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Guias e Dicas
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Guia do Ilustrador, Notas de estudo de Design

Guia do Ilustrador

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 20/01/2010

carlos-bonfante-7
carlos-bonfante-7 🇧🇷

4.7

(17)

38 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Guia do Ilustrador e outras Notas de estudo em PDF para Design, somente na Docsity! Ricardo Antunes com revisão de: Angelo Shuman, Benício, Eduardo Schaal, Gonzalo Cárcamo, José Alberto Lovetro/Jal, Kako, Montalvo Machado, Mozart Couto, Orlando Pedroso e Rogério Vilela (Inclui trechos e adaptações autorizadas do “Manual do Estagiário” de Eugênio Mohallem) revisão jurídica de Dr. Eduardo Pimenta PREFÁCIO O Guia do Ilustrador é um documento elaborado por 11 ilustradores profissionais (além da ajuda extra de outros 4 profissionais). Completamente gratuito, compartilha décadas de experiência para ajudar os ilustradores a se tornarem melhores profissionais, mais bem organizados e unidos. É um Guia bastante prático de sobrevivência na selva. Por enquanto este Guia estará disponível na internet somente em sua versão PDF. No futuro poderá haver uma versão impressa, e quem sabe assim uma versão ilustrada. Tentamos fazer um Guia o mais completo possível, no entanto sempre podem surgir informações adicionais ou notícias atuais de interesse geral, e estas informações extras irão constar no site oficial do Guia. Por isso consulte o site periodicamente, dessa forma o Guia do Ilustrador e o site oficial serão duas ferramentas importantes de ajuda no seu trabalho. www.guiadoilustrador.com.br ATUALIZAÇÕES 2 3- GUIA DO ILUSTRADOR O PRINCÍPIO DA VIDA Há uma característica muito forte na carreira do ilustrador que pouquíssimas profissões têm: todas os ilustradores, sem exceção, acabam optando por essa carreira acima de tudo por paixão. Só isso já é meio caminho andado para uma carreira bem sucedida, mas é importante haver uma base sólida para que essa paixão não se perca pelo caminho. Não adianta esconder, a carreira de ilustrador, tal como qualquer outra nos dias de hoje, sofre diversos tipos de pressão e dificuldades, no entanto um profissional bem formado terá mais chances de ser bem sucedido, e para isso é necessário que se prepare muito antes de se lançar no mercado. Essa preparação passa por vários contextos: é preciso antes de mais nada cuidar de uma boa formação teórica e prática. COM UM PÉ NAS ARTES Tomar gosto por artes plásticas, literatura, cinema, teatro, quadrinhos... a formação cultural de um ilustrador será preciosa durante a sua carreira, pois como se verá mais adiante o ilustrador não é só aquele rapazinho bom de lápis que sabe pintar um pouco. Será necessário pensar, criar e conceber bem idéias, muitas vezes complementando a criação de outros. Tudo isso só será possível através de uma formação cultural sólida. Cursos de formação, workshops, palestras, tudo isso ajuda. Acompanhar a carreira de ilustradores profissionais também, que servirão sempre como grandes exemplos, aliás isso é uma constante mesmo entre os que já estão firmados no mercado, a troca de informação entre profissionais é sempre frequente e enriquecedora para todos. Assim, com certeza o futuro profissional do ilustrador será fortalecido e receberá uma injeção de vitalidade constante, fazendo com que a profissão seja sempre algo prazeiroso, apesar das dificuldades naturais de qualquer carreira. NIVELANDO POR CIMA Ter toda essa formação cultural, intelectual e artística dará ao ilustrador a segurança de ser um bom profissional e a possibilidade de se destacar no mercado, visto que hoje em dia o computador tem nivelado por baixo o padrão de qualidade de muitos ilustradores iniciantes (e muitos que já estão no mercado). O computador é uma excelente ferramenta, mas não vai fazer tudo por você, não vai criar talento por você, e acima de tudo, não vai pensar por você. Infelizmente muitas vezes não é bem isso o que se vê por aí... 5 DO INICIANTE AO ESTRELATO Começar a carreira de ilustrador é quase tão difícil quanto arrumar vaga de astronauta na Nasa. E a vida dos astronautas é mais fácil, porque o Universo é infinito, enquanto que trabalhar em ilustração a concorrência é enorme, por isso não bobeie e muita atenção ao Primeiro e Fundamental Mandamento do Ilustrador Iniciante. PRIMEIRO E FUNDAMENTAL MANDAMENTO DO ILUSTRADOR INICIANTE: Não seja mala. A menos que você queira uma vaga na Samsonite. O mercado onde se utiliza a ilustração é um mundinho pequeno, uma área onde todos se conhecem. Se o rótulo de "mala" grudar em você e se espalhar, você estará acabado antes de começar. Sabe aqueles telefonemas de telemarketing empurrando um produto que você não deseja? Quanto mais insistentes forem no telefone, menos você vai querer esse produto. Lembre-se disso quando quiser marcar uma entrevista, ou então se caso conseguiu a entrevista e mostrou o portfolio, não seja insistente querendo saber se gostaram ou se tem trabalho, tudo tem de acontecer naturalmente. JÁ PREPAREI O MEU PORTFOLIO. POSSO IR EM FRENTE? Calma, nada de pânico nesse momento. Antes de mais nada é importante saber preparar bem um portfolio, porque muitos ilustradores, iniciantes ou não, cometem uma porção de erros na hora da apresentação, o que compromete muitas vezes a qualidade do próprio trabalho. Apresentar um portfolio envolve duas coisas básicas: os trabalhos em si e a forma da apresentação, e os dois têm de andar agarrados um no outro feito casal em lua de mel. Uma má apresentação pode comprometer trabalhos de boa qualidade, assim como uma ótima apresentação não salva trabalhos fracos, por isso é preciso dedicar atenção especial aos trabalhos e à apresentação. EXISTE VIDA ANTES DO PORTFOLIO? Um portfolio não nasce do dia para a noite, assim num piscar de olhos. Ele é o resultado de um trabalho que começa muito antes, que envolve muito estudo, muita formação cultural e artística, muita dedicação, treino e muita leitura. Este não é um guia de formação, mas sem uma sólida base artística e cultural adequada você não vai longe. Lembre-se: o seu portfolio refletirá a sua formação. 6 PREPARANDO O PORTFOLIO Uma ilustração boa será sempre boa, mas uma apresentação impecável ajudará muito mais. E há várias maneiras de apresentar. Se for apresentar originais feitos em papel ou impressos, uma boa sugestão é comprar um portfolio profissional, daqueles tipo pasta. Existem várias marcas no mercado, e no final deste guia, nos links indicados, existe uma ótima sugestão. Se for apresentar em imagens digitais, a sugestão é fazer um CD ou uma página na internet. Nos dias de hoje uma página na net pode ser mais eficiente, já que não exige que ninguém tenha de ficar guardando seus CDs, lembrando depois onde enfiou com mais outros 500 CDs que aparecem diariamente nas agências ou editoras. PECADO MORTAL Nunca, jamais, em tempo algum mande um portfolio inteiro por e-mail para um diretor de arte sem que ele tenha pedido, e muito menos sem ele estar à espera. Além de entupir a caixa postal dele com algo que não pediu, vai parecer spam (aqueles anúncios indesejados que aparecem na nossa caixa de e-mail sem pedirmos)... e todos odeiam de morte spam. Coloque no portfolio somente ilustrações de sua autoria, nada de cópias de ilustrações já publicadas ou feitas por outros, a maioria dessas ilustrações são conhecidas. É preferível uma ilustração que não foi veiculada, feita só para você do que uma cópia do que já foi feito. E se ainda assim quiser colocar algo que foi copiado, então avise, nunca tente vender como sendo um original seu. O portfolio deve ser a última trincheira da moralidade. Uma pequena picaretagem aqui e você está queimado. E pode acreditar: mais cedo ou mais tarde (geralmente mais cedo) tudo se descobre. Como já se disse, as áreas da publicidade e do editorial são um mundinho. CUIDADO COM PORTFOLIO FOLCLÓRICO Tem gente que coloca 200 ilustrações e todas sem muito conteúdo, apenas para impressionar, e ainda quer explicar detalhadamente peça por peça. Lembre-se que você está tomando o tempo do cliente, por isso seja claro na apresentação, e com uma quantidade de trabalhos que não exija uma pausa para comprar pipocas. 7 RESUMINDO Um dos mais telentosos e brilhantes ilustradores brasileiros, Renato Alarcão (www.renatoalarcao.com.br) tem em seu site algumas sugestões que, apesar de serem ditas em geral neste Guia, ficam concentradas aqui em um texto seguido: 1) Vá a boas bibliotecas e procure por bons livros de arte e artistas. Estude não somente o desenho, a anatomia, perspectiva e técnicas de pintura. Veja os grandes artistas, descubra aqueles com os quais você mais se identifica, e estude-os. Não restrinja sua cultura visual. Vá além das revistas de quadrinhos, mangá, tatuagens, grafitti, desenhos animados, etc. Amplie o leque e conheça outras linguagens no mundo das artes plásticas, tanto os clássicos, quanto os primitivos ou mesmo a arte contemporânea não-figurativa. 2) Visite uma grande livraria e fique horas vendo livros de arte. Visite exposições de arte (qualquer uma). Enriqueça sua cultura visual. Esta pesquisa pode ser feita gratuitamente. 3) Inscreva-se numa lista de discussão sobre ilustração na internet. Aconselhamos o Ilustrasite, lá você encontrará informações muito úteis sobre técnicas, preços, como encontrar trabalho, etc. Visite o site da SIB frequentemente, e veja na seção "News" oportunidades de concursos de ilustração e cartum, cursos, exposições e lançamentos de livros ilustrados. 4) Procure informar-se sobre cursos de desenho e arte. Tenha uma profunda curiosidade e interesse em aprender. 5) Trabalhe arduamente para construir um bom portfolio de imagens. Apresente- as com organização e limpeza. Jamais tenha um portfolio com ilustrações em folhas soltas (ou em papel "Chamex"), numa pasta de plástico ondulado com adesivos de bandas de rock, por exemplo. Não limite sua técnica somente a trabalhos com caneta esferográfica ou lápis por exemplo, por maiores que sejam os elogios dos parentes e amigos. 6) Não limite suas possibilidades de crescimento em todos os sentidos. Mantenha sua cabeça funcionando e não pare de pensar e trabalhar até chegar a um plano ou objetivo. Depois ponha-o em prática por etapas. 7) É muito importante que numa primeira apresentação, seja uma visita a algum ilustrador ou a um cliente em potencial, manter a tranquilidade e ter um discurso bastante claro. O talento é algo que deve ser expressado silenciosamente através do seu trabalho. Para isso é preciso estudar e muito. 8) Tenha sempre em mente que seu trabalho tem um valor, e você vive dele. Valorize-se. Para ser um bom ilustrador são necessários anos de estudo. Começe agora. 10 DURANTE A ENTREVISTA: COMPORTE-SE. VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO Profissionais olham os portfolios, mas contratam pessoas. Comporte-se. Se você já trabalha ou já trabalhou em alguma outra empresa, não fale mal das pessoas de lá. Vão adorar ouvir as fofocas, mas não vão confiar em você. Evite ficar explicando demais as ilustrações sem antes de ser consultado. Deixe o seu portfolio falar por si próprio. Ilustração que precisa de explicação em excesso é, em princípio, ilustração ruim. Explicações são necessárias e você pode (e deve) fazê-las dizendo de forma simples e clara como foi feita, para qual situação, qual cliente, etc, mas nada de histórias longas sobre teoria da arte ou fundo psicológico, fugindo do trabalho em si. Além do mais, ninguém consegue apreciar uma ilustração com alguém do lado tagarelando sem parar. Lembre-se do primeiro e fundamental mandamento: não seja mala. Também evite ser presunçoso. Provavelmente você ainda não é tão bom quanto pensa. E, ainda que seja, talvez não seja o suficiente. É importante estar seguro e confiante na hora da apresentação, mas sem ser pretensioso. Tente responder sempre objetivamente, seja sincero e evite exagerar ou supervalorizar o resultado do seu trabalho. E seja paciente, muito paciente. Mesmo que gostem do seu trabalho você pode não conseguir nada na hora, mas o cliente saberá onde e em que momento poderá solicitar a sua colaboração. MOSTREI A PASTA PARA TODO MUNDO E NÃO CONSEGUI NADA Você é que pensa que não conseguiu nada. Conseguiu sim: a esta altura, seu critério já está mais apurado. Depois de passar por um monte de gente, você já descobriu quais são as ilustrações realmente boas, quais as médias, etc. O pessoal diverge um pouco, mas o que é muito bom e muito ruim aparece claramente. Isso vale ouro. Aproveite e considere essas observações para melhorar o seu trabalho e promover ajustes no portfolio. O que dá origem a uma sub-dica: se for apresentar originais em uma pasta, evite colar as peças com adesivo muito forte. Colar e descolar vai ser um exercício constante. Se for o caso, cuidado também com as peças fotocopiadas: elas soltam um pó que gruda no acetato da pasta, estragando o portfolio. Se não der para evitar a fotocópia, experimente jogar um spray fixador nelas. Não resolve de todo, mas ajuda. 11 Mas o ideal mesmo seria fazer um print em alta resolução ou então mandar fazer cópia fotográfica dos trabalhos mais frágeis. Assim preservará os originais intocáveis. Nunca deixe a pasta do porfolio no carro: o sol ou o calor deforma completamente o acetato, e com muito sol o CD também. E se tiver o azar de roubarem o veículo, além do seguro não cobrir o portfolio ainda existe o risco de o ladrão fazer carreira com o seu talento. Pensando bem, isso já deve ter acontecido muito. CONTINUO NA MESMA, MOSTREI O PORTFOLIO E NÃO CONSEGUI NADA Um portfolio inteiramente renovado (e, de preferência, levando em consideração todos os conselhos que você recebeu nas primeiras apresentações que fez) é a melhor desculpa para conseguir uma segunda chance de apresentação com um cliente. Portfolio igual, sem novidade, nem pensar. Por outro lado, um jeito simpático de se fazer lembrar, sem amolar ninguém, seria deixar o CD, ou então mandar pelo correio, para as pessoas que você já visitou, uma versão impressa e reduzida do seu portfolio. Com nome, telefone e um bilhete curto. Se pintar uma necessidade no futuro, pode ser que lembrem de você. HÁ COISAS QUE NÃO SE ESQUECE, SEJA PROFISSIONAL Finalmente o chamaram para um trabalho, e você aparece como se tivesse acabado de cair da cama, sem saber o que fazer. Ainda meio perdido? Então evite pequenos desatres e tente seguir atentamente o seguinte: 1) Pontualidade, sempre. Mesmo que aconteça de o fazerem esperar, tenha paciência, mas seja sempre pontual. Grandes empresas envolvem muitas pessoas, e por conta disso as vezes burocracias acontecem... mas não deveria. Afinal, o profissionalismo tem de haver dos dois lados, de você e do cliente. 2) Leve sempre com você um bloco de papel em branco e uma lapiseira. Durante a reunião passarão uma porção de informações que você terá de anotar, e de repente, trocando ideia com o cliente, pode ser que você tenha de fazer um pequeno esboço para expressar melhor uma ideia. Legal. Mas nada de bloquinho fuleiro e amassado ou lápis para apontar na hora, por favor. Imagine você pedindo ao diretor: "Ei, tem um lápis prá me emprestar? E aproveita, me arruma umas folhas". Aproveite também e pergunte onde é a porta de saída... Se esse bloco e lapiseira estiverem em uma pasta pequena, simples mas bacana, você passará uma melhor impressão. Afinal você deixou de ser amador. Por mais chata ou enfadonha que seja a reunião, tente olhar para as pessoas que estão passando o trabalho e nunca, jamais fique de cabeça baixa desenhando no seu bloquinho. 12 Lembre-se: é muito difícil conquistar a confiança de um cliente, mas para perder essa confiança e ele nunca mais te chamar é num estalo. Quanto mais rápido e talentoso for o cliente, mais atenção você vai ter que tomar com prazos. Se ele resolve com um pé nas costas aquilo que você enrola uma semana, o próximo pé dele pode ser nas suas costas. E COM O RESTO DO PESSOAL? Principalmente, seja humilde. A arrogância inibe opiniões sinceras. Você vai receber respostas diferentes se perguntar "o que você acha desta ilustração?" no lugar de "não é genial esta ilustração?". ANUÁRIOS E LIVROS DE ILUSTRAÇÃO Os anuários de ilustração, em especial os mais prestigiados (como o americano The Society of Illustrators) são o registro daquilo que a ilustração produziu de melhor nos últimos anos no mercado nacional e internacional. Veja, reveja, tome gosto por cada um deles. Ajuda muito, em pelo menos dois aspectos: a) você aprende, sem perceber, como dar forma às idéias. O ilustrador iniciante de talento é alguém que já tem técnica, mas se perde na formulação. Os anuários são um prato cheio delas. Algumas, de tão gastas e repetidas, já viraram fórmulas, truques. Mas sempre ajudam. b) evita que você crie coisas geniais, maravilhosas - mas que já foram feitas (tipo “Conan”). Embora o anuário mais recente custe uma nota, os mais antigos costumam ser uma pechincha. Uma busca rápida em sebos pode ser uma boa surpresa. CULTURA GERAL Tente correr atrás para arranjar, tem de ser uma iniciativa sua. Mas para começar a carreira o ideal é que você já tenha, e bastante. Depois, mesmo trabalhando, a informação cultural tem de continuar a ser reciclada e ampliada, absorvendo o máximo como uma esponja. E para esse arranque inicial, é indispensável que você já tenha acumulado uma boa cultura geral, seja através de vivência, seja através de livros, etc. Imagine que você é uma bateria. A cultura é sua carga, carregada para a vida inteira. O processo de criação exige que você gaste esta carga, e se você é uma bateria fina, vai se esgotar logo. Tomara que você e seus pais tenham investido na sua educação. Acredite, esse é o melhor conselho que um ilustrador pode receber. 15 CULTURA INÚTIL Se você já se perguntou algum dia para que serve a cultura inútil, a resposta é: para servir de inspiração. É impressionante o que isso rende. Um dia, saiu uma notinha sobre um homem que criava um leão no quintal e que esse leão havia sido roubado. Virou texto de anúncio de seguradora: "Se os assaltantes não têm medo nem de leão, você acha que um cão de guarda vai defender seu patrimônio? Faça um seguro etc". E por aí vai. Fatos dão sabor e consistência a qualquer argumentação. E propaganda, lembre-se, é argumentação embrulhada para presente, e você ilustrará isso. PRÁ QUE TANTA CULTURA? EU QUERO É DESENHAR Ter cultura geral é importante por muitos motivos, mas por três em especial: a) quanto maior o seu conhecimento, maior o leque de respostas que você poderá dar no seu trabalho, e consequentemente à agência ou editora para quem está trabalhando. b) quando uma agência ou editora o chamar para uma ilustração, nem sempre significa que a ilustração já foi criada, mastigada e layoutada para você finalizar. Muitas vezes existe uma idéia clara mas ainda cheia de arestas e que ficará mais bem definida numa conversa com o ilustrador. Nessa hora é mais do que importante as suas opiniões e sugestões para que se tenha o melhor resultado possível. Ou seja, em várias situações o próprio ilustrador pode ser o responsável por parte ou toda da própria criação da ilustração. E criação é associação de conteúdos, quem tiver mais leva a taça. c) o sucesso profissional de um ilustrador não passa exclusivamente por saber desenhar ou quanto cobrar, mas fundamentalmente por saber pensar. É preciso uma dedicação pessoal e intelectual maior do que a média para que muitas outras portas se abram em vários campos da ilustração, e de tabela, artes plásticas. SITUAÇÕES A SE EVITAR A TODO CUSTO Chegou a hora de mostrar maturidade e profissionalismo. Guarde todas as informações confidenciais de trabalho com você, e só com você. Não faça tráfico de informações. Não comente fora das dependências do cliente nada que foi passado a você e que ainda não foi veiculado. 16 Isso é propriedade do cliente. Nada de conversinhas de bar do tipo: "vocês não imaginam a puta ilustração que eu fiz hoje". Bico calado até a ilustração sair. Aí, pode fazer quanto lobby quiser e contar vantagem. Alguns iniciantes tentam compensar o pouco status inicial com o tráfico de informações. "Faço ilustração para o cliente tal e fulano que trabalha lá disse o seguinte...". Alta traição. Um inocente comentário fora do cliente pode colocar muita coisa a perder, prejudicar empresas, concorrências e prospects. Além do fato de que os ouvintes, embora possam se aproveitar da informação recebida, vão pensar duas vezes antes de contratar um fofoqueiro como você. A propaganda em especial é uma indústria e não está imune à espionagem industrial. Não facilite. O mesmo vale para editoras. MUITO EMPENHO NO COMEÇO Carreiras são como aviões: você precisa de mais força na decolagem do que para se manter nas alturas. Ou seja, esteja preparado para trabalhar muito nos primeiros anos, às vezes em horários fora do habitual. É chato, e poderá acontecer depois ao longo da carreira, mas saber negociar prazos é importane para se evitar excessos. RECEBI UMA PROPOSTA MELHOR DE OUTRO CLIENTE NO MEIO DE UM TRABALHO EM ANDAMENTO Não mude de cliente, não atrase nem sabote um trabalho em andamento pelo melhor pagamento de um outro trabalho. Lembre-se que um bom profissional é acima de tudo aquele que é talentoso, cumpre prazos e é de confiança. Às vezes ganhar menos em um trabalho em andamento e deixar passar um trabalho melhor pode ser bom, porque assim você cumprirá com a sua parte e poderá estar plantando no cliente a confiança dele. Ao receber uma outra proposta no meio de um trabalho em andamento, não blefe, não faça chantagens, cabos-de-guerra ou joguinhos espertos com o cliente. Pergunte para essa segunda proposta se eles têm mais prazo de forma a que você consiga conciliar os dois trabalhos. É verdade que com uma proposta de pagamento maior na mão você tem uma tentação - mas nos outros 364 dias do ano você não tem. Não costuma ser bom negócio deixar um cliente na mão, trocando-o por qualquer outra proposta melhor. Se fizer isso com certeza você não colocará mais os pés por lá. 17 4- GUIA TÉCNICO AS FERRAMENTAS Bem, falar de ilustração é falar também do material de ilustração, e só isso é motivo para conversa durante dias, porque a quantidade de opções disponíveis é quase incontável. Mas basicamente podemos separar em duas grandes áreas: 1- material tradicional (tinta, pincel, papel, etc); 2 - material digital (computador, software, etc). MATERIAL TRADICIONAL Ao contrário do que muita gente pensa, em especial os iniciantes, ainda hoje se usam muito os materiais tradicionais para ilustrar, que são tão variados quanto os filtros de um Photoshop: inúmeros pincéis, uma variedade absurda de papéis, tintas de todos os tipos, materiais de apoio desde o mais simples lápis até retroprojetor, sem esquecer do bom e velho aerógrafo. Uma grande vantagem do material tradicional é que se costuma ter uma certa personalidade no resultado do trabalho e no estilo final (afinal é você que está pintando, e não um filtro pronto do Photoshop), além de um ar mais artístico. A desvantagem é que é preciso saber mexer com esse material todo, tão difícil ou mais que um computador. Basta uma olhada rápida nos grandes ilustradores da década de 40 e 50, em especial os americanos (por exemplo Gil Elvgren ou Norman Rockwell), e vai perceber que é muito difícil se conseguir resultados daqueles em um computador. Não é função deste guia entrar em detalhes técnicos sobre o material a se usar, como usar e nem os efeitos que se conseguem, isso é função de um bom curso de artes, quer seja numa escola quer seja em livros, mas é fundamental que todo ilustrador conheça um pouco desses materiais, afinal conhecimento não ocupa espaço e só ajuda na nossa área. Fazer uma visita a uma grande loja de material artístico e ficar horas lá vasculhando em tudo o que se tem é quase que um parque de diversões para adulto, e no final deste guia há uma série de links onde se pode encontrar um pouco mais de informação necessária nessa área. MATERIAL DIGITAL Falar de ilustração nos dias de hoje e não falar de computador soa quase que estranho, de tão interligados que estão, afinal o mundo todo está conectado a um computador. As próprias agências e editoras praticamente exigem material digital uma vez que o formato é mais fácil de se trabalhar, poupa tempo e é mais versátil. 20 Além disso, a computação gráfica trouxe uma velocidade enorme na produção da ilustração, e trazendo junto a capacidade de se criar efeitos rápidos que antes no pincel poderiam demorar horas, ou dias. A quantidade de programas hoje disponíveis para se trabalhar com ilustração é enorme, sem falar nos filtros de apoio, mas basicamente temos duas vertentes: a) a ilustração 2D (duas dimensões); b) a ilustração 3D (três dimensões). Para o 2D existe o programa mais usado, mais conhecido, mais flexível e mais importante do mercado, o Photoshop. Quase todos os outros programas interagem com ele de alguma maneira, isso se for preciso outros programas, porque hoje só o Photoshop sozinho já provoca um estrago daqueles. Mas existem outros, como o Corel Painter, FreeHand, Illustrator, Corel Draw, etc. Para o 3D também existe uma infinidade de programas, uma vez que cada vez mais se exige imagens em 3D, e para isso existe o Maya, 3D Max, Z-Brush, etc. Mais uma vez, falar de cada programa e suas variantes (por exemplo, pixel ou vetorial) cabe a um curso e não a esse guia, por isso corra atrás (mais uma vez, no final deste guia haverá links interessantes para ajudá-lo). Além disso, mais adiante no ítem "Documentos de Importância para o Ilustrador" há a indicação do livro "O Mundo Gráfico da Informática", com absolutamente tudo o que precisa saber sobre a parte técnica da informática. Esse passará a ser o seu livro de consulta mais importante (depois do Guia dos Ilustradores). Vá lá agora ler e depois volte rápido para este ponto. NÃO ENTENDI NADA, AFINAL EU DEVO USAR MATERIAL TRADICIONAL OU DIGITAL? Hoje em dia um bom ilustrador responderia: os dois. Nada impede que se use os dois materiais juntos, aliás até convém. Pode começar a ilustração à tinta, scannear e finalizar no computador. O seu trabalho vai se tornar mais interessante, mais personalizado, mais rico e com mais opções de efeitos. Além disso, mesmo que opte por trabalhar só com material tradicional, no final convém entregar o trabalho já scanneado para a agência. Facilita na visualização prévia por e-mail, agilizando o processo, vai poupar muito tempo e dinheiro da agência ou editora e manterá o original sempre com você. Aliás esse tópico dava quase que um livro à parte, mas rapidamente é preciso entender que você está vendendo o direito de uso de imagem para um cliente, e não o original em si. 21 Assim, se você entregar um original em papel este sempre deve ser devolvido e sempre pertencerá ao ilustrador, já que o que foi negociado é a veiculação da ilustração, e não o material físico. Veja no final deste guia os documentos relativos ao direito do autor. NÃO VEJO A HORA DE ILUSTRAR, MAS QUAIS SÃO AS ÁREAS DE ATUAÇÃO? A boa notícia: são várias as áreas de atuação hoje em dia para um ilustrador. Para começar, o óbvio, dá para se trabalhar em publicidade junto às agências ou então entrar no mercado editorial, são as áreas mais tradicionais e conhecidas que envolvem ilustração. Mas também existem as produtoras de tv (fazendo conceptboards ou storyboards), trabalhando em desenho animado (na área de conceptboards e cenários), em estúdios de design (na concepção de peças), em estúdios de games (na criação do visual todo envolvido) e muitos outros. Mesmo o trabalho em si pode variar muito, desde arte técnica a storyboards, layouts, hiper-realismo, foto-realismo, concept art, quadrinhos, cartoons, cenários, personagens, grafismo, embalagens, posters de cinema, food-illustration, wild-life illustration, medical-illustration, etc. Com uma certa experiência também é possível entrar na área de tratamento de imagem em fotografia, já que os conhecimentos de ilustração podem ajudar nesse sentido. A má notícia: concorrência. Em todas as áreas tem sempre muita concorrência. Então não perca tempo, releia este guia desde o começo mais uma vez para que não deixe escapar nada e esteja preparado. E boa sorte! 22 SAIBA SER ORGANIZADO. TEMPO É DINHEIRO. Para ser um bom profissional você precisa saber, entre outras coisas, como cuidar bem do seu tempo. A vida de free-lancer é aparentemente tentadora, sem horário fixo, com todo o tempo do mundo para se fazer o que quiser, na hora que quiser. O que você faz da sua vida é da sua conta, e como consegue gerir a vida pessoal, a farra e o trabalho também é da sua conta, mas tente conciliar tudo de forma que os prazos combinados não estourem. Cada um tem o seu jeito e método próprio de trabalhar, e você terá de formar o seu, e a partir daí se organizar dentro do seu estilo para que os prazos sejam sempre cumpridos. Pontualidade é fundamental. Por isso, independentemente do seu estilo de trabalhar, procure ter organização. Vida de free-lancer não é quartel ou mosteiro, e nem tem que bater cartão com horário fixo, mas também não é só farra. Tente, na medida do possível, estabelecer um horário de trabalho para você, com uma certa flexibilidade. CRIANDO UM CRONOGRAMA Estabelecendo um horário, crie um cronograma, um mapa simples em um A4 ou A3 mostrando os dias da semana divididos por horas, e pendure na parede bem em frente onde você trabalha, e anote nele todas as tarefas que deve fazer. No começo você pode fazer um cronograma de uma semana, depois com o aumento do volume de trabalho faça um cronograma de 2 semanas seguidas, e mais para frente com certeza vai precisar de um cronograma para o mês todo. Assim você se mantém sempre atualizado sobre reuniões, tarefas, datas especiais (como prazos de anuários), e entregas de trabalho. Otimização de tempo durante o trabalho significa mais tempo livre no fim de semana. E mais tempo para a sua vida social. Para esse cronograma, quem utiliza o Outlook tem uma ferramenta "agenda" onde você coloca as tarefas e ele organiza diretamente num calendário. No Mac também tem algo semelhante, o iCal. Um bloco de notas e uma caneta básica sempre ao lado do telefone é indispensável, onde uma quantidade enorme de informações podem chegar via telefone e você com certeza não vai lembrar de cabeça depois. 25 Outra organização importante são os Contatos. Manter uma lista de contatos atualizada é importante para vários fins, seja o telefone direto do diretor de arte ou o endereço da agência para qual você quer mandar material promocional. Uma sugestão é usar o programa Plaxo junto ao Outlook (www.plaxo.com), que é uma mão na roda pois sincroniza automaticamente as mudanças de seus contatos. Manter os cartões organizados naquelas pequenas caixas organizadoras também é interessante, sejam cartões de clientes, gráficas, colegas ilustradores, etc. Você sempre irá precisar. E a última (e talvez a mais importante) é a organização de um Livro-Caixa, mantendo-o sempre atualizado, com os trabalhos que você está fazendo, as notas fiscais que deverão ser passadas, datas de pagamento, impostos retirados... ou seja, uma visão geral de seu mês e quanto você tirou nele. Afinal não recebemos de forma pingadinha em dia certo. Uma boa forma de manter um livro caixa é usar o programa Excel. Ajuda que é uma beleza... mas sendo organizado, para começar um simples caderno já ajuda. EU.COM Já falamos antes aqui no Guia sobre a apresentação do seu portfolio. Você apresenta os trabalhos, recebe tapinha nas costas, vai embora e... o que acontece depois? Depende de como você estiver organizado. Além da apresentação do material, uma outra maneira de manter o cliente atualizado sobre seus trabalhos é manter um bom site com portfolio online. E assim como seu portfolio físico, este deve ser direto e consistente, senão mais, pois você não estará presente durante a apresentação. Existem dois tipos de clientes que navegarão no seu site: os Heavy Users, gente que sabe tudo de tecnologia e internet, e os Comuns, pessoas pouco envolvidas com tecnologia, talvez com altos cargos e/ou que não estão ligadas diretamente à criação. Apesar do diferente nível de conhecimento os dois têm algo em comum: ambos não têm mais tempo e paciência para longas introduções de flash, nem pirotecnias desnecessárias em seus browsers. Por isso, seja direto. O cliente quer ver o SEU trabalho, não o que seu amigo programador pode fazer. Seja claro na apresentação do site, com um bom design e informações fáceis de se achar, como sua galeria. Seus contatos também devem ter fácil acesso, afinal você quer ser achado, correto? O mais interessante de se ter o portfolio online é que ele trabalhará por você diariamente. Um número absurdo de pessoas poderão chegar ao seu site sem que você saiba e uma delas pode ser aquele cliente que você precisa, sem você saber. 26 E O BLOG? Hoje as pessoas estão já acostumadíssimas com o formato blog, mas diferentemente do seu portfolio físico, use-o para apresentar o inusitado, um rascunho de um trabalho que acabou de ser publicado, um passo a passo de uma ilustração que você achou bacana e por aí vai. A maioria dos ilustradores hoje têm seus sites e ainda diversos blogs que são uma extensão de seus portfolios. A melhor dica é navegar pelos sites de seus ilustradores favoritos e ver como cada um resolveu o seu. Identifique o que você gosta e o que você não gosta e comece a pensar no seu próprio. IDENTIDADE VISUAL Você pode não achar importante, mas quando for apresentar o portfolio, em especial no começo da carreira, as pessoas vão se lembrar de você como “o cara que trouxe aquele portfolio bacana... como ele se chama mesmo?”. Entendeu? A escolha do nome com que quer ser conhecido é importante. Acredita em numerologia? Tudo bem, desde que seja um nome bacana, sonoro e fácil de lembrar. E diferente também de algum outro ilustrador ou pintor que já exista. Parece básico, mas muita gente já mudou de nome no meio da carreira por vários motivos: nomes associados a piadas, nomes de artistas famosos ou simplesmente nomes muito comuns. "Poxa, mas é o meu nome!" Tudo bem, Uérslei Adernilson Wandergulho, mas concorda que é um nome meio comprido e complicado de lembrar? Escolha algo mais curto e simples, e pronto, caso encerrado. O conteúdo você já tem, o nome também, e também uma boa marca, agora só falta a embalagem. Sua postura, que já falamos várias vezes nesse guia, diz quem você é. Não precisa de gravata para parecer "o experiente", nem precisa aparecer carregado de piercings para ser mais cool. Mas, querendo ou não, vai ser avaliado pelo conjunto que você é: suas roupas, sua postura e seu modo de falar. Seja profissional e evite certas gírias: trampo quem faz é office-boy, bico quem faz é camelô e frila quem faz é garoto de programa, por isso respeitar o próprio trabalho é o começo de uma postura profissional. O que fazemos é ilustração. Um cartão pessoal bacana, impresso em gráfica ajuda. Nada de impressora caseira jato de tinta que borra com a primeira gota d’água, nem anotar o número dos telefones num pedaço de guardanapo. 27 Além disso, cobrar excessivamente baixo é uma prática comercial desleal chamada "dumping" (procure na net as definições mais detalhadas), mas basicamente é cobrar 5 por uma camisa que para fabricar custa 20 e é vendida a 50 no mercado. Ninguém deveria cobrar menos do que o preço de produção, mas muita gente faz isso para quebrar o mercado e, uma vez sozinho, então subir os preços. É mais ou menos o que acontece hoje com os produtos importados chineses. Mas lembre-se, dumping é um método do qual pode dar problemas na justiça, por isso tente reconhecer no mercado quais os valores mínimos a se trabalhar. 2) Aprenda a reconhecer quanto vale o seu trabalho. É dificil, porque não estamos falando sobre vender peixe ou pãozinho, cada trabalho é um caso isolado e terá um preço diferente, e terá uma série de fatores a se levar em consideração (tamanho do cliente, onde será veiculado, durante quanto tempo, em que veículos, dificuldade de execução, prazo, etc). A melhor maneira de se começar é sabendo qual é o valor MÍNIMO de uma ilustração, e para isso existem tabelas de preços de associações ou sindicatos. Faça uma consulta, e melhor ainda, converse com vários colegas, eles darão preços diferentes, mas dentro de uma certa margem. Só então você poderá reconhecer uma média de valor e, em comparação com outros colegas, saber escolher um valor para o seu trabalho. 3) Quando pedirem um orçamento urgente, se possível tente evitar um orçamento dado na hora à queima roupa, sem experiência isso pode vir a ser um completo desastre. Peça algum tempo, se possível para o dia seguinte, para que possa avaliar bem o material que tem em mãos, e se mesmo assim não souber dar um valor terá tempo para conversar com um colega mais experiente para orientá-lo. 4) Procure sempre fazer um contrato, mesmo que simples, com indicações de prazos, datas de entrega e de pagamento e observe sempre os direitos autorais envolvidos. A arte original é do artista por lei e por isso o melhor é sempre entregar o trabalho gravado em um CD e evitar passar originais para quem o contrata. 5) Saber dizer sim e saber dizer não. Já se disse lá atrás no Guia que você deve ajudar o diretor de arte a conseguir soluções, e não problemas. Isso não significa que você tenha de dizer sim a tudo. Aceitar todos os trabalhos que aparecer só para mostar que podem contar sempre com você é um risco, se caso você não tenha tempo para fazer tudo. Dizer “Sim, podem contar comigo em tudo” e depois atrasar o trabalho por já ter outros compromissos é arriscar o seu nome, e a mensagem que você acaba passando é “Não, nem sempre dá para se contar comigo”. Por isso, aprenda a dizer não quando simplesmente não dá. Coisas da vida. 30 Mais adiante neste Guia, no ítem "Documentos de Importância" você encontrará detalhadamente tudo o que for necessário para saber mais sobre valores, documentos, propostas, direitos, etc. ETAPAS Você já venceu diversas etapas: aprendeu a ilustrar, a fazer uma boa apresentação, conseguiu apresentar seu portfolio e acaba de ser chamado pelo cliente para orçar um trabalho. Esse primeiro encontro é extremamente importante, e como já se disse você deve ser cuidadoso, mas não se sentir intimidado. Assim como seu trabalho é desenhar, e você quer ser pago para isso, uma das funções da pessoa que está na sua frente é NEGOCIAR, e ela é paga para isso. Veja que seu interlocutor já está em vantagem, porque ele já está ganhando dinheiro da empresa e você ainda não. APRENDA A NEGOCIAR Se você vai dar um orçamento pela primeira vez, tenha a certeza de que a primeira coisa que será dita pela pessoa que o vai contratar é: "Nossa verba está curta, faça um bom preço agora e daremos muito serviço depois." Não importa o preço que você der, provavelmente ele dirá que está caro e que outros ilustradores fazem por menos, mas que ele prefere fazer com você e vai repetir o argumento: "Nossa verba está curta...” Saiba que 101% dos clientes dizem isso na primeira vez, mas não falam por mal, a função deles é conseguir um bom ilustrador, e se possível pelo menor preço. O problema é que 99% dos ilustradores acabam aceitando. Às vezes até estão mesmo com o orçamento curto, mas muitas vezes não passa de choro. Mas o chato é que quase sempre aquele trabalho que viria depois nunca aparece. Com uma simples e gratuita busca - “negociação” ou “negociar” - no Google, você vai aprender a negociar. Com toda certeza o tempo investido trará um excelente retorno em seus contatos profissionais Para um ilustrador, saber negociar é tão importante como saber ilustrar. De nada adianta você ter um trabalho tecnicamente de alto nível se ele não for valorizado. E valorizar o seu trabalho só depende de você. Aprenda a negociar se quiser viver de ilustração profissional. 31 DIÁLOGO 1 Segue um diálogo fictício entre um cliente e o ilustrador também fictício Luis Trador, mas um diálogo bastante comum no dia a dia e que pode ser bem real: - Bom dia, Luis Trador. Gostaria de saber quanto você cobraria por 2 ilustrações de um carro, para X mídias, por X períodos, mercado nacional. Mas eu preciso de um valor agora mas com um preço baratinho, prá gente fechar já (a "pressa" é para pressionar o ilustrador a se decidir sem ter tempo para raciocinar ou fazer uma pesquisa). - Bom dia. Eu cobraria (o ilustrador está dando margem para um desconto, já que usou "cobraria", ao invés de "cobro") R$6.000,00 pelas duas, R$3.000,00 por cada. Este valor estaria dentro da sua verba? (novamente o ilustrador dá uma brecha para o cliente negociar). - Hmmm... minha verba é de R$4.000,00. Poderíamos fechar por esse valor (note que ele não pergunta, ele afirma). Minha verba é restrita, mas o trabalho é bem tranquilo de se fazer (o cliente nunca diz que o trabalho será complicado nem que ele será exigente para aprovar). Eu até tenho um orçamento de um outro ilustrador abaixo da verba, mas faço questão de passar esse trabalho para você (enche a bola do ilustrador pra pegá- lo pelo ego, mas colocando-o contra a parede, deixando-o inseguro). - Ok. Fechamos então por este valor (com medo de perder o trabalho para o outro suposto ilustrador). Um abraço. - Alô Luis. Resolvemos colocar mais ilustrações de carros, agora serão 6 (o cliente já sabia que eram 6 desde o começo). Quanto você faria pelas 6 ilustrações? Faz um desconto legal, porque nossa verba já era restrita... - Dá pra fazer por uns R$9.000,00 (o ilustrador deu um desconto em cima de um valor já com desconto). - Hmmm... É muito acima do que os R$4.000,00 que temos de verba. Vamos fechar por R$8.000,00, vai? Eu me viro para aumentar a verba que eu tinha. Vou ter que falar com os sócios aqui para convencê-los a dobrar a verba, mas eu dou um jeito - Beleza! Fechado! Um abraço. - Alô, Luis. A verba aqui tá complicada. Cheguei até a discutir com meus sócios, porque sei o valor do seu trabalho (se mostra amigão e do lado do ilustrador). Quanto você faz sem nota? 32 6- DOCUMENTOS DE IMPORTÂNCIA 1) “O MUNDO GRÁFICO DA INFORMÁTICA” - de Dario Pimentel Falleiros / Editora Futura. Esse livro é indispensável, coloque como prioridade máxima na sua próxima compra: http://www.mundografico.com.br É o mais completo livro sobre produção gráfica, editoração eletrônica, design gráfico, arte digital e informação em geral nessa área disponível no mercado, nele você tem absolutamente tudo o que é preciso para saber e em detalhes sobre a parte técnica envolvendo informática. Vai desde a definição de bits até os mais modernos métodos de impressão, passando por glossário, tipos de equipamentos, programas, formatos de imagem, tabelas de preços, tipografia, etc, além de muitas indicações de links extras. Será a sua bíblia de consulta técnica. Idolatrar este livro não seria exagero. 2) DOCUMENTOS DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL - SIB A Sociedade dos Ilustradores do Brasil - SIB tem em seu site um importante material de consulta sobre orientação profissional, onde explicam detalhadamente sobre Código de Ética, Lei de Direito Autoral, Orçamento Padrão, vários CCDA/Contrato de Cessão de Direitos Autorais (abrangendo utilização em livro, criação de personagens, ilustração publicitária, layout publicitário e revista). Todo o material está disponível gratuitamente no site da SIB http://www.sib.org.br, pode ser consultado on line ou ser feito o download de todo o material e não é necessário ser membro para se fazer a consulta. 3) TABELA DE PREÇOS Originalmente se pensou em colocar aqui uma tabela de preços de forma que ajudasse a todos a se ter uma idéia de valores... mas o tempo passa, e em algum tempo com este Guia circulando os preços poderiam se tornar defasados. Portanto deixou-se de lado essa questão... mas... nem tudo está perdido! Caso necessite de ajuda nesse sentido, consulte o site da Sociedade dos Ilustradores do Brasil - SIB ou da Associação dos Cartunistas do Brasil - ACB e lá encontrará orientação. Também consulte o site de alguns ilustradores renomados, muitos deles mantém tabelas de preços on line, ou simplesmente telefone para alguns colegas experientes pedindo ajuda. 4) “GRAPHIC ARTIST GUILD” Um dos mais completos guias internacionais voltado para os artistas gráficos http://www.gag.org 35 5) "PROPOSTA DE VALOR"- Como formular ofertas imbatíveis adequadas às necessidades e à forma de negociar com cada cliente - Editora Quantum Livro que ensina ótimas táticas de como levar uma negociação com sucesso até o fim com todo tipo de cliente. 6) ORÇAMENTO Documento que será criado por você, para atender o pedido do cliente sobre custos do seu trabalho. Não existe um formato padrão, mas informações básicas tem de constar lá. O mínimo que deve contar seria algo assim (o texto em vermelho seria o que você deve preencher com os dados reais): (nome do estúdio ou do ilustrador) PROPOSTA DE ORÇAMENTO Local, dia de mes de ano Cliente: xxx Produto: xxx Ref: Orçamento de ilustração A/C: xxx Agência: xxx Descrição: 1 ilustração de ”xxx” em técnica digital, tamanho 30X40 cm a 300dpi em formato TIFF, para campanha “xxx”, a ser utilizada em anúncio, folheto e banner, conforme briefing recebido no dia 18 de Abril. • 1 ilustração “xxx”: R$ X.000,00 Prazo de Execução: 3 dias a partir da aprovação do orçamento. Condições de Pagamento: 30 dias da data da nota fiscal. Obs: O trabalho será finalizado e entregue em uma única imagem e enviado em arquivo digital fechado no formato pré-combinado, via correio eletrônico ou FTP. Haverá revisão de valores nas seguintes situações: caso haja alteração de briefing; alteração na complexidade do trabalho; diminuição de prazo decorrente do atraso do cliente na entrega do material ou atraso na aprovação necessária ao desenvolvimento do projeto; modificações na artes finais após aprovação. Atenciosamente, (assinatura) _____________________________ (nome do estúdio ou do ilustrador) Fone: xxxx xxxx (e-mail) 36 7) CONTRATO Esse é o seu mais importante documento. É aqui que ficará registrada a negociação que você terá com o cliente ANTES de começar o trabalho e, quanto mais detalhado, melhor será para os dois, para que todos os direitos (tanto seus quanto do cliente) fiquem registrados. Todavia, lembramos que as criações intelectuais resultante em obras intelectuais geram direitos autorais para seu criador. Nos contratos este direitos autorais devem ser observados com muita atenção: 1 - Não é permitida a cessão de direitos autorais decorrentes da prestação de serviços para o empregador , posto que o empregador é a parte mais forte da relação, podendo persuadir o empregado-criador em troca da remuneração de trabalho a vender (ceder) os direitos autorais pelo mesmo valor da remuneração; 2 - Os direitos autorais morais, ainda que alguém queira comprar, é proibido por lei vendê-lo (cedê-lo) . Tais direitos não existem no sistema norte-americanos (copyright), só existem nos países, como o Brasil, que seguiram o direitos autorais da França (droit d’auteur) 3 - Há três tipos de contrato na lei de direitos autorais (art.49 da lei 9610/98): licença, concessão e cessão (este pode ser feito quando não se tratar de empregador) Há várias maneiras de se preparar um contrato, mas você terá a seguir uma ótima sugestão bem abrangente chamada “Carta de Acordo”que tem sido adotada no Brasil e que é baseada em um modelo chamado “Letter of Agreement” existente na Graphic Artist Guild (www.gag.org), dos Estados Unidos. O maior problema depois que um trabalho é executado é quando a empresa que o contrata se excede em seus direitos de utilização, ou quando o ilustrador simplesmente esquece dos seus... _________________________ Conforme disposto na lei 9610/98 (lei de direitos autorais ): Art. 7º. São obras intelectuais protegidas as criações do espírito expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro (...) Conforme disposto na lei 6533/78, que dispõe em seu art. 13. Não será permitida a cessão ou promessa de cessão de direitos autorais e conexos decorrentes da prestação de serviços profissionais. Parágrafo único - Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição da obra. Conforme disposto na lei 9610/98 (lei de direitos autorais ): Art. 27. Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis. *1 *1 *2 *2 *3 *3 37 CARTA DE ACORDO Projeto: Nome do Projeto Descrição: Descrição Detalhada Cronograma/Entrega: - início: dd/mm/aaaa - entrega: dd/mm/aaaa Concessões e Veiculação: Inserir todas as veiculações, períodos e usos aqui CLÁUSULA ESPECIAL: O presente Contrato, nos termos do Art. 49 da Lei 9610/98, concede os direitos de uso da imagem apenas para a edição impressa nº__________ da revista ___________ e para seu website, ficando sem efeito todas as cláusulas em contrário. Todos os direitos da obra reservados ao autor. Reutilização não autorizada. Total: R$ 0000,00 Condições de Pagamento: Vencimentos e Afins 1 40 TERMOS: 1) Direitos Autorais: o ILUSTRADOR, na qualidade de titular e detentor dos direitos autorais sobre a OBRA, licencia ao CLIENTE todos os Direitos Autorais Patrimoniais sobre a OBRA, pelo TOTAL FEE nesta carta estipulado, dentro e fora do território nacional, por número ilimitado de vezes, nos limites determinados a seguir: MATERIAL IMPRESSO (encarte e divulgação do mesmo) e INTERNET. Os Direitos Autorais Morais sobre a OBRA pertencem ao ILUSTRADOR conforme Lei Federal de nº 9610 de 19/02/1998, respeitados os Direitos Autorais Patrimoniais licenciados neste instrumento. 2) Alterações: O CLIENTE não está autorizado a alterar, anotar, comentar, melhorar ou modificar a OBRA e/ou criar obras derivadas sem o consentimento prévio do ILUSTRADOR. Para tais execuções, o ILUSTRADOR deverá ser novamente contratado. 3) Revisões: Todas as revisões da OBRA deverão ser feitas no estágio inicial do trabalho (rascunhos e layouts). Custos adicionais serão cobrados caso as correções feitas após o estágio inicial reflitam nova direção para a obra ou um novo conceito para o projeto. Correções deverão ser feitas apenas pelo ILUSTRADOR, ou com sua aprovação. 4) Antecipação de Prazos: Adicionais serão cobrados caso o CLIENTE antecipe o prazo de entrega da OBRA entre a aceitação desta CARTA e o final da produção. Cinquenta por cento (50%) do TOTAL FEE indicado nesta CARTA deverá ser pago pelo CLIENTE perante notificação de antecipação durante sua produção. 5) Cancelamento, Adiamento e Kill Fees: Adicionais de cancelamento/adiamento serão cobrados baseados no montante de trabalho feito durante ou após o seu término da OBRA. - Cinquenta por cento (50%) do TOTAL FEE indicado nesta CARTA deverá ser pago pelo CLIENTE perante notificação de cancelamento/adiamento durante sua produção. - Cem por cento (100%) do TOTAL FEE indicado nesta CARTA deverá ser pago pelo CLIENTE perante notificação de cancelamento/adiamento após o término do trabalho do ILUSTRADOR. Com o cancelamento do projeto, todas as concessões expressas acima serão canceladas e todos os direitos permanecerão com o ILUSTRADOR, incluindo rascunhos (roughs/sketches), layouts, composites e quaisquer outros materiais preliminares. O CLIENTE deverá retornar todas as mídias e/ou artes originais e não manter o material publicado em arquivo. 6) Cópias e Portifolio: O CLIENTE concorda em prover o ILUSTRADOR com três (3) exemplares de qualquer material impresso cuja OBRA foi publicada. O ILUSTRADOR reserva o direito de incluir imagens da OBRA em seus portifolios impresso e online e materiais de auto-promoção, além de poder inscrevê- la em qualquer competição de ilustração/design Nacional e Internacional. 7) Responsabilidades, Permissões e Licenças: O ILUSTRADOR responderá pela boa execução da OBRA, sempre atendendo aos interesses do CLIENTE. O ILUSTRADOR não será responsabilizado ou onerado por quaisquer processos ou demandas pela utilização de referências cedidas pelo CLIENTE e/ou seus representantes. 8) Ética e Confidencialidade: O ILUSTRADOR se compromete a não licenciar a OBRA para terceiros após a utilização da mesma pelo CLIENTE. O ILUSTRADOR se compromete a manter a total confidencialidade do trabalho, seu tema e conteúdo, além de seus fins, antes e durante o período de produção até a publicação da OBRA, se assim o CLIENTE pedir. 9) Créditos: A OBRA deverá conter crédito do ILUSTRADOR em lugar visível, salvo quando firmado acordo em contrário por ambas as partes. 10) Miscelânea: Esta CARTA constitui o inteiro entendimento entre os envolvidos. A aprovação escrita ou verbal deste documento implica na aceitação das condições da presente proposta. Seus termos podem ser modificados apenas por documento assinado por ambas as partes. 2 Assinatura do Cliente Nome de Cliente Sua Assinatura Seu Nome 41 7- LINKS DE IMPORTÂNCIA / 1 • ENTIDADES E EMPRESAS Ilustragrupo - Fórum de Ilustradores do Brasil http://br.groups.yahoo.com/group/ilustragrupo SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil http://www.sib.org.br ACB / HQmix - Associação dos Cartunistas do Brasil / Troféu HQMIX http://www.hqmix.com.br Abipro - Associação Brasileira dos Ilustradores Profissionais http://abipro.org Clube de Criação de São Paulo - aqui encontrará o contato da maior parte das agências de publicidade de São Paulo, além de muita notícia sobre publicidade http://www.ccsp.com.br AEI-LIJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil http://www.docedeletra.com.br/aeilij ADG / Brasil - Associação dos Designers Gráficos / Brasil http://www.adg.org.br ABRAWEB - Associação Brasileira de Web Designers http://www.abraweb.com.br Sobre-Sites - um bom e útil site sobre sites relacionados à produção gráfica, publicidade e informação geral dentro dessas áreas http://www.sobresites.com/publicidade CG Society - um dos mais importantes fóruns internacionais de ilustração 2D e 3D http://www.cgsociety.org The Society of Illustrators - sociedade americana de ilustradores das mais respeitadas http://www.societyillustrators.org AIAP - American Illustration + American Photography http://www.ai-ap.com AOI - The Association of Illustrators http://www.theaoi.com 42 Fontes - dois sites de fontes, o primeiro deles imperdível http://www.dafont.com (impressionante variedade de fontes, quase todas gratuitas) http://www.blambot.com (não tem tanta variedade, e a maioria é paga) Logotipos - os principais logos do mundo, em alta resolução, formato psd http://www.brandsoftheworld.com Michelangelo - loja de material artístico http://www.emporiomichelangelo.com.br Pintar - loja de material artístico imensa, com auditório, cursos e workshops, além de um arsenal impressionante de materiais nacionais e importados http://www.pintar.com.br Casa da Arte - outra enorme e completa loja de material artístico http://www.casadaarte.com.br Visitex - loja de material artístico http://www.visitex.com.br Mac Mouse - representante Apple / São Paulo http://www.macmouse.com.br MacCenter - centro de compras on line para equipamento Mac. http://www.maccenter.com.br Wacom Tablet - mesa digital http://www.wacom.com http://www.wacom.com/tips/index.cfm (muitos tutoriais de Photoshop, Painter e Flash) Painter / Corel http://www.corel.com/painterix/index.html Photoshop http://www.adobe.com/products/photoshop/index.html Color Scheme - um site que dá uma ajuda em relação a composição cromática. http://wellstyled.com/tools/colorscheme2/index-en.html Teoria das Cores - um site muito interessante sobre teoria das cores (em inglês) http://poynterextra.org/cp/colorproject/color.html Colors in Motion - um interessante e delicioso site sobre teoria das cores, em especial a sessão sobre a psicologia das cores falado com bom humor e inteligência. http://www.mariaclaudiacortes.com/colors/Colors.html 45 7- LINKS DE IMPORTÂNCIA / 3 • ILUSTRAÇÕES 3D Pixologic - empresa criadora do ZBrush, um dos programas 3D mais utilizados http://www.pixologic.com Stilo 3D - programa 3D http://www.nevercenter.com/ Maya - programa 3D http://www.autodesk.com/maya Maxon / BodyPainter 3D e Cinema 4D - programa 3D http://www.maxon.net MudBox - programa 3D http://www.mudbox3d.com Modo - programa 3D http://www.luxology.com Silo - programa 3D http://www.nevercenter.com Blender - programa 3D http://www.blender.org 3D Total - fórum internacional de ilustradores especializados em 3D http://www.3dtotal.com CG Society - já mencionado antes, o CG Society é um dos mais importantes fóruns internacionais de ilustradores, com uma sessão dedicada só aos trabalhos em 3D http://forums.cgsociety.org HinghEnd 3D - site internacional dedicado ao 3D com artigos, fórum de debate, galeria de membros, dicionário de termos, downloads, loja, etc http://www.highend3d.com Zoorender - forúm sobre atualidades em 3D http://www.zoorender.com 3D World Magazine - revista on line (que também existe em formato papel) para os artistas 3D http://www.3dworldmag.com 46 7- LINKS DE IMPORTÂNCIA / 4 • ILUSTRADORES BRASILEIROS Como se verá na página seguinte, foram sugeridos muitos nomes de ilustradores internacionais, que individualmente têm um trabalho de ilustração que merecem ser vistos e estudados, devido à riqueza de referências e estilos. Mas é claro que é impossível citar todos, e são apenas uma mostra de algo que é importante para a formação de um ilustrador. Da mesma forma, é impossível colocar todos os grandes ilustradores de referência do Brasil aqui, mais ainda pela proximidade que temos entre todos, portanto no caso dos ilustradores nacionais aconselhamos a consulta dos arquivos de associações de ilustradores, onde se poderá encontrar praticamente todos os ilustradores profissionais em atividade no Brasil: SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil http://www.sib.org.br http://www.siblog.blogger.com.br (o blog da Sib) Abipro - Associação Brasileira dos Ilustradores Profissionais http://abipro.org Tupixel - importante portal de ilustração, no canal Galeria Brasil poderá encontrar mais de 1500 nomes de ilustradores http://www.faoza.com/tupixel 47 Dave McKean - famoso ilustrador com um estilo pessoal, lírico e inconfundível www.mckean-art.co.uk Lobaton - caritunista com uma impressionante capacidade de estilização http://www.lobaton.com.ar Moebius - famoso ilustrador e desenhista de história em quadrinhos francês, com nome real Jean Giraud, mas também assina Gir quando cria histórias para o velho oeste. http://lambiek.net/artists/g/giraud.htm http://www.bedetheque.com/auteur-70-BD-Moebius.html Enki Bilal - outro famoso ilustrador e desenhista de história em quadrinhos francês, autor de vários albuns que viraram cult. http://bilal.enki.free.fr Arthur de Pins - genial ilustrador francês, com cartoons fantásticos e expressivos. http://www.arthurdepins.com Bascove - ilustradora franco-americana com um belíssimo estilo art deco http://www.bascove.com Monsier Z - o melhor expoente do estilo de ilustração típico dos anos 60/70, e tão usado hoje em dia. http://www.monsieurz.com Don Seegmiller - ilustrador realista multiversátil http://www.seegmillerart.com Joseph Seigenthaler - não é ilustrador, mas um escultor e artista plástico altamente expressivo http://www.joeseigenthaler.com Ralph Steadman - ilustrador e artista plástico moderno e expressivo http://www.ralphsteadman.com Gary Baseman - outro ilustrador e artista plástico renomado http://www.garybaseman.com Gerald Scarf - genial artista, ilustrador e caricaturista inglês http://www.geraldscarfe.com Índice de Artistas Plásticos - um índice geral de artistas plásticos, com imagens http://www.artunframed.com 50 8- FAQ / PERGUNTAS MAIS FREQUENTES - Por que trabalhar com contrato? Porque é a única maneira segura para garantir que ambas as partes cumpram o combinado em relação a prazo de entrega, de pagamento, e que possam lidar com eventuais problemas de maneira justa e com a cobertura da Lei, em casos de cancelamento, de não pagamento, de utilização indevida, etc. - Nota Fiscal ou Recibo de Pagamento Autônomo (RPA)? Abrir micro-empresa e lançar nota fiscal é a maneira mais profissional e com melhor custo/benefício, porque as taxas podem ser de até 6,5% (até pouco tempo atrás poderiam ser de 4,5%, mas algumas regras de cobrança mudaram recentemente), enquanto o RPA chega a taxar em até 27,5% acima de determinados valores, e não é aceito em todas as empresas, ao contrário da nota fiscal de micro empresa. - Por que abrir firma e manter contador? É certo que há um custo envolvido na abertura e manutenção de micro-empresa, mas para quem está se profissionalizando é a maneira mais certa de corresponder às expectativas do cliente. Ao lançar nota fiscal o ilustrador também evita a ilegalidade ao comprar notas dos amigos e o transtorno na hora de receber, pois o valor é depositado na conta correspondente à micro-empresa, é cobrada a CPMF a cada movimentação, e há sempre o inconveniente de se contar com um favor a cada novo serviço, além do risco de atrasos na transferência de valores de conta para conta. Vale o investimento para quem leva a profissão à sério, afinal, é uma das formas mais baratas de se manter um estabelecimento comercial, comparando com outras formas de comércio e prestação de serviços. - Por que usar boleto bancário? Pelo simples motivo de se tornar prioridade no departamento de contas à pagar dos seus clientes. Você elimina o incômodo de ligar para saber se seu cheque está pronto, e se livra de todas as desculpas no caso de não estar disponível no prazo combinado, pois o banco se encarrega de fazer a cobrança e se necessário encaminhar a protesto, sem que você precise se indispor com o cliente. Afinal, o interesse passa a ser dele em evitar o pagamento de juros de mora e multas diárias, o que torna sua conta uma prioridade, e garante em quase 100% a pontualidade no pagamento. Para se ter boleto bancário é preciso ter micro-empresa aberta, e abrir uma conta empresa em um banco. É possível fazer o procedimento de forma que você mesmo imprima o boleto diretamente do seu computador, envie os dados via internet para o banco, e consulte e gerencie online todas as contas pendentes, pagas, em cartório, etc. - Por que limitar o uso das imagens? Porque o cliente compra o direito de reprodução da imagem, e não a própria imagem. 51 A negociação deve ter limitações de tempo de utilização (1, 2, 5 anos, etc) e de mídias (folheto, outdoor, anúncio em revista, etc), exatamente como as negociações de fotografia. No caso do cliente se interessar em ficar com a arte física, original, deve comprá- la como Arte, em uma negociação à parte dos direitos de reprodução, pelo preço que o artista achar válido. - Por que meus clientes insistem para que eu assine seus contratos prontos? É uma comodidade para o cliente, pois todos os direitos já estão descritos e cedidos integralmente, mundialmente, para todas as línguas e países, irrevogavelmente, na maioria dos contratos prontos. São negociações que favorecem somente ao comprador da obra, sem deixar qualquer possibilidade de negociação ao autor. Muitos ilustradores já estão mudando este perfil, apresentando seus próprios CCDAs, ou ao menos limitando a utilização das suas imagens invalidando ou acrescentando cláusulas nos contratos prontos. - Por que devo recusar contratos prontos? Porque na sua maioria são contratos que favorecem apenas ao Contratante (cliente) fazendo com que o Contratado (autor) ceda todos seus direitos, permitindo a utilização irrestrita de imagens que deveriam ser usadas com um propósito único, em mídias específicas e por tempo determinado, mas acabam se tornando propriedade do cliente, para todo e qualquer uso. - Como proceder diante de uma quebra contratual? Primeiramente deve haver algum documento que comprove a transação comercial, sua utilização, limitações e que tenha validade fiscal ou jurídica, como o descritivo em uma nota fiscal, orçamento ou contrato de cessão de direitos, assinado pelo cliente. Testemunhas podem ajudar neste caso, mas nada é mais importante que uma prova documental assinada. O segundo passo é a tentativa de uma negociação amigável, dentro do proposto inicialmente, e por fim a contratação de um advogado especializado em Direitos Autorais, para que uma ação de reparação de danos financeiros e/ou morais seja levada adiante. - Como proceder a um litígio sem contrato? A defesa de desacordo comercial, não pagamento, cancelamento ou violação de Direitos Autorais é bastante prejudicada se não houver um documento assinado, como um CCDA, mas a nota fiscal com um descritivo detalhado do trabalho e do objetivo de sua utilização pode ser extremamente útil para a causa. Um orçamento aprovado com a assinatura do cliente e testemunhas também podem fazer uma grande diferença. Sem estes elementos, a causa fica inconsistente, e passa a ser a palavra de um contra a palavra do outro, e é muito difícil se assegurar que possa ser favorável a quem foi prejudicado. Pode até piorar a situação, se a parte prejudicada perder a causa na Justiça, tendo que pagar honorários advocatícios e até mesmo danos morais à parte vencedora. 52 - Como vender uma imagem? Uma imagem não se vende. O que se vende são os direitos de reprodução, por tempo e mídias determinados em um contrato, ou seja, uma imagem pode ser licenciada para publicação ou exibição, mediante pagamento. Este licenciamento não quer dizer que o original pertença ao cliente. Se houver interesse pelo cliente em obter ou manter a obra original, física, esta deve ser comercializada como Obra de Arte, e não como ilustração comercial. - Como autorizar a publicação de uma imagem? O autor deverá formalizar o acordo com o cliente por escrito, autorizando a publicação de sua obra em um contrato. Este documento deverá especificar a natureza e a utilização da obra, o prazo para publicação e circulação, quais os veículos ou mídias em que será publicada; sua abrangência quanto à circulação (municipal, estadual, nacional ou internacional), idioma (se aplicável), valor a receber pelo licenciamento e multa por descumprimento do contrato, e formas de pagamento proporcional ao andamento do trabalho, no caso de cancelamento. - Como compor os valores para um orçamento de ilustração? São diversos fatores que precisam ser considerados antes de se passar um orçamento. Note que o preço não é relativo somente à experiência do artista, à dificuldade técnica, ao tempo de pesquisa, aos materiais artísticos, software ou hardware empregados, nem apenas ao tempo dispendido na execução da obra. Estes fatores são determinantes, sem dúvida, mas a composição de um orçamento deve ser feita levando-se em conta o valor comercial agregado a imagem orçada: - a área coberta pela veiculação (local, estadual, nacional ou internacional) - o tipo e a quantidade de veículos de mídia utilizados (folheto, outdoor, televisão, uniforme, frota de automóveis, sinalização, etc.) - o prazo / período de veiculação - o número de peças e/ou o número de campanhas em que a imagem é utilizada. - o número de cópias produzidas - possibilidade de reutilização futura (nos mesmos veículos de mídia ou em outros) Assim, o valor do orçamento para a cessão de direitos de publicação é relativamente proporcional ao número de pessoas que serão atingidas nesta comunicação visual, e ao tempo em que essas pessoas são expostas à esta informação. - A editora não me paga se eu não ceder integralmente meus direitos patrimoniais, e agora? Quando as empresas ou contratantes obrigam os fornecedores de imagem ou colaboradores a assinarem cessão plena de direitos, estão cometendo o crime de coação. O autor pode recorrer judicialmente contra este ato. - Como proceder se minha imagem for publicada sem crédito ou com nome de outra pessoa? Se a negociação incluir a publicação do crédito, o autor deverá ingressar com uma Ação de Danos Morais contra quem a publicou. 55 - Em qual Tribunal se deve entrar com a Ação? Uma Ação Ordinária Cível poderá ser ingressada no Tribunal de Pequenas causas, se o valor for de até quarenta salários mínimos, ou no Tribunal de Justiça para valores superiores a este. - Quais são as violações de Direitos Autorais mais freqüentes? O plágio é a usurpação da autoria. Casos cometidos de forma inegável são crimes, porque quem o comete mal esconde sua intenção imoral de ferir o direito alheio, seja quem se apropria do reconhecimento da obra alheia, seja dos rendimentos por sua comercialização. Omitir ou trocar os créditos da imagem (quando previamente combinado), além de responder por danos morais, o infrator está obrigado a divulgar- lhe a identidade. Reutilização indevida da imagem. Além de adquirir o direito a um novo pagamento, pela reutilização, e lógico na venda para terceiros, o autor tem direito a, no mínimo, 50% do valor original. Interferir na imagem vazando letras, cortando, alterando, deformando, manipulando, acrescentando ou suprimindo através de qualquer processo sem autorização do autor. Destruir ou sumir com originais é ato criminoso independente de qualquer argumento, além de ferir a legislação, provoca danos à memória nacional. Negar o crédito ao autor da imagem através de manobras creditando-se a entidades, banco de dados, divulgação ou a arquivos é crime, conforme a Lei de Direito Autoral. - O que caracteriza o plágio? Segundo o dicionário Aurélio, plágio é "Assinar ou apresentar como seu, a obra artística ou científica de outrem". A etimologia da palavra ilustra claramente seu significado na nossa profissão: vem do grego (através do latim) plagios, que significa "trapaceiro", "oblíquo". Uma imagem reconhecível, mesmo dentro de outra, mesmo alterada, editada ou digitalizada, apresentada de forma reconhecível, é considerada como plágio, e seus direitos podem ser requeridos pelo legítimo autor a qualquer tempo. A este tipo de violação de Direitos cabe o ressarcimento financeiro pela publicação não autorizada, 100% (ou mais) a título de multa, e outro montante por danos morais. - Quanto tempo se passa até uma obra se tornar de domínio público? Toda obra artística cai em domínio público setenta anos depois da morte do autor. Até que isto aconteça, os direitos patrimoniais pertencem a seus herdeiros. Os direitos morais jamais deixarão de ser do autor. - O que é a Convenção de Berna, e o que ela tem a ver com a Legislação brasileira? No final do século 19, a revolução industrial começou a tomar forma, e surgiu a preocupação dos inventores e dos artistas em preservar a propriedade de suas obras artísticas. Com a industrialização e a conseqüente possibilidade de reprodução das obras em grande escala, os autores (e certamente antes destes, os reprodutores - precursores das editoras) perceberam que o comércio de livros, partituras, esculturas, etc, poderia ser uma grandiosa fonte de renda. Isto não mudou muito de lá para cá, mas voltemos aos fatos históricos. 56 Era preciso criar algum mecanismo de incentivo aos criadores artísticos, para que se motivassem a produzir suas obras, até mesmo porque, sem a criatividade destes, os reprodutores não poderiam obter os lucros que almejavam. A participação do autor no resultado de seu trabalho pareceu uma coisa tão necessária e justa que em setembro de 1886, se realizou em Berna, na Suíça, a Primeira Convenção Internacional sobre Direitos do Autor de Obras Literárias e Artísticas, onde se assinou o primeiro acordo internacional de proteção aos direitos autorais. Durante mais de um século, os termos desse acordo, que é hoje assinado por praticamente todos os países do mundo, vêm sendo aperfeiçoados. A Convenção de Berna já sofreu cerca de dez complementações ou emendas, mas manteve sempre o ideal de proteger as criações do espírito humano. Pela Convenção, o Direito Autoral é um bem inalienável decorrente da criação de obras do espírito humano. O Brasil é signatário e, com base nesse acordo, tem a sua própria legislação. A Lei de Direito Autoral nº 9.610, de 19/02/1998, regula o Direito Autoral no país. As idéias básicas dessa Lei são as seguintes: - Obras intelectuais são as criações do espírito de qualquer modo exteriorizadas. - O autor é sempre pessoa física, e os direitos autorais são bens móveis. - Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra por ele criada. - Os direitos morais são inalienáveis e irrenunciáveis. - Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor de sua obra e depende de sua autorização a reprodução parcial ou integral, a adaptação, a tradução, a inclusão em outras mídias, a distribuição, a utilização mediante reprodução, exposição, etc. - No exercício do direito de reprodução, o autor poderá colocar à disposição do público a obra, na forma, local e pelo tempo que desejar, a título oneroso ou gratuito, de acordo com sua vontade. - Ninguém pode reproduzir ou modificar a obra sem autorização do autor. 57 11- DIREITOS DE REPRODUÇÃO Esta obra pode ser copiada, impressa, publicada, postada, distribuída e divulgada livremente, desde que seja na íntegra, gratuitamente, sem qualquer alteração, edição, revisão ou cortes, juntamente com os créditos aos autores e co-autores. 60 12- ÍNDICE Prefácio ........................................................................................... pag. 2 Atualizações ..................................................................................... pag. 2 Capítulo 1 - INTRODUÇÃO Capítulo 1 - Introdução ...................................................................... pag. 3 Capítulo 2 - O QUE É ILUSTRAÇÃO? Capítulo 2 - O Que É Ilustração? ........................................................ pag. 4 Capítulo 3 - GUIA DO ILUSTRADOR Capítulo 3 - O Princípio da Vida ......................................................... pag. 5 Capítulo 3 - Com Um Pé nas Artes ...................................................... pag. 5 Capítulo 3 - Nivelando Por Cima ........................................................ pag. 5 Capítulo 3 - Do Iniciante ao Estrelato ................................................... pag. 6 Capítulo 3 - Primeiro e Fundamental Mandamento do Ilustrador Iniciante .......... pag. 6 Capítulo 3 - Já Preparei o meu Portfolio. Posso ir em Frente? .................. pag. 6 Capítulo 3 - Existe Vida Antes do Portfolio? .......................................... pag. 6 Capítulo 3 - Preparando o Portfolio ..................................................... pag. 7 Capítulo 3 - Pecado Mortal ................................................................ pag. 7 Capítulo 3 - Cuidado com Portfolio Folclórico ....................................... pag. 7 Capítulo 3 - A Importância da Primeira Ilustração ................................. pag. 8 Capítulo 3 - Uma Dica Bacana ........................................................... pag. 9 Capítulo 3 - Uma Dica Mais Bacana Ainda .......................................... pag. 9 Capítulo 3 - Peças Polêmicas e Outras Esquisitices ................................ pag. 9 Capítulo 3 - E Finalmente: .................................................................. pag. 9 Capítulo 3 - Resumindo ....................................................................... pag. 10 Capítulo 3 - Durante a Entrevista: Comporte-se. Você Está Sendo Observado .... pag. 11 Capítulo 3 - Mostrei a Pasta para Todo Mundo e não Conseguí Nada .... pag. 11 Capítulo 3 - Continuo na Mesma, Mostrei o Portfolio e Não Conseguí Nada .. pag. 12 Capítulo 3 - Há Coisas Que Não se Esquece, Seja Profissional .............. pag. 12 Capítulo 3 - Conseguí Um Trabalho. E Agora? ..................................... pag. 13 Capítulo 3 - Segundo e Fundamental Mandamento do Ilustrador ............ pag. 14 Capítulo 3 - E com o Resto do Pessoal? ............................................... pag. 15 Capítulo 3 - Anuários e Livros de Ilustração .......................................... pag. 15 Capítulo 3 - Cultura Geral .................................................................. pag. 15 Capítulo 3 - Cultura Inútil ................................................................... pag. 16 61 Capítulo 3 - Prá Que Tanta Cultura? Eu Quero é Desenhar .................... pag. 16 Capítulo 3 - Situações a se Evitar a Todo Custo .................................... pag. 16 Capítulo 3 - Muito Empenho no Começo .............................................. pag. 17 Capítulo 3 - Recebí uma Proposta Melhor de Outro Cliente .................... pag. 17 Capítulo 3 - Só me Dão Trabalhos Chatos. O Que Eles Pensam Que Sou? ..... pag. 18 Capítulo 3 - Uma Palavra de Consolo aos Eternos Reclamões ............... pag. 18 Capítulo 3 - Palavras Finais ............................................................... pag. 18 Capítulo 3 - Por Fim .......................................................................... pag. 19 Capítulo 4 - GUIA TÉCNICO Capítulo 4 - As Ferramentas ............................................................... pag. 20 Capítulo 4 - Material Tradicional ....................................................... pag. 20 Capítulo 4 - Material Digital .............................................................. pag. 20 Capítulo 4 - Não Entendí Nada, Afinal Eu Devo Usar Material ............. pag. 21 Capítulo 4 - Não Vejo a Hora de Ilustrar, Mas Quais Sãos as Áreas? .... pag. 22 Capítulo 5 - ORGANIZAÇÃO E TRABALHO Capítulo 5 - Começando na Vida ........................................................ pag. 23 Capítulo 5 - Evite Nota Comprada ...................................................... pag. 23 Capítulo 5 - Investindo na Empresa ..................................................... pag. 24 Capítulo 5 - Contador, o Seu Melhor Amigo ........................................ pag. 24 Capítulo 5 - Saiba Ser Organizado. Tempo é Dinheiro .......................... pag. 25 Capítulo 5 - Criando Um Cronograma ................................................. pag. 25 Capítulo 5 - Eu.com ........................................................................... pag. 26 Capítulo 5 - E o Blog? ....................................................................... pag. 27 Capítulo 5 - Identidade Visual ............................................................ pag. 27 Capítulo 5 - Concursos ...................................................................... pag. 28 Capítulo 5 - Voltando ao Tema da Saúde ............................................. pag. 28 Capítulo 5 - Como Negociar .............................................................. pag. 29 Capítulo 5 - Pequenas Dicas, Grandes Negócios .................................. pag. 29 Capítulo 5 - Etapas ........................................................................... pag. 31 Capítulo 5 - Aprenda a Negociar ....................................................... pag. 31 Capítulo 5 - Diálogo 1 ....................................................................... pag. 32 Capítulo 5 - Diálogo 2 ....................................................................... pag. 34 62
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