paralisados e, como conseqüência, a pessoa que abusa dessas substâncias g eralmente apresenta forte prisão de ventre. É com base nesse efeito que os opiáceos são utilizados para combater as diarréias . Os narcóticos usados por meio de injeções, ou em doses maiores por via oral, podem causar grande depressão respiratória e cardía ca. A pessoa perde a consciência e fica com uma cor meio azulada porque a respiração muito fraca quase não oxigena mais o sangue e a pressão arterial cai a ponto do sangue não mais circular normalmente: é o estado de coma que, se não tiver o atendimento ne cessário, pode levar à morte. Outro problema com essas drogas é a facilidade com que levam a dependência. E quando esses dependentes, por qualquer motivo, param de tomar a droga, ocorre um violento e doloroso processo de abstinência, com náuseas e vômitos, diarréia, cãibras musculares, cólicas intestinais, lacrimejamento, corrimento nasal etc., que pode durar de 8 a 12 dias. Inalantes e solventes A palavra solvente significa substância capaz de dissolver coisas, e inalante é toda substância que pode ser introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou pela boca. Em geral, todo solvente é uma substância que evapora-se muito facilmente, 31por esse motivo pode ser facilmente inalada. Outra característica dos solventes ouinalantes e que muitos deles (mas não todos) são inflamáveis, quer dizer, pegam fogo facilmente. Um número enorme de produtos comerciais, como esmaltes, colas, tintas, tinners, propelentes, gasolina, removedores, vernizes etc, contém esses solventes. Eles podem ser aspirados tanto involuntária (por exemplo, trabalhadores de industrias de sapatos ou de oficinas de pintura) quanta voluntariamente (por exemplo, a criança de rua que cheira cola de sapateiro). Todos esses solventes ou inalantes são substâncias pertencentes à um grupo químico chamado de hidrocarbonetos, como o tolueno, xilol, n-hexano, acetato de etila, tricloroetileno etc. Para exemplificar, eis a composição de algumas colas de sapateiro vendidas no Brasil: Cascola® - mistura de tolueno + n-hexano®, Brascoplast® tolueno com acetato de etila e solvente para borracha. Um produto muito conhecido no Brasil é o "cheirinho" ou "loló". Trata-se de um preparado clandestino à base de clorofórmio mais éter, utilizado somente para fins de abuso. Sabe-se que, quando esses "fabricantes" não encontram uma daquelas duas substâncias, eles misturam qualquer outra coisa em substituição. Assim, em relação ao "loló" não se conhece bem sua composição, o que complica quando se tem casos de intoxicação aguda por essa mistura. Ainda, e importante chamar a atenção para o lança- perfume. Esse nome designa inicialmente aquele líquido que vem em tubos e que se usa no carnaval. A base de cloreto de etila ou cloretila é proibida sua fabricação no Brasil e só aparece nas ocasiões de carnaval, contrabandeada de outros países sul- americanos. O início dos efeitos, após a aspiração, é bastante rápido - de segundos a minutos no máximo - e em 15 a 40 minutos já desaparecem; assim, o usuário repete as aspirações várias vezes para que as sensações durem mais tempo. Os efeitos dos solventes vão desde uma estimulação inicial até depressão, podendo também surgir processos alucinatórios. Vários autores dizem que os efeitos dos solventes (quaisquer que sejam) lembram os do álcool, entretanto este não produz alucinações, fato bem descrito para os solventes. Entre os efeitos, o predominante é a depressão, principalmente a do funcionamento cerebral. De acordo com o aparecimento desses efeitos, após inalação de solventes, foram divididos em quatro fases:  Primeira fase: a chamada fase de excitação, que é a desejada, pois a pessoa fica eufórica, aparentemente excitada, sentindo tonturas e tendo perturbações auditivas e visuais. Mas podem também aparecer náuseas, espirros, tosse, muita salivação e as 32faces podem ficar avermelhadas. Segunda fase: a depressão do cérebro começa a predominar, ficando a pessoa confusa, desorientada, com a voz meio pastosa, visão embaçada, perda do autocontrole, dor de cabeça, palidez; ela começa a ver ou a ouvir coisas.  Terceira fase: a depressão aprofunda-se com redução acentuada do estado de alerta, incoordenação ocular (a pessoa não consegue mais fixar os olhos nos objetos), incoordenação motora com marcha vacilante, fala "engrolada", reflexos deprimidos, podendo ocorrer processos alucinatórios evidentes.  Quarta fase: depressão tardia, que pode chegar a inconsciência, queda da pressão, sonhos estranhos, podendo ainda a pessoa apresentar surtos de convulsões ("ataques"). Essa fase ocorre com freqüência entre aqueles cheiradores que usam saco plástico e, após certo tempo, já não conseguem afastá-lo do nariz e, assim, a intoxicação toma-se muito perigosa, podendo mesmo levar ao coma e á morte. Finalmente, sabe-se que a aspiração repetida, crônica, dos solventes pode levar a destruição de neurônios, causando lesões irreversíveis no cérebro. Além disso, pessoas que usam solventes cronicamente apresentam-se apáticas, tem dificuldade de concentração e déficit de memória. Existe um fenômeno produzido pelos solventes que pode ser muito perigoso. Eles tornam o coração humano mais sensível à adrenalina, que faz o número de batimentos cardíacos aumentar. Essa adrenalina é liberada toda vez que temos de exercer um esforço extra, como, por exemplo, correr, praticar certos esportes etc. Assim, se uma pessoa inala um solvente e logo depois faz esforço físico, seu coração pode sofrer. A literatura médica já cita vários casos de morte por arritmia cardíaca (batidas irregulares do coração), principalmente de adolescentes. Os solventes quando inalados cronicamente podem levar a lesões da medula óssea, dos rins, do fígado e dos nervos periféricos que controlam os músculos. A dependência entre aqueles que abusam cronicamente de solventes é comum, sendo os componentes psíquicos da dependência os mais evidentes, tais como desejo de usar a substância, perda de outros interesses que não seja o solvente. A síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está presente na interrupção abrupta do uso dessas drogas, sendo comum ansiedade, agitação, tremores, cãibras nas pernas e insônia. 35intensivamente vascularizado e com grande superfície, levando a uma absorçãoinstantânea. Através do pulmão, cai quase ime diatamente na circulação, chegando rapidamente ao cérebro. Com isso, pela via pulmonar, o crack e a merla "encurtam" o caminho para chegar ao cérebro, surgindo os efeitos da cocaína muito mais rápido do que por outras vias. Em l0 a 15 segundos, os primeiro s efeitos já ocorrem, enquanto os efeitos apos cheirar o "pó" surgem apos 10 a 15 minutos, e após a injeção, em 3 a 5 minutos. Essa característica faz do crack uma droga "poderosa" do ponto de vista do usuário, já que o prazer acontece quase instantaneamen te após uma "pipada" (fumada no cachimbo). Porém, a duração dos efeitos do crack é muito rápida. Em tomo de 5 minutos, enquanto após injetar ou cheirar, duram de 20 a 45 minutos. Essa curta duração dos efeitos faz com que o usuário volte a utilizar a droga com mais freqüência que as outras vias (praticamente de 5 em 5 minutos), levando -o a dependência muito mais rapidamente que os usuários da cocaína por outras vias (nasal, endovenosa) e a um investimento monetário muito maior. Logo após a "pipada", o usuário tem uma sensação de grande prazer, intensa euforia e poder. É tão agradável que, logo após o desaparecimento desse efeito, ele volta a usar a droga, fazendo isso inúmeras vezes, até acabar todo o estoque que possui ou o dinheiro para consegui-la. A essa compulsão para utilizar a droga repetidamente dá -se o nome popular de "fissura", que é uma vontade incontrolável de sentir os efeitos de "prazer" que a droga provoca. A "fissura" no caso do crack e da merla é avassaladora, já que os efeitos da droga são muito rápidos e intensos. Além desse "prazer" indescritível, que muitos comparam a um orgasmo, o crack e a merla provocam também um estado de excitação, hiperatividade, insônia, perda de sensação do cansaço, falta de apetite. Em menos de um mês, ele perd e muito peso (8 a l0kg) e em um tempo maior de uso ele perde todas as noções básicas de higiene, ficando com um aspecto deplorável. Por essas características, os usuários de crack (craqueros) ou de merla são facilmente identificados. Após o uso intenso e r epetitivo, o usuário experimenta sensações muito desagradáveis, como cansaço e intensa depressão. A tendência do usuário é aumentar a dose da droga na tentativa de sentir efeitos mais intensos. Porém, essas quantidades maiores acabam por levar o usuário a comportamento violento, irritabilidade, tremores e atitudes bizarras devido ao aparecimento de paranóia (chamada entre eles de "nóia"). Esse efeito provoca um grande medo nos craqueros, que passam a vigiar o local onde usam a droga e a ter uma 36grande desconfiança uns dos outros, o que acaba levando-os a situações extremas deagressividade. Eventualmente, podem ter alucinações e delírios. A esse conjunto de sintomas dá o nome de "psicose cocaínica". Além dos sintomas descritos, o craquero e o usuário de merla perdem de forma muito marcante o interesse sexual. Os efeitos provocados pela cocaína ocorrem por todas as vias (aspirada, inalada, endovenosa). Assim, o crack e a merla podem produzir aumento das pupilas (midriase), que prejudica a visão; é a chamada "visão borrada". Ainda pode provocar dor no peito, contrações musculares, convulsões e até coma. Mas é sobre o sistema cardiovascular que os efeitos são mais intensos. A pressão arterial pode elevar -se e o coração pode bater muito mais rapidamente (taquica rdia). Em casos extremos, chega a produzir parada cardíaca por fibrilação ventricular. A morte também pode ocorrer devido a diminuição de atividade de centros cerebrais que controlam a respiração. O uso crônico da cocaína pode levar a degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, conhecida como rabdomiólise. As pessoas que abusam da cocaína relatam a necessidade de aumentar a dose para sentir os mesmos efeitos iniciais de prazer, ou seja, a cocaína induz tolerância. É como se o cérebro se "acomodasse" àquela quantidade de droga, necessitando de uma dose maior para produzir os mesmos efeitos prazerosos. Porem, paralelamente a esse fenômeno, os usuários de cocaína também desenvolvem sensibilização, ou seja, para alguns efeitos produzidos pela cocaína, ocorre o inverso da tolerância, e com uma dose pequena os efeitos já surgem. Mas para a angústia do usuário os efeitos produzidos com pouca quantidade de droga são exatamente aqueles considerados desagradáveis, como, por exemplo, a paranóia. Não há descrição convincente de uma síndrome de abstinência quando a pessoa para de usar cocaína abruptamente: não sente dores pelo corpo, có1icas, náuseas etc. Às vezes pode ocorrer de essa pessoa ficar tomada de grande "fissura", desejar usar novamente a droga para sentir seus efeitos agradáveis e não para diminuir ou abolir o sofrimento que ocorreria se realmente houvesse uma síndrome de abstinência. Pertubadores da atividade do SNC Maconha A maconha é o nome dado aqui no Brasil a uma planta chamada cientificament e de Cannabis Sativa. Até o inicio do século xx, a maconha era considerada em vários 37paises, inclusive no Brasil, um medicamento útil para vários males. Mas também já erautilizada para fins não-médicos por pessoas desejosas de sentir "coisas diferentes", ou mesmo que a utilizavam abusivamente. Em conseqüência desse abuso, e de um certo exagero sobre seus efeitos malefícios, a planta foi proibida em praticamente todo o mundo ocidental, nos anos 50 e 60 anos. Mas, atualmente, graças às pesquisas recentes, a maconha (ou substâncias dela extraídas) é reconhecida como medicamento em pelo menos duas condições clínicas: reduz as náuseas e vômitos produzidos por medicamentos contra o câncer e tem efeito benéfico em alguns casos de epile psia Entretanto, é bom lembrar que a maconha (ou as substâncias extraídas da planta) tem também efeitos indesejáveis que podem ser muito prejudiciais. O THC (tetraidrocanabinol) é o principio ativo da maconha, sendo o principal responsável pelos efeitos desta. Assim, dependendo da qua ntidade de THC presente (o que pode variar de acordo com solo, clima, estação do ano, época de colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso), a maconha pode ter potência diferente, isto é, produzir mais ou menos efeitos. Assim, a dose de maconha insu ficiente para um pode produzir efeito nítido em outro e até forte intoxicação em um terceiro. Podemos dividir os efeitos que a maconha produz sobre o homem em físicos (ação sobre o próprio corpo ou partes dele) e psíquicos (ação sobre a mente). Esses efeitos sofrerão mudanças de acordo com o tempo de uso que se considera, ou seja, os efeitos são agudos (isto é, quando decorrem apenas algumas horas após fumar) e crônicos (conseqüências que aparecem apos o uso continuado por semanas, ou meses ou mesmo anos). Os efeitos físicos agudos são muito poucos: os olhos ficam avermelhados (hiperemia das conjuntivas), a boca fica seca (xerostomia) e o coração dispara, podendo chegar a 120 a 140 batimentos por minuto ou mais (taquicardia). Os efeitos psíquicos agudos dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas, os efeitos são uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir -se menos fatigado, vontade de rir (hilaridade). Para outras pessoas, os efeitos são mais para o lado desagradável: sentem angústia, ficam temerosas de per der o controle mental, trêmulas e com sudorese intensa. É o que comumente chamam de "má viagem" ou "bode". Há, ainda, evidente perturbação na capacidade da pessoa em calcu lar tempo e espaço e um prejuízo de memória e atenção. Assim, sob a ação da maconha, a pessoa erra grosseiramente na discriminação do tempo, tendo a sensação de que se passaram 40religioso.Com o progresso da ciência, várias substâncias foram sintetizadas em laboratório e, dessa maneira, além dos alucinógenos naturais, hoje em dia têm importância também os alucinógenos sintéticos, dos quais o LSD -25 é o mais representativo. Alcoolismo 1. Forma Aguda - Cuja exteriorização é a embriaguez que apresenta manifestações digestivas, nervosas e psíquicas. Estas alterações neuropsíquicas são as que caracterizam a embriaguez e se apresentam em três períodos sucessivos:  Eufórico - embriaguez ligeira;  Médico-legal - embriaguez completa;  Depressão e coma - é progressiva e pode levar a morte. 2. Forma Crônica - Tem grande importância pelos transtornos que produz e ocupa lugar proeminente na patologia neuropsiquiátrica e visceral (há três formas de alcoolismo crônico).  Alcoolismo comum - por hábito ou necessidade profissional ;  Paixão alcoólica - necessidade impostergável de beber devido a uma predisposição especial ;  Dipsomania alcoólica - em forma de acessos de alcoolismo intercalados por períodos de abstinência. Os principais sintomas do alcoolismo crônico são: Digestivos: sonolência pós-prandial com peso abdominal, dispepsia alcoólica (respiração acética, anorexia, intolerância gástrica) podendo levar à gastrite atrófica, vômitos; a anorexia progressiva e total. Hepáticos: hepatite alcoólica, caracterizada por hepatomegalia dolorosa, vômitos biliares e sub-icterícia. O fígado aumenta de volume e se apresenta com infiltrações graxas (período pré -cirrótico). Pode chegar, caso a intoxicação persista, à cirrose atrófica, com insuficiência hepática progressiva, ascite, circulação portal etc. 41Cardiovasculares: A principio taquicardia, depois miocardite tóxica que leva adilatação cardíaca. Ainda é possível hipertrofia com cardiomegalia. A morte pode se dar por assistolia ou síncope. Os transtornos vasculares podem ocasionar hemorragias cerebrais. O álcool facilita a arteriosclerose. Sanguíneos: Ligeira anemia sem caracteres especiais. Cutâneos: Rubicundez, acne rosáceo, ferimentos. Oculares: Conjuntivites e lacrimejo. Endócrinos: O álcool lesiona as glândulas de secreção interna: tireóide, hipófise, ovários, supra-renais, pâncreas. Nervosos: Polineurites e paralisias alcoólicas. Os quadros psíquicos de maior interesse são: “Delirium Tremens”: começa com ansiedade, tremores terroríficos, insônia que acaba em um estado de confusão mental onírica, com alucinações (zoopsias), incoerência ideativa, delírio ocupacional, podendo haver febre ("delirium tremens" febril). Mania e Melancolia Alcoólicas: Apresenta-se em ciclotímicos, com quadros característicos em cada caso. Alucinações Alcoólicas: Psicose observada em pacientes lúcidos. Existem alucinações auditivas que podem durar dias ou semanas. Estão sempre de mau humor. Às vezes se transformam num delírio sistematizado, que se torna crônico. Delírio Celotípico: Diminuição do desejo e da potên cia sexual, hipoafetividade. Pode ocorrer quadro de "Complexo de Otelo", o que torna o alcoolista perigoso, podendo chegar à agressão homicida. Psicose de Korsakoff: Ocorre normalmente com pessoas mais idosas, com graves transtornos de memória (vivem no presen te). Há confabulações. São normalmente instáveis e tem pouca vontade. Demência Alcoólica: Anestesia moral, profunda deterioração intelectual e depravação. Epilepsia Alcoólica: Exteriorização de um estado la tente de epilepsia genuína, que poderia nem aparecer. Pseudo paralisia geral alcoólica: Muito parecida com a paralisia geral 42progressiva, mas é reversível com a supressão do álcool. Tratamento: De forma ampla, este tratamento pode ser dividido em três etapas: desintoxicação, desabituação e manutenção. Desintoxicação: período que varia de uma a oito semanas, onde o paciente sente a falta da droga de forma mais intensa (abstinência). De acordo com a gravida de do caso e intensidade do uso, pode ser necessária a internação. Desabituação: período em que o paciente, já sem usar drogas, procura reorientar sua vida com o objetivo de mudar hábitos que possam precipitar uma recaída. Manutenção: período seguinte à desabituação, que tem por objetivo solidificar e preservar as mudanças conseguidas até então. Outro fator importante é o de que não falamos em cura da dependência de drogas; esta, após instalada, induz a mudanças biológicas que acompanharão o paciente pelo resto de sua vida. O objetivo do tratamento é fazer com que o paciente mantenha -se sem usar a(s) substância(s) de que foi dependente. XIX. GRUPALIDADE O trabalho com grupos nas ações de Saúde Mental surge como uma prática potencializadora, principalmen te na prática comunitária, e como instrumento de informação, orientação e reflexão que pode ajudar na desconstrução de uma idéia estigmatizada acerca da pessoa com transtorno mental. Nas ações da Saúde Mental na Atenção Básica, o trabalho com grupos deve surgir como uma prática que una as equipes da ESF e as equipes dos serviços d e Saúde mental ( CAPS , Ambulatórios ) em uma ação que traga informações, orientações e reflexões na comunidade e que envolvam pessoas com transtornos mentais, seus familiares, pessoas da vizinhança, e até mesmo outros setores comunitários ( como: escola, igreja, etc. ); pois só conseguimos reduzir estigmas sociais sensibilizando todos 45trabalho em grupo as pessoas são dispostas e m círculo. Se o número de participantesfor muito grande o círculo o ficará, dificultando a comunicação ent re os participantes, tendo que gritar para que todos os ouçam. (um grupo deve ter no mínimo três e no máximo 15 pessoas) 4 – A objetivação garante que somente os temas relevantes para aquilo que se busca sejam trabalhados no grupo. 5 – A insistência para que a pessoa se exponha pode causar aversão ao trabalho, mesmo quando esta se interessa por ele. Cada pessoa tem seu tempo. É necessário que as pessoas se sintam a vontade e confiante no grupo para poderem expor determinados conteúdos. Dê tempo a cada participante. Inicie os trabalhos em grupo com objetivos menos complexo e aos poucos, conforme o grupo vai adquirindo intimidade vá aprofundando os conte údos (sem sair do foco e objetivos). Só trabalhe o que é relevante. 6 – Criar ambiente adequado aos trabalhos e aos participantes. Pensem em um trabalho em grupo com gestantes num espaço sem cadeiras. Imaginem as dificuldades de elas sentarem e levantarem do chão. A coisa piora se a todo o momento se introduz uma dinâmica e elas têm de se levantar. Já pensaram em um grupo de idosos onde eles ficam sentados em bancos. O grupo tem de estar em local adequado e exclusivo para ele no momento da atividade. O espaço tem que ser o mais acolhedor possível. 7 – Dinâmicas de grupo são boas quando bem escolhidas e introduzidas no decorrer dos trabalhos. O que na maioria das vezes encontramos é o uso delas como muleta dos facilitadores. Elas entram sem ligação direta com o que se trabalha ou gastam muita energia para mostrar a que veio. Uma pausa de 10 minutos pode ser mais útil do que uma dinâmica de descontração. Um dos objetivos do trabalho em grupo é que as pessoas criem um ambiente de confiança onde possam se express ar francamente sobre tudo o que diz respeito ao grupo. Se a cada momento de conflito for necessária uma dinâmica para a conversa fluir, é sinal que algo está errado com ele. 8 – O trabalho em grupo possui três momentos básicos e precisam ser respeitados. N o início não é necessário um momento de aquecimento do grupo. Pode se iniciar com um aquecimento inespecífico, onde as pessoas podem conversar sobre temas amenos ou externos ao grupo, bem como fazerem alguma atividade corporal sem grandes compromissos, somente para relaxar e reintegrar o grupo. Depois pode se passar para o aquecimento específico, onde eles desenvolvem atividade voltada para a introdução da atividade escolhida para o encontro. Pode ser uma discussão sobre um tema pertinente 46ao trabalho do dia, mas sem a preocupação de sair um manifesto ao final dela. Nãonecessariamente se chegará a uma conclusão, podendo ela ser encerrada sem que ela tenha sido explorada a exaustão. No segundo momento introduz o tema próprio do dia, o qual foi preparado previamente pelos facilitadores ou encarregados por provocá -lo. Neste momento as técnicas grupais entram em ação. O terceiro momento é o fechamento do trabalho. Pela falta de controle do tempo do segundo momento, é comum que este momento fique relegado a algun s minutos. O fechamento é tão importante quanto o desenvolvimento do tema , pois é nele que os conteúdos são amarrados e as provocações são encaminhadas para ações futuras. Por isso, c ontrolem rigorosamente o tempo (uma atividade em grupo não deve durar mai s de uma hora), pois as vezes as pessoas podem não dispor de alguns minutos além do que foi pactuado com o grupo. 9 – É sempre importante que o facilitador seja auxiliado por uma colega que fica com a responsabilidade de registrar o conteúdo manifesto no e ncontro (observador). Dessa forma, a qualquer momento ele pode retomar uma conversa que ficou p ela metade, ou mesmo apontar as incoerências que estão sendo praticadas. Entretanto, a coordenação do grupo está com o outro colega encar regado de ser o facilitador dos trabalhos. 10 – O papel do facilitador não é mandar no grupo (este não tem dono) , mas o de facilitar que os objetivos sejam alcançados e que desvios ou prejuízos não sejam cometidos. Não é o facilitador que sabe o que tem de ser desenvolvido no enc ontro, nem mesmo é o dono da pauta, mas a pessoa que interfere nos trabalhos para que ele flua da melhor forma possível. O facilitador é uma ponte alternativa entre os participantes e o objetivo do grupo, ou mesmo entre o grupo e seus objetivos. 11 – Não sendo o dono do grupo, o facilitador tem que se despir dos preconceitos e encontrar a melhor forma e momento para fazer as provocações necessárias ao grupo, através de comunicações voltadas a todos os participantes ou a um em especial. 12 – Não esqueça de garantir o sigilo dos assuntos trabalhados no grupo, assim como no final da atividade grupal pactuar o assunto a ser abordado no próximo encontro. XX. SUICÍDIO Ações preventivas O suicídio é um fenômeno complexo que tem atraído à atenção de filósofos, teólogos, médicos, sociólogos através dos séculos. Suicídio é um problema complexo para o qual 47não existe uma única causa ou uma única razão. Ele resulta de uma complexa interaçãode fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambient ais. É difícil explicar porque algumas pessoas decidem cometer suicídio, enquanto outras em situação similar ou pior não o fazem. Contudo a maioria dos suicídios pode ser prevenida. Portanto, suicídio é uma questão de Saúde Pública em todos os países. Diante disso, capacitar as equipes de saúde da família a identificar, abordar, manejar e encaminhar um suicida na comunidade é um passo importante na prevenção do suicídio. Estudos tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento revelam dois importantes fatores relacionados ao suicídio. Primeiro, a maioria das pessoas que cometem suicídio tem um transtorno mental diagnostic ado. Segundo, suicídio e comportamento suicida são mais freqüentes em pacientes psiquiátricos. Esses são os grupos diagnósticos, em ordem decrescente de risco de:  Depressão (todas as formas);  Transtorno de personalidade (anti -social e borderline com traços de Impulsividade, agressividade e freqüentes alterações do humor);  Alcoolismo (e/ou abuso de substância em adolescentes);  Esquizofrenia;  Transtorno mental orgânico Apesar de a maioria das pessoas com risco de suicídio apresentarem transtorno mental, a maioria não procura um profissional de saúde mental, mesmo em países desenvolvidos. Assim, o papel da equipe de atenção primária à sa úde torna-se vital. O ESTADO MENTAL E O SUICÍDIO Três características em particular são próprias do estado das mentes suicidas: 1. Ambivalência: O desejo de viver e o desejo de morrer batalham numa gangorra nos indivíduos suicidas. Há uma urgência de sai r da dor de viver e um desejo de viver. Muitas pessoas suicidas não querem realmente morrer – é somente porque elas estão infelizes com a vida. Se for dado apoio emocional e o desejo de viver aumentar, o risco de suicídio diminui. 503. Alcoolismo;4. Ansiedade ou pânico; 5. Mudança na personalidade, irritabilidade, pe ssimismo, depressão ou apatia; 6. Mudança no hábito alimentar e de sono; 7. Tentativa de suicídio anterior; 8. Odiar-se, sentimento de culpa, de se sentir sem valor ou com vergonha; 9. Uma perda recente importante – morte, divórcio, separação, etc. 10. História familiar de suicídio; 11. Desejo súbito de concluir os afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento, etc.; 12. Sentimentos de solidão, impotência, desesperança; 13. Cartas de despedida; 14. Doença física; 15. Menção repetida de morte ou suicídio. Como abordar a pessoa com ideação suicida ? Quando a equipe de saúde da atenção primária suspeita que exista a possibilidade de um comportamento suicida, os seguintes aspectos necessitam ser avaliados: – quão preparada a pessoa está, e quão cedo o ato está para ser realizado; A melhor maneira de descobrir se uma p essoa tem pensamentos de suicídio é perguntar para ela. Ao contrário da crença popular, falar a respeito de suicídio não coloca a idéia na cabeça das pessoas. De fato, elas ficarão muito agradecidas e aliviadas de poder falar abertamente sobre os assuntos e questões com as quais estão se debatendo. Como perguntar? Não é fácil perguntar para uma pessoa sobre sua ideação suicida. Ajuda se você chegar no tópico gradualmente. Algumas questões úteis são: ê se sente triste? ê sente que ninguém se preocupa com você? ê sente que a vida não vale mais a pena ser vivida? ê sente como se estivesse cometendo suicídio? 51Quando perguntar? dida; ão, desamparo, etc. O que perguntar? 1. Descobrir se a pessoa tem um plano definido para cometer suicídio: ê fez algum plano para acabar com sua vida? ê tem uma idéia de como você vai fazê -lo? 2. Descobrir se a pessoa tem os meios para se matar: ê tem pílulas, uma arma, inseticida, ou outros meios? ão facilmente disponíveis para você? 3. Descobrir se a pessoa fixou uma data: ê decidiu quando você planeja acabar com sua vida? ê está planejando fazê-lo? COMO LIDAR COM O PACIENTE BAIXO RISCO A pessoa teve alguns pensamentos suicidas, como “Eu não consigo continuar”, “Eu gostaria de estar morto”, mas não fez nenhum plano. Ação Necessária sobre perda, isolamento e desvalorização, menos turbulentas suas emoções se tornam. Quando a turbulência emocional cede, a pessoa pode se tornar reflexiva. Este processo de reflexão é crucial, ninguém senão o indivíduo pode revogar a decisão de morrer e tomar a decisão de viver. -a falar como problemas anteriores foram resolvidos sem recorrer ao suicídio. a área de saúde mental. -a em intervalos regulares e mantenha contato externo. 52MÉDIO RISCO A pessoa tem pensamentos e planos, mas não tem planos de cometer suicídio imediatamente. Ação Necessária em forças positivas. Em adição, continue com os passos abaixo. ência. O profissional da saúde deve focalizar na ambivalência sentida pela pessoa suicida, entre viver e morrer, até que gradualmente o desejo de viver se fortaleça. alternativas ao suicídio, até aquelas que podem não ser soluções ideais, na esperança de que a pessoa vá considerar ao menos uma delas. ão vai cometer suicídio. m a equipe de saúde; profissional da área de saúde mental , e marque uma consulta o mais breve possível. ALTO RISCO A pessoa tem um plano definido, tem os meios para fazê -lo, e planeja fazê-lo imediatamente. Ação Necessária -la sozinha. (distância dos meios de cometer suicídio). ambulância e hospitalização. 55 Idéias de morte elevadas (se eu sofrer acidente...) Idéias elevadas de suicido, ideação suicida (se eu me matasse...)  Plano, planejado (eu penso em me matar enforcado, assim, assado...) – algo muito grave.  Meios de provocar suicídio (eu saí para comprar veneno...) – alto risco de suicídio. ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO  Encaminhar logo para Avaliação Psiquiátrica, caso não esteja medicado e se tiver medicado entrar em contato com o psiquiatra.  Idéias suicidas em pacientes esquizofrênicos devem ser consideradas com seriedade, já que eles tendem a usar métodos viol entos, bizarros e altamente fatais.  A ideação suicida de alcoolistas em geral apresenta remissão com a abstinência de alguns dias. Se a depressão persistir após a resolução da abstinência, deve -se suspeitar de depressão maior.  Atos técnicos:  acompanhamento mais sistematizado ( dar esperança).  manipulação ambiental (através de filhos, crenças, culturais).  manter contato com a família, orientar para não deixá -los sozinhos e remover objetos perigosos. XXI. RISCOS PSICOSSOCIAIS Temos ainda as situações de riscos psicossociais, os quais competem a Atenção Básica um monitoramento contínuo, e que muitas vezes exigem intervenção urgente. São elas:  Cárcere privado, abuso ou negligência familiar com algum membro da família;  Suspeita de maus tratos, negligência o u abuso sexual de crianças ou adolescentes;  Violência intrafamiliar; 56 Situações de violência entre vizinhos ou ameaça de homicídio; Situações de extremo isolamento social;  Situações de grave exclusão social (idoso ou pessoa com deficiência em situação de abandono, crianças e adolescentes em situação de risco pessoal ou social, população em situação de rua, grave crise familiar, etc);  Membro de família que foi internado várias vezes em hospital psiquiátrico e encontra-se sem tratamento extra-hospitalar;  Uso de medicação psiquiátrica por longo tempo sem avaliação médica;  Problemas clínicos graves relacionados ao abuso de álcool e outras drogas;  Crises psicóticas;  Tentativa de suicídio;  Crises convulsivas e conversivas. XXII. CRISE Diferente do que muitas vezes comentamos, a crise não é um problema para a pessoa. Ela está permanentemente no dia -a-dia de cada um de nós. É no momento de crise que nos sentimos com a necessidade de mudarmos algo. Podemos estar em crise com a nossa casa e com isso nos mobilizamos para mudá-la. Se no casamento algo não esta andando adequadamente, a crise pode se instalar. Para resolver, o casal pode discutir a relação e encontrar os caminhos necessários para a resolução dos problemas. O mesmo pode ser feito com os problemas do dia a dia que temos em nossas vidas. O problema no momento de crise reside na impossibilidade do sujeito continuar tendo o controle sobre a situação, ou os atos necessários para lidar com ela. Não é a crise o problema, mas a incapacidade em lidar com ele. Na crise psiquiátrica o sujeito deixa de sê -lo, ficando como coadjuvante de seus próprios atos. Ele deixa de controlar racionalmente suas ações e necessita de ação externa sobre si. Nem todas as crises psiquiátricas são iguais. Algumas são consideradas de baixa intensidade. Neste caso o sujeito necessita de intervenções de baixa intensidade por parte do profissional que a atende. 57As crises podem ser desencadeadas por eventos inesperados ou por acúmulo deeventos. Ela pode irromper de hora para outra ou vir cres cendo até chegar a um limiar de saturação. Quando o sujeito perde a potencialidade frente à situação que se encontra pode vir a passar por sofrimento mental. As crises dificilmente tendem a perdurar, sendo consideradas como evento agudo (curto tempo de dur ação), mas em alguns casos podem vir a cronificar. INTERVENÇÃO EM CRISE Na intervenção em crise o terapeuta, ou outro profissional que conduz a intervenção, passa a fazer parte da situação de vida do indivíduo. O objetivo da intervenção em crises é a res olução de uma crise imediata. Seu foco é no apoio, com a restauração do indivíduo a seu nível de funcionamento pré -crise ou possivelmente a um nível mais elevado de funcionamento. O papel do terapeuta é direto, de apoio e aquele de um participante ativo. A intervenção se dá tanto em contextos hospitalares como ambulatorial. A metodologia básica é calcada principalmente em técnicas organizadas de resolução de problemas e atividades estruturadas visando mudanças em aspectos adaptativos. Podem ocorrer em uma d iversidade de contextos (domiciliar, profissional, nos Serviços de Assistência à Saúde, etc.) PRINCIPAIS MUDANÇAS QUE AFETAM O SUJEITO NA PRÓPRIA PESSOA: a) Vontade de crescer incompatível com as oportunidades do emprego atual; b) Desenvolvimento de inte resse que direciona a uma atividade oposta à do negócio próprio, no caso do empreendedor; c) Uma doença, acidente ou outra ocorrência negativa do gênero; d) Vontade de mudança para outra cidade. NO AMBIENTE: a) Reorganização da empresa, com alteração do c hefe; b) Mudança no mercado, afetando os resultados do negócio próprio, trazendo prejuízos; c) Aumento da concorrência profissional em determinada área; 60XXIII. Rede de Cuidados em Saúde Mental no Estado do Tocantins A rede de serviços de saúde mental é formada pelos diversos modelos assistenciais em saúde dentro do território, sendo que estes são compostos pelos serviços extra - hospitalar e hospitalar, que devem desenvolver ações de saúde mental desde a Atenção Básica, passando pelos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS, ambulatório de saúde mental, leitos integrais em saúde mental, Serviços de Saúde Mental nos Hospitais Públicos do Estado e privado conveniado ao Sistema Único de Saúde. Centro de Atenção Psicossocial (CAPS): Constituem-se em serviço de atenção diária, atendem a pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, sendo que seu funcionamento ocorre dentro da lógica da territorialidade. São regulamentados pela Portaria GM nº 336/02, do Ministério da Saúde. Ambulatório Especializado em Saúde Mental: O atendimento em saúde mental prestado em nível ambulatorial compreende um conjunto diversificado de atividades desenvolvidas nas Unidades Básicas, Centros de Saúde ou Ambulatórios Especializados. São regulamentados pela Portaria GM nº 224/91, do Ministério da Saúde. Serviço de Urgência em Saúde Mental em Hospital Geral: Deve funcionar diariamente, durante 24 horas, devendo ter leitos para internação de 72 horas com atendimento multiprofissional. Deve ser regionalizado, e atender a uma população geograficamente determinada, tendo como referência o PDR. O at endimento deve ser resolutivo, humanizado e com qualidade, evitando internação hospitalar e possibilitando um retorno breve da pessoa ao convívio social e familiar. São regulamentados pela Portaria GM nº 224/91, do Ministério da Saúde. Leitos e Unidade de Saúde Mental em Hospital Geral: Este serviço tem como objetivo oferecer retaguarda hospitalar para os casos cuja internação é necessária, após esgotadas todas as possibilidades de atendimento extra -hospitalar e de urgência. São regulamentados pela Portaria GM nº 224/91, do Ministério da Saúde. 61Hospital Especializado em Psiquiatria –O Ministério da Saúde recomenda que, a internação em hospital especializado seja prescrita somente após se esgotarem todos os recursos extra-hospitalares disponíveis na rede de atenção a saúde mental. Após a alta em todos estes serviços o paciente será referenciado para continuidade do tratamento em serviços extra – hospitalares compatíveis com a necessidade do paciente e o acompanhamento pela unidade básica de saúde de sua regi ão. São regulamentados pela Portaria GM nº 224/91 do Ministério da Saúde. Rede de Saúde Mental no Estado do Tocantins: A rede de saúde mental no Estado do Tocantins está organizada atualmente da seguinte forma: Emergência Psiquiátrica: Hospital Geral de Palmas Endereço: Quadra 201 Sul, NS1, Conjunto 02, Lote 01 Telefone (63) 3218-7802 Hospital de Referência de Gurupi Endereço: Avenida JK, nº. 1641, Centro Telefone (63) 3315-0234/0238 Hospital de Referência Araguaína Endereço: Rua 13 de maio nº. 1336, Ce ntro. Telefone (63) 3411-2800 Hospital de Referência de Porto Nacional Endereço: Avenida Murilo Braga, nº. 1592, Centro, Porto Nacional – TO Telefone (63) 3363 – 8411 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no Estado do Tocantins Palmas – CAPS II Endereço: Quadra 704 Sul, Alameda 06, Lote 17 Telefones (63) 3218 – 5247; 3128 – 5421 62Coordenação Municipal de Saúde MentalTelefones: (63) 3218-5099/5102 E-mail: caps2depalmas@gmail.com Palmas - CAPS ad Endereço: Quadra 108 Norte, Alameda 14, Lote 37 Telefone: (63) 3218 - 5519 Araguaína – CAPS II Endereço: Rua Castelo Branco, nº. 40, Setor Rodoviário Telefone (63) 3414 – 3916; Fax (63) 3414 – 1253 E-mail: caps.araguaina@hotmail.com Porto Nacional – CAPS I. Endereço: Avenida Tocantins, Quadra 05, Lote 17, n° 3262, Jardim Umuarama. Telefone (63) 3363 – 5600. Fax (63) 3363 – 1358. E-mail: capspn@brturbo.com.br Gurupi – CAPS I. Endereço: Avenida Alagoas, nº 2035, Centro. Telefone/Fax (63) 3315 – 0100 E-mail: capsgurupi@gmail.com Paraíso do Tocantins – CAPS I Endereço: Rua São Raimundo Nonato nº 441 Telefone (63) 3361 – 2527 E-mail: caps.paraiso@hotmail.com Colinas do Tocantins – CAPS I Endereço: Rua Joel Camilo, n° 1017, Centro Telefones: (63) 3476 – 7012/7013/7014 E-mail: capscolinas@yahoo.com.br Dianópolis – CAPS I Endereço: Rua São Vicente, n° 63, Centro 65Justiça. Portanto, a perícia psiquiátrica é um documento de caráter clínico -psiquiátrico,solicitado pela justiça com objetivo de atestar a condição mental de uma pessoa e assessorar tecnicamente a justiça. Locais de Realização de Perícia Psiquiátrica Instituto Médico Legal de Palmas – IML Endereço: Quadra 304 Sul, Avenida NS 04, Lote 02. Palmas – Tocantins Telefone: (63) 3218 – 6840 Instituto Médico Legal de Araguaína – IML Endereço: Rua Guanabara nº 100, Setor Urbano, Araguaína – Tocantins Telefone: (63) 3414-4081 Instituto Médico Legal de Gurupi – IML Endereço: Rua A, S/N, Setor Cruzeiro. Gurupi – Tocantins Telefone: (63) 3312-8838 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AMARANTE, Pulo. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. 2. ed. rev. e amp. Rio de janeiro: Fiorcruz, 1995. AMARANTE, Paulo. O homem e a serpente: outras histórias para a loucura e a psiquiatria. RJ: FIOCRUZ, 1996. ________ (coord.). Loucos Pela Vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. 2ª edição. RJ: FIOCRUZ, 1998. BASAGLIA, Franco [et. al]. Considerações sobre uma experiência comunitária. In: AMARANTE, Paulo. (org.) Psiquiatria social e reforma psiquiátrica . Rio de janeiro: FIOCRUZ. 1994. BIRMAN, Joel, COSTA, Jurandir Freire. Organização de instituições para uma psiq uiatria comunitária. In: AMARANTE, Paulo. (org.) Psiquiatria social e reforma psiquiátrica . Rio de janeiro: FIOCRUZ. 1994. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 648/GM de 28 de março de 2006. 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