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Guias e Dicas
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Ataque a Leningrado, Notas de estudo de Guerras Históricas

2 guerra mundial

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 17/06/2009

erivando-lima-9
erivando-lima-9 🇧🇷

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Baixe Ataque a Leningrado e outras Notas de estudo em PDF para Guerras Históricas, somente na Docsity! A Invasão da Rússia A Invasão da Rússia Batalha de Bialistok Ataque à Leningrado 31 de julho de 1940. Em Berchtesgaden, Hitler mantém uma reunião decisiva com os chefes da Wehrmacht. Finalmente, após longos meses de incerteza, resolveu atacar a Rússia a fim de assegurar de forma definitiva a supremacia da Alemanha na Europa. O Fuhrer expões detalhadamente a seus generais os motivos de sua temerária decisão. A Inglaterra, contra toda a lógica, empenhou-se em continuar na guerra, com a esperança de que num curto prazo também os soviéticos se lançassem contra a Alemanha. Assim, para destruir essa esperança e forçar os britânicos a depor as armas, é necessário derrotar primeiro os russos. Com voz ameaçadora, Hitler exclama: - Não se trata de conquistar territórios! O objetivo é destruir a capacidade da Rússia de existir como nação. A seguir, Hitler expõe, em traços largos, seu plano de ataque. A Rússia deve ser liquidada por meio de uma única e esmagadora investida. Data: maio de 1941. A Wehrmacht dividirá suas forças em duas grandes massas e se lançará ao ataque pelo norte e pelo sul, numa gigantesca manobra de envolvimento, que fechará suas tenazes sobre Moscou. A operação terá que se completar num prazo máximo de 5 meses, a fim de concluir a luta antes da chegada do inverno. Em cumprimento às determinações de Hitler, o general Halder, chefe do Estado-Maior do Exército, iniciou imediatamente o estudo do plano de invasão. De acordo com sua idéia inicial, o centro de gravidade do ataque teria que desenvolver-se em direção a Moscou, apoiado por uma penetração paralela no sul, em direção à cidade de Kiev, capital da Ucrânia. Este plano foi posteriormente substituído por um projeto do general Marcks, a quem Hitler designou como assessor especial para o planejamento. Marcks demonstrou, porém, que a campanha da Rússia não podia ser realizada como Hitler desejava, numa só ação de luta. Os exércitos soviéticos teriam que ser batidos em duas arremetidas sucessivas, a oeste e a leste da linha formada pelo rio Dniéper, situado a 500 km das posições de partida da Wehrmacht, na fronteira polonesa. A enorme extensão do território russo constituía, portanto, o principal obstáculo para a realização de uma “campanha relâmpago”. Enquanto no Estado-Maior completavam-se os estudos do plano de operações sob o comando do general Paulus (que posteriormente, comandou o 6o Exército alemão que foi aniquilado em Stalingrado), procedia-se simultaneamente a reorganização das forças da Wehrmacht. A fim de contar com um número de unidades blindadas, formaram-se 10 novas divisões Panzer (blindadas) equipando-as, em sua maior parte, com tanques das divisões já existentes. Dessa forma, a quantidade de divisões subiu a 20, mas o potencial de cada uma dessas unidades diminuiu de 258 tanques para 196. A força total dos blindados foi aumentada em 1.000 veículos (na Rússia, os alemães empregaram 3.200 tanques contra 2.200 utilizados na campanha contra a França). Em 26 de agosto, Hitler ordenou a primeira mobilização de tropas para o Leste. Dez divisões de infantaria e duas Panzer foram transportadas da França para a Polônia, a fim de formar uma proteção para cobrir a concentração das unidades restantes da Wehrmacht. O Plano No dia 12 de novembro de 1940, chegou a Berlim Vyacheslav Molotov. Ministro das Relações exteriores da Rússia. Hitler e Ribbentrop sustentaram com ele uma série de conferências e lhe ofereceram concretizar um pacto entre a Alemanha, Rússia, Itália e Japão, pelo qual as quatro potências totalitárias firmariam suas respectivas esferas de domínio na Europa, África e Ásia. Em princípio, os russos teriam o direito de assenhorar-se de todos os territórios situados sobre o oceano Índico. O astuto diplomata russo não se deixa convencer pelas vagas propostas de Hitler e definiu claramente as aspirações soviéticas: os Balcãs, a Finlândia e o controle do estreito de Dardanelos. O Fuhrer, encolerizado; pôs fim às negociações e resolveu levar adiante, sem mais delongas, a campanha contra a URSS. No dia 5 de dezembro, Halder apresentou a Hitler o plano elaborado pelo Estado-Maior para a invasão da Rússia. O ataque decisivo seria conduzido em direção a Moscou, a fim de bater o grosso dos exércitos russos que, como se esperava, defenderiam a rota de acesso à capital. Nas duas alas, ao norte e sul, seriam realizados, simultaneamente ataques paralelos, com a missão secundária de cobrir os flancos da penetração central. A Wehrmacht, portanto, dividiria suas forças em três grupos de exércitos. Dois deles, o do norte e o do centro, atuariam no espaço situado entre os extensos pântanos de Pripet e a costa do mar Báltico; o terceiro atacaria o sul dos ditos pântanos, na região da Ucrânia. Halder havia determinado como primeiro objetivo da campanha, o aniquilamento de todas as forças soviéticas, calculadas numas 200 divisões, situadas entre a fronteira e a linha dos rios Dniéper e Duína. Com isso calculava-se conseguir a destruição da parte principal do exército russo. Em continuação, a Wehrmacht prosseguiria seu avanço para o leste a fim de eliminar os últimos restos das forças soviéticas, cujo núcleo mais importante esperava-se encontrar na frente de Moscou. Os grupos de exército seriam precedidos no ataque por poderosas formações blindadas, cuja missão seria penetrar profundamente e com rapidez na retaguarda, com a finalidade de criar condições para a completa destruição dos exércitos russos numa série de grandes batalhas de cerco. As unidades de infantaria avançariam em marchas forçadas atrás dos tanques, para tomar a seu encargo o envolvimento e deixar em liberdade as Guarnições Blindadas para que estas continuassem sem interrupção sua penetração no Leste. Hitler, após escutar atentamente a exposição de Halder, declarou que uma vez alcançada a linha do Dniéper, devia ser prevista a transferência do centro da gravidade do ataque para o norte, a fim de apoiar com as unidades blindadas do grupo central a ação das forças encarregadas da ocupação da costa do Báltico. A seguir, acrescentou que a ocupação de Moscou não era, a seu ver, da maior importância. O marechal Brauchitsch tentou rebater este argumento, mas teve que se calar, diante da reação colérica do ditador. Foi assim que surgiu, desde o primeiro momento, uma profunda divergência entre Hitler e os chefes do exército no que dizia respeito aos objetivos finais da campanha. Este desentendimento teria, futuramente, funestas conseqüências para a Wehrmacht. No dia 18 de dezembro de 1940, Hitler assinou a Determinação n° 21, que ordenava a invasão da Rússia. O documento, em código, tinha o nome de “Barbarrossa” escolhido pelo próprio Fuhrer. Neste plano, determinava-se de forma detalhada o planejamento de operações de Hitler. O grupo de exércitos “Centro” depois de cumprir sua missão a oeste do Dniéper, devia destacar “partes importantes das tropas rápidas para o norte, a fim de cooperarem com o grupo de exércitos norte, que operará da Prússia Oriental em direção a Leningrado, aniquilando as forças inimigas que lutam na região báltica”. O ataque principal, portanto, não teria lugar em direção a Moscou. Hitler especificava expressamente: “Logo após haver assegurado esta tarefa de máxima prioridade, à qual se deve seguir a ocupação de Leningrado e Kronstadt, continuarão as operações ofensivas para ocupar o importante centro de comunicações e de indústria de guerra de Moscou”. Brauchitsch e Halder não se atreveram a contradizer novamente o Fuhrer e acataram sem discussão suas determinações, na esperança, de que, uma vez iniciadas as operações, Hitler se convenceria por si mesmo da necessidade de voltar todo o peso do ataque contra Moscou e não contra Leningrado. A fim de facilitar essa mudança de atitude, Halder, ao estabelecer, em 31 de dezembro, a distribuição definitiva das forças entre os três grupos de exército, acrescentou ao grupo “Norte” uma poderosa massa de 26 divisões de ataque (três blindadas, três motorizadas e 20 de infantaria), para que pudesse cumprir de forma autônoma, sua missão, sem receber o apoio das unidades blindadas do grupo “Centro”. A Wehrmacht prepara o ataque Na véspera da invasão à Rússia, a Wehrmacht encontrava-se no apogeu do seu poderio. As repetidas e extraordinárias vitórias obtidas desde o início da guerra, havia rodeado o exército alemão de uma auréola de invencibilidade que se traduzia na cega confiança de seus chefes, oficiais e soldados na própria superioridade sobre qualquer adversário. Não é de estranhar, portanto, que Hitler estivesse plenamente convencido que conseguiria aniquilar o exército russo, desacreditado na recente e sangrenta guerra contra a pequena Finlândia, em questão de 5 ou 6 semanas. infantaria. Guderian rebateu energicamente seus argumentos e frisou que os preparativos para o ataque já estavam em tão adiantado estágio que não podiam suspender as operações. Von Kluge, enfurecido, teve, finalmente, que dar seu consentimento ao ataque. Mas, antes de se retirar, disse, com amargura, a Guderian: - Todas as suas operações pendem sempre por um fio de seda! Avanço no Norte O Grupo de Exércitos “Norte”, do marechal von Leeb iniciou suas operações com um retumbante êxito das unidades blindadas. O 56o Corpo Blindado, comandado pelo general von Manstein, terminou, na noite de 21 de junho, sua concentração nos bosques situados sobre a fronteira. Sem deter sua marcha, os tanques de Manstein arremetiam a toda velocidade para a cidade de Dunaburgo, a fim de capturar intactas as pontes que, naquela localidade cruzam o rio Duína. Combatendo encarniçadamente, os blindados alemães, abriram caminho através das unidades russas que se opunham ao avanço. Finalmente, às 8:00 do dia 26 de junho, os tanques de vanguarda da 8a divisão blindada, penetraram inesperadamente em Dunaburgo e, com um golpe audacioso, tomaram as pontes. Em quatro dias, e sem deixar de combater, os blindados de Manstein haviam percorrido mais de 300 km. Manstein apressou-se em continuar o avanço para o norte, a fim de aproveitar a confusão que sua fulminante penetração havia provocado entre as forças soviéticas. No entanto, o temerário projeto foi frustrado por uma ordem imperativa do Alto-Comando. Devia permanecer em Dunaburgo, guardando as pontes até que se incorporasse o 41o Corpo Blindado e parte das forças de infantaria do 16o exército, que ainda se achavam ao sul, combatendo com os russos. Ao ficar imobilizado em Dunaburgo, o 56o Corpo Blindado foi rapidamente atacado por forças russas que convergiam de todas as direções; contudo, os aviadores russos fizeram desesperados esforços para destruir as pontes do Duina, mas chocaram-se contra a barreira do fogo antiaéreo alemão e sofreram terríveis perdas sem conseguir seu objetivo. No dia 2 de julho, os blindados de Manstein se incorporaram às unidades restantes da 4o Grupamento Blindado que, conduzida pelo general Hoeppner, deu início à marcha para Leningrado. O avanço, no entanto, tornara-se muito mais difícil, pois os russos, aproveitando a pausa de seis dias que lhes haviam dado a parada dos tanques alemães em Dunaburgo, haviam-se entrincheirado fortemente ao longo da estrada. Sustentando violentos combates, a Guarnição de Hoeppner aproximou-se da margem meridional do lago Peipus. Hoeppner decidiu, então, separar novamente suas forças e ordenou a Manstein que se desviasse para o oeste, a fim de cair sobre as costas das forças russas que supunha localizados junto ao lago Peipus. As divisões de Manstein foram, porém, desembocar numa região pantanosa que bloqueou por completo seu avanço e tiveram que renunciar à manobra de cerco. Chegara o momento de iniciar o ataque em direção a Leningrado, com todos os elementos blindados da 4a Guarnição Panzer. O general Hoeppner, porém, dividiu outra vez suas forças. O 41 o Corpo Blindado continuou o avanço para Leningrado e o 56 o Corpo Blindado de Manstein partiu em direção à estrada que liga aquela cidade à Moscou. As duas investidas careceram, porém, de potência para quebrar a obstinada resistência dos soviéticos e o avanço alemão estacionou. Os russos detêm Von Rundstedt Ao sul dos pântanos de Pripet, diante do grupo de exércitos de von Rundstedt, os russos concentraram quatro poderosos exércitos e o grosso de suas forças blindadas. Era nesse setor da frente que o Alto-Comando soviético pensava que os alemães iam desenvolver seu ataque principal. Por esta razão, a 1 a Guarnição Blindada, de von Kleist, ao tentar romper, chocou-se com uma massa de mais de 2.500 tanques soviéticos. Os exércitos russos, comandados pelo hábil general Kirponos, desataram uma série de violentos contra- ataques sobre a mesma fronteira, pondo na luta, todas as suas reservas e conseguiram impedir a penetração alemã até 27 de junho. Nesse dia, Kirponos irrompeu, finalmente, a sangrenta batalha e avançou paulatinamente com suas dez divisões. No dia 30 de junho, as tropas do 17o exército do general Stulpnagel, conseguiram tomar a cidade de Lemberg e a resistência russa começou a ceder. Imediatamente, a 1 a Guarnição Blindada redobrou seus ataques, e, no dia 5 de julho, conseguiu romper as fortificações da linha Stalin, apoderando-se, no dia 7, da cidade de Berdichev e, no dia 9, de Shitomir. Estas localidades dominavam a rota de avanço para Kiev. Para esta cidade marchou velozmente a 13a divisão blindada. Nessas circunstâncias, interveio Hitler e, mediante uma ordem categórica, proibiu o emprego de tropas blindadas na conquista de Kiev. Dois dias mais tarde, outras divisões blindadas alemães se aproximaram a poucos km da cidade e, ali, em cumprimento à ordem do Fuhrer, detiveram a sua marcha. Perdeu-se, assim, a oportunidade de conquistar Kiev e vadear o Dniéper por meio de um golpe das unidades blindadas. Isto teria decisiva influência no futuro desenrolar da campanha, pois permitiu aos russos construir em torno de Kiev uma forte posição defensiva que deteve o avanço do Grupo de Exércitos “Sul”. De 10 a 14 de julho, os russos realizaram desesperados esforços para quebrar a cunha introduzida em suas linhas pela 1a Guarnição Blindada, e lançaram na luta mais de 20 divisões apoiadas por fortes unidades de tanques. Os alemães, entretanto, conseguiram finalmente esgotar a potência da investida russa e começaram a continuação de um movimento de envolvimento para o sul, a fim de cercar todos os exércitos russos que ainda combatiam ao oeste do Dniéper. Dessa maneira, em princípios de julho de 1941, a Wehrmacht no norte, centro e sul da URSS, deu por terminada a sua penetração, como dispositivo defensivo que se estendia ao longo das fronteiras. Chegava agora o momento de iniciar as batalhas decisivas nas quais seria aniquilado o grosso dos exércitos russos. Inglaterra e Estados Unidos apóiam a Rússia A invasão da União Soviética pelos alemães não surpreendeu Churchill. O líder inglês, já em fins de março de 1941, tinha chegado à conclusão, baseado nos informes do seu serviço de inteligência e referentes à crescente concentração das forças da Wehrmacht no leste da Europa, que Hitler se propunha lançar seus exércitos em um ataque maciço contra a URSS. Portanto, em 3 de abril de 1941, enviou uma mensagem a Stalin, por meio de seu embaixador em Moscou, Sir Sttaford Cripps, colocando-o de sobreaviso sobre a verdadeira natureza dos deslocamentos das forças germânicas na Polônia, Romênia e nos Balcãs. Anthony Eden, Ministro inglês das Relações Exteriores, anexou ao telegrama enviado a Cripps uma extensa nota que incluía uma frase definitiva: “O que queremos que eles (os russos) compreendam, é que Hitler propõe-se atacá-los cedo ou tarde, se puder fazê-lo, e que o fato de se encontrar em luta conosco não é um obstáculo suficiente para impedi-lo..” Uma série de mal-entendidos fez que Cripps entregasse a nota no dia 19, com considerável atraso. A mensagem chegou às mãos de Stalin, mas este, por meio de seus subordinados, limitou-se a acusar o recebimento da nota, sem dar uma resposta concreta. Apesar da indiferença do líder russo, Churchill resolveu dar os passos iniciais para concretar uma ação conjunta com os Estados Unidos em apoio à URSS. No dia 15 de junho de 1941, enviou uma mensagem ao Presidente Roosevelt, comunicando-lhe seus temores sobre o iminente ataque alemão à Rússia. Na nota dizia: “Em caso de que esta nova guerra estoure, nós, certamente, daremos todo o alento e a ajuda que possamos proporcionar aos russos, seguindo o princípio de que Hitler é o inimigo que devemos derrotar”. Roosevelt, concordando inteiramente com os conceitos de Churchill, enviou sua resposta, por meio do seu embaixador em Londres, John Gilbert Winnat. Este viajou de Washington até a capital inglesa e no dia 20 de junho encontrou-se com Churchill, comunicando-lhe que Roosevelt tinha expressado sua promessa de que se os alemães atacassem a Rússia daria imediatamente e em forma pública seu apoio a qualquer alerta que desse o primeiro-ministro inglês, declarando a Rússia como integrante do conjunto aliado. Chegamos assim ao dia 22 de junho de 1941. Nas primeiras horas da manhã, Churchill recebe a notícia da invasão da URSS pelos alemães. Sem vacilar, o líder inglês ordenou a seus subordinados que anunciassem ao país que essa noite, às 21:00, dirigiria uma mensagem sobre os acontecimentos. Em seu discurso, Churchill não ocultou sua velha militância anticomunista, dizendo: “Ninguém tem sido um opositor mais firme ao comunismo do que eu fui nos últimos 25 anos. Não apagarei uma só palavra das que pronunciei sobre o mesmo. Mas tudo isso se desvanece ante o espetáculo que agora se está vislumbrando. O passado, com seus crimes, suas loucuras e suas tragédias se extingue... Todo homem ou Estado que lute contra o nazismo terá nossa ajuda. Todo homem ou Estado que marche com Hitler é nosso inimigo... Essa é nossa política e essa é nossa declaração. Assim, daremos toda a ajuda que possamos à Rússia e ao povo russo. Solicitamos a todos os nossos amigos e aliados, de todas as partes do mundo, que empreendam o mesmo caminho e o sigam como faremos nós, fiel e inamovivelmente até o fim”. A declaração de Churchill não encontrou eco imediato na URSS. Só alguns parágrafos apareceram no Pravda, sem comentários. O primeiro-ministro inglês, no entanto, não desanimou ante a fria acolhida e no dia 7 de julho enviou uma mensagem pessoal a Stalin, comunicando-lhe que a Inglaterra prestaria toda a ajuda que pudesse dar à Rússia. Stalin, entretanto, entrevistou-se com o Embaixador Sttaford Cripps e discutiu com ele a possibilidade de formar um acordo de ajuda mútua e um compromisso que obrigasse às nações aliadas e não assinar a paz com a Alemanha, por separado. Churchill deu imediata aprovação ao projeto de Stalin. A assinatura do acordo foi realizada em 12 de julho. ANEXO O Plano “Barbarrubra” O Fuhrer e comandante-supremo da Wehrmacht. OKW/WFST/Seção L (I) n° 33 408/40. QG do Fuhrer, 18 de dezembro de 1940. Ordem n° 21. Operação “Barbarrubra” A Wehrmacht alemã deve estar preparada para, inclusive, antes do término da guerra contra a Inglaterra, aniquilar a URSS no curso de uma rápida campanha (operação Barbarrubra). O exército deverá colocar à disposição deste plano todas as unidades com que conta, com as limitações impostas pelas necessidades de manter protegidas contra surpresas as regiões ocupadas. A Luftwaffe se incumbirá de liberar forças tão potentes durante a campanha do Este, para o apoio do exército e para que se possa contar com uma rápida evolução das operações terrestres, e se reduzir ao mínimo os danos contra as regiões da Alemanha oriental e eliminar os ataques aéreos inimigos. A formação do ponto de gravidade do Este terminará quando todas as zonas de luta e de fabricação de armamento, ocupadas por nós, estejam suficientemente protegidas contra os ataques aéreos, sem que por isto cessem as ações bélicas contra a Inglaterra, de modo especial contra as suas vias de abastecimento. A ordem de desdobramento contra a URSS será dada por mim, oito semanas antes que comecem as operações previstas. Os preparativos que requeiram um prazo de tempo mais longo, no caso de que ainda não tenham sido previstas, deverão ser estudados a partir de já, e terminados antes do dia 15 de maio de 1941. Os altos-comandos devem começar seus preparativos sobre as seguintes bases: 1. Objetivo geral: A massa do Exército russo destinado à Rússia ocidental deverá ser aniquilada no curso de ousadas operações, fazendo avançar cunhas blindadas e impedindo, ao mesmo tempo, a retirada de unidades de combate para o interior da Rússia. Numa rápida perseguição, deve-se alcançar uma linha na qual a aviação russa não possa atacar o território alemão. O objetivo final das operações é a proteção contra a Rússia asiática, partindo da linha geral Volga-Arcanjo. Adolf Hitler Distribuição das forças russas Fronteira Russo-finlandesa: Três exércitos: 7o, 14o e 23o, sob o comando do Tenente-General Popov Região do Báltico: Três exércitos: 8o, 11o e 27o, de reserva sob o comando do General Kuznetsov. Na véspera da ofensiva alemã, os trabalhos de fortificação não estavam terminados e o desdobramento dos 13o e 11o exércitos não se tinha concluído. Somente uma divisão do 8o exército e três divisões do 11o cobriam a fronteira. Região Oeste: Três exércitos: 3o, 4o e 10o, sob o comando do general Pavlov. Os efetivos dos três exércitos se encontravam ainda em período de instrução e apenas algumas unidades defendiam a fronteira. Região de Kiev: Três exércitos: 5 o, 6o e 26o, sob o comando do general Kirponos. As divisões estavam aquarteladas a uma distância que oscilava entre 5 e 40 km da fronteira. As unidades mecanizadas achavam-se ainda mais atrás, entre 40 e 120 km da fronteira. Região de Odessa: Um exército: o 9º Algumas divisões de reserva. Tudo sob o comando do General Tiuleniev. Diante do dispositivo ofensivo da Wehrmacht, o Exército Vermelho enfileirava umas 76 divisões de infantaria, 4 divisões blindadas, 24 de cavalaria e 13 corpos mecanizados (composto de uma brigada cada um). Pouco depois de iniciada a invasão alemã, o alto-comando russo procedeu a uma nova agrupação de forças. Foram criados três grandes comandos sob a chefia dos marechais Voroshilov, Timoschenko e Budieni, que, respectivamente, tomaram a seu cargo a direção dos exércitos russos no norte, centro e sul do país. O vôo de Rudolf Hess Na noite de 10 de maio de 1941, o comodoro Adolf Galland, chefe do grupo de caça 26 da Luftwaffe, recebeu um intempestivo chamado telefônico do marechal Goering: - Deve levantar vôo imediatamente com todo o seu grupo! - gritou Goering, do outro lado da linha. - Hess enlouqueceu e está voando para a Inglaterra, num Messerschmitt 110. Precisa derrubá-lo! Imediatamente Galland transmitiu a seus subordinados ordens para que interceptassem o aparelho de Hess. As esquadrilhas levantaram vôo e, durante horas, patrulharam sem resultado o espaço aéreo em torno das costas da Inglaterra, sem achar o rastro do Messerschmitt. A presa tinha conseguido escapar.
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