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Apostila de alinhamento, Notas de estudo de Administração Empresarial

Alinhamento entre eixos

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 09/04/2009

venilton-franca-8
venilton-franca-8 🇧🇷

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Baixe Apostila de alinhamento e outras Notas de estudo em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity! DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 2 ÍNDICE 1. Introdução .................................................................................................................................................. 3 2. Tipos de acoplamentos e características ..................................................................................................... 4 2. 1. Acoplamentos rígidos ......................................................................................................................... 4 2. 2. Acoplamentos flexíveis ........................................................................................................................ 4 2. 3. Acoplamentos de compensação .......................................................................................................... 5 3. Ferramentas e acessórios ........................................................................................................................... 5 4. Variáveis de alinhamento ............................................................................................................................ 6 5. Alinhamento de montagem ......................................................................................................................... 6 5. 1. Introdução ........................................................................................................................................... 6 5. 2. Nivelamento de base de sustentação do motor .................................................................................... 6 5. 3. Jogo longitudinal do eixo do motor ....................................................................................................... 7 5. 4. Fatores radial e axial ............................................................................................................................ 7 5. 5. Ovalização e empenamento dos acoplamentos e eixos ....................................................................... 8 5. 6. Medição radial ...................................................................................................................................... 11 5. 6. 1. Centro do acoplamento A, abaixo do centro do acoplamento B ............................................................. 11 5. 6. 2. Centro do acoplamento A, acima do centro do acoplamento B .............................................................. 11 5. 6. 3. Acoplamento “A” desalinhado lateralmente em relação ao acoplamento “B” .......................................... 12 5. 6. 4. Caso prático medição radial .................................................................................................................. 12 5. 6. 5. Desalinhamento radial duplo................................................................................................................. 13 5. 7. Medição axial ....................................................................................................................................... 14 5. 7. 1. Desalinhamento axial vertical ................................................................................................................ 15 5. 7. 2. Desalinhamento axial horizontal ............................................................................................................ 17 5. 7. 3. Caso prático medição axial .................................................................................................................. 18 5. 8. Desalinhamento axial duplo e radial duplo ........................................................................................... 20 6. Método de Alinhamento Reverso ................................................................................................................. 23 7. Alinhamento de máquinas quentes .............................................................................................................. 26 DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 3 8. Método de Alinhamento a laser..................................................................................................................... 27 9. Torque de aperto em parafusos e chumbadores.......................................................................................... 29 10. Tabela de torque em parafusos para alguns materiais................................................................................ 30 11. Procedimento do Alinhamento .................................................................................................................... 31 1. INTRODUÇÃO DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 6 • Hidráulicos: usados em transportadores de correia, carregadores, máquinas sujeitas a sobrecargas e paradas bruscas. Com características semelhantes ao de engrenagem, acrescida a capacidade de limitação da transmissão da sobrecarga (por escorregamento). • Fricção: aplicados em máquinas com necessidade de proteção à sobrecarga, por escorregamento. Existem ainda uma enorme gama de uniões de transmissões, que são usadas onde os acoplamentos convencionais não poderiam atender as necessidades. Citamos alguns: cruzetas, cardãs, juntas homocinéticas (acoplamentos articulados de velocidade angular constante), catracas, acoplamentos uni-direcionais, embreagens eletromecânicas, hidráulicas, pneumáticas, etc. 3. FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS Dispositivos: • Suporte para colocação de relógios (braçadeiras). Dispositivo construído de acordo com as formas, tamanho e local a ser instalado. Deve ser o mais rígido possível. • Suporte universal com base magnética. Dispositivo padronizado de fácil instalação, boa rigidez e versatilidade. • Suporte universal flexível com base magnética. Dispositivo padronizado de fácil instalação, permite mudança rápida de posição, porém, deve-se atentar muito para as condições das articulações. Relógios comparadores: • Dos vários tipos existentes, são mais usados os de cursor e os de apalpador. A precisão varia entre 0,01 e 0,001 mm, sendo normalmente usado o de 0,01 mm. • O relógio tipo cursor é usado tanto na radial como na axial, com curso normalmente de 10 mm. • O tipo apalpador tem curso normalmente de 1mm, o que limita sua aplicação. Tem a vantagem de facilitar o posicionamento, para as leituras axiais. Ferramentas: • bloco padrão, • apalpador de folga, • micrômetro, • paquímetro, • nível de precisão, • alavanca para giro dos eixos (de corrente ou lona), • lanterna, • espelho, • chaves de aperto, • torquímetro. 4. VARIÁVEIS DE ALINHAMENTO Como auxílio didático, trataremos do alinhamento como sendo executado entre motores e redutores. Alguns itens devem ser observados no alinhamento, para garantir a qualidade do mesmo. Antes de iniciarmos a leitura, verificamos: • nivelamento e alinhamento da base do motor e redutor, • ovalização dos acoplamentos, • empenamento dos eixos, • folga axial do eixo do motor e do redutor, • rigidez dos dispositivos de deslocação (macaquinhos), • rigidez do suporte dos relógios, • condição dos relógios comparadores (movimento livre do cursor e deslocamento contínuo do ponteiro), DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 7 • paralelismo dos calços finos na espessura, • cotas dimensionais dos círculos descritos pelas pontas dos cursores e distâncias entre os furos da base do motor e centro vertical da face do acoplamento, • torque correto dos parafusos de fixação do motor e do redutor. 5. ALINHAMENTO DE MONTAGENS   Alinhamos uma máquina à outra, considerando uma delas como referência, ou seja, que já esteja na posição de trabalho conforme projeto. Instalamos dispositivos simples e provisórios para deslocar o motor na lateral, vertical e axial, de acordo com a correção exigida. O fator principal para quem executa o alinhamento, é a calma e o raciocínio espacial, mesmo em trabalho de emergência. Estes fatores observados darão melhores resultados que a correria por tentativa. Consideramos um bom alinhamento, quando se consegue precisão entre 0,03 e 0,05 mm. O método de alinhamento aqui descrito refere-se à máquinas frias, isto é, em que a temperatura de trabalho não exceda em 10ºC a temperatura na qual o acoplamento foi alinhado. Em máquinas quentes, deve-se fazer uma verificação após atingir a temperatura de trabalho, para observar o comportamento da máquina, e se necessário fazer-se a correção pelo mesmo método. Nestes casos, os fabricantes podem fornecer instruções específicas para a máquina, por conhecerem o seu comportamento através de experiência, ensaio e cálculo. Muitas vezes, as temperaturas consideradas no projeto, são diferentes das temperaturas realmente observadas nas condições de operação das máquinas, necessitando recalcular as dilatações, mudando o padrão de alinhamento a frio.          A base de sustentação do motor pode ser pré-alinhada e pré-nivelada com topografia, ficando apoiada em conjuntos de calços tipo cunha, que permitem levantar a base em até 1 mm. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 8 É feita aconcretagem dos chumbadores, e após cura, faz-se o nivelamento e alinhamento final da base. Para o nivelamento, usa-se nível de precisão de 0,02 mm/m, apoiado em bloco padrão, nas direções longitudinal e transversal da base. A direção longitudinal (paralela ao eixo do motor) tem grande influência no alinhamento dos acoplamentos, pois um desnivelamento da base nesta direção, dificultará o assentamento dos calços finos, por formação de ângulo obtuso entre a base do motor e a base de sustentação. O aperto nos parafusos chumbadores não deve ser usado como recurso de nivelamento, com riscos de concentrar tensões elevadas nos mesmos, por excesso de solicitação. O nivelamento deve ser checado, após aperto correto dos chumbadores. 5. 3. Jogo longitudinal do eixo do motor Jogo longitudinal no eixo do motor A distância f entre a ponta do eixo do motor e a ponta do eixo do redutor, é determinada pelo projetista, porém, havendo jogo longitudinal do eixo do motor (para que o rotor se assente no seu centro magnético naturalmente), este deve ser considerado, dividindo-se o jogo, como mostra a figura acima. Este jogo pode atrapalhar na hora do alinhamento, portanto, colocar a distância em “f + J/2” ou “f - J/2”, para fazer o alinhamento e conferir esta medida, a cada leitura do relógio, para evitar que a trajetória do ponteiro do relógio seja em espiral. Este é o primeiro procedimento para o alinhamento propriamente dito.  !        Usamos dois relógios comparadores para medir o alinhamento, sendo um instalado radialmente em relação ao eixo de alinhamento (LC - Linha de Centro), e outro axialmente ao mesmo eixo. Se a ponta do cursor do relógio está posicionada num raio Rc, maior que Ra, então, com a rotação do acoplamento A, a ponta do cursor descreverá o círculo C. Se posicionada num raio Rd, menor que Ra, descreverá o círculo D. Repare que C e D são concêntricos, na mesma linha de centro axial de A. Da mesma maneira acontece para o relógio na posição axial. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 11 contra-partida, a rotação dos eixos juntos, não permite perceber se há empenamento do eixo e/ou do acoplamento. Não haverá registro no relógio desta falha, ficando zerado se os eixos estiverem centralizados. Por isso, torna-se muito importante checar o empenamento e ovalização antes do início do alinhamento. Eixo empenado, porém centralizado Portanto, a melhor solução é checar o empenamento e ovalização, e fazer a medição de alinhamento com rotação dos eixos juntos. Acoplamento empenado, com eixos centralizados DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 12 Posições para verificação do empenamento e ovalização $%    5. 6. 1. Centro do acoplamento A, abaixo do centro do acoplamento B O circulo C representa a trajetória imaginária da ponta do cursor do relógio. O contorno do acoplamento B, representa a trajetória real da ponta do cursor. As trajetórias não coincidem devido à excentricidade e. A cota I é a indicação no relógio de quanto o cursor se deslocou naquele ponto, em relação ao ponto onde foi zerado. e = Rc - Rb I = Rc - (Rb - e) I = Rc - Rb + e como Rc - Rb = e, então: I = e + e, Portanto, a indicação no relógio é duas vezes a excentricidade. 5. 6. 2. Centro do acoplamento A, acima do centro do acoplamento B DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 13 O círculo D é a trajetória imaginária. O contorno do acoplamento B é a trajetória real. A cota I é indicada no relógio, mostrando o deslocamento do cursor, que é em sentido contrário ao exemplo anterior. e = Rb - Rd I = Rb - (Rd - e) I = Rb - Rd + e como Rb - Rd = e, então: I = e + e 5. 6. 3. Acoplamento A desalinhado lateralmente em relação ao acoplamento B e = Rc - Rb I = Rc + e - Rb I = Rc - Rb + e como Rc - Rb = e, então: I = e + e 5. 6. 4. Exemplo Prático MEDIÇÃO E CORREÇÃO DO DESALINHAMENTO RADIAL OU PARALELO • Correção do desalinhamento radial no plano vertical DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 16 Se o sinal da correção Kh for positivo, deve-se deslocar a traseira do motor para a direita, e se negativo, para a esquerda. Se o sinal da correção Kv for positivo, deve-se deslocar a traseira do motor para cima, e se negativo, para baixo. Kh e Kv, representam os valores das correções que devem ser feitas no relógio, e não na base do motor, isto é, são indicações de quanto deve-se movimentar o acoplamento, naquele ponto, porém, o movimento da base do motor e diferente. Obs: Convenção válida para montagem do relógio comparador conforme figura acima 5. 7. 1. Desalinhamento axial vertical Avx = correção axial vertical em x, Avy = correção axial vertical em y, ∆t = cota que somada a Av completa os catetos opostos a α Kv b d = − 2 DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 17 d = diâmetro do circulo onde está ajustada a ponta do relógio, t = distância entre o centro do alinhamento e a base do motor, m = distância entre a fixação dianteira da base e a linha vertical de centro do acoplamento, n = distância entre a fixação traseira e dianteira da base do motor, α = desalinhamento angular vertical do acoplamento. Os triângulos 012, 345 e 367 são triângulos retângulos, e têm o mesmo ângulo agudo α, logo, vale a proporcionalidade dos lados, pois os triângulos são semelhantes, portanto: ( ) Kv d Avy t m n Avx t m/ 2 = + + = +∆ ∆ ∆t t t= − .cosα ∆t t= −. ( cos )1 α tg Kv d Kv d α = = / . 2 2 ∴ α = arctg Kv d 2. ( ) 2.Kv d Avy t m n = + + ∆ A fórmula II é completa, porém, podemos fazer uma simplificação da fórmula I, pois cos α é muito próximo de 1, tornando ∆t muito pequeno: Avy Kv d m n t= + − − 2 1 0 999 . .( ) .( , ) • Comparação de erro num exemplo prático d = 300 mm α = arctg Kv d 2. Kv = + 0,10 mm m = 400 mm α = arctg 2 0 10 300 . , n = 1000 mm t = 700 mm α = °0 03819, Pela fórmula completa II: Avy = + − − ° 2 0 10 300 400 1000 700 1 0 03819 . , .( ) .( cos , ) Avy Kv m n d = +2. .( ) DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 18 Pela fórmula simplificada III: Avy = +2 0 10 400 1000 300 . , .( ) Portanto, uma diferença de 0,0001 mm, que é desprezível em se tratando de espessura de calços. Da mesma maneira é feito para o ponto x: 2.Kv d Avx t m = + ∆ 2. . Kv d m t Avx− =∆ Avx Kv m d t= − − 2 1 . . .( cos )α Simplificando: Avx Kv m d = 2. . 5. 7. 2. Desalinhamento axial horizontal Avy mm= +0 9332, Avy mm= +0 9333, DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 21 Obs.: Para a montagem do relógio conforme Figura 01 deveremos calçar a máquina 1 nas medidas acima. • Correção do desalinhamento angular no plano horizontal Somando algebricamente (-0,2 mm) aos valores mostrados na Fig. 1, temos: + 0,2 - 0,2 = 0 (para a horizontal - direita) - 0,6 - 0,2 = - 0,8 mm (para a horizontal - esquerda) Então, como o ponteiro do relógio saiu 0,8 mm na face horizontal esquerda do cubo da máquina (2), isto indica que no plano horizontal esta face está afastada 0,8 mm da face correspondente do cubo da máquina (1). Entrentanto, como as medidas são relativas e pretendemos alinhar deslocando a máquina (1), este desalinhamento pode ser ilustrado conforme mostra a figura 3 e corrigido de acordo com os valores a seguir calculados. Planta Figura 3 Então: Kh = a - c = + 0,2 - (- 0,6) ∴Kh = - 0,4 2 2 Ahx = 2 . Kh. m = 2. 0,4 . 200 Ahx = 0,8 mm d 200 Ahy = 2 . Kh . (m + n) = 2 . 0,4 . 800 Ahy = 3,2 mm d 200 Obs.: De acordo com a montagem da figura 1 devemos deslocar para a esquerda. '(   )        *      +, -   É o que normalmente encontramos na prática. Uma vez feita a leitura radial e axial, podemos fazer a correção de uma só vez, isto é, deslocar a base do motor na horizontal e/ou na vertical, de modo que corrija simultaneamente os desalinhamentos radial e axial, denominado método diâmetro-face. As vantagens deste método de medição são: • apenas um eixo pode ser movido durante o alinhamento, DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 22 • é muito utilizado em casos de acoplamentos de grande diâmetro, nos quais os eixos são muito próximos, • neste método as variações dos eixos são de fácil visualização, • o operador tem o controle dos valores axiais e radiais. As desvantagens são relacionadas com a medição na posição axial no eixo, que podem sofrer influências relativas ao estado mecânico da máquina como por exemplo folgas de rolamentos, acoplamentos e defeitos de acabamento superficial na face do acoplamento. MÉTODO DIÂMETRO FACE Correção total horizontal: Chy = Ahy + Rh Chx = Ahx + Rh Correção total vertical: Cvy = Avy + Rv Cvx = Avx + Rv A correção simultânea é utilizada após ter-se adquirido boa experiência. Antes disso, sugerimos o método de alinhamento primeiro na radial e depois na axial, aplicando as fórmulas separadamente. Exemplo 1: d = 220 mm, m = 600 mm, n = 1200 mm Rh a c = − 2 Rv b d = − 2 b c d a b a d c DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 23 Rh = − −0 0 4 2 ( , ) Rv = − − −0 2 0 6 2 , ( , ) Kh a c = − = − − 2 0 0 6 2 ( , ) ∴ = +Kh 0 30, Kv b d = − = − − 2 0 8 0 9 2 , ( , ) ∴ = +Kv 0 85, Ahy Kh m n d = + = +2 2 0 30 600 1200 220 . .( ) . , .( ) Ahx Kh m d = = 2 2 0 30 600 220 . . . , . Avy Kv m n d = + = +2 2 0 85 600 1200 220 . .( ) . , .( ) Avx Kv m d = = 2 2 0 85 600 220 . . . , . hy = Ahy + Rh = 4,91 + 0,20  Chy = + 5,11 mm Chx = Ahx + Rh = 1,63 + 0,20  Chx = + 1,83 mm Cvy = Avy + Rv = 13,91 + 0,20  Cvy = + 14,11 mm Cvx = Avx + Rv = 4,63 + 0,20  Cvx = + 4,83 mm Rh = + 0,20 Rv = + 0,20 Ahy = + 4,91 Ahx = + 1,63 Avy = + 13,91 Avx = + 4,63 DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 26 Figura 1 • Alinhamento no plano vertical A leitura A mostra que a reta da linha de centro da máquina A na posição medida está doze centésimos de mm abaixo da reta da máquina B, enquanto que a leitura B mostra que a máquina B na posição medida está dezesseis centésimos de mm acima da máquina A. Combinando estas duas informações podemos traçar a Fig. 2 que permite calcular as devidas correções no plano vertical, considerando-se que pretendemos alinhar movendo a máquina B. Vista Lateral Figura 2 a = c b d ( 0,16 - 0,12) = (x1 - 0,12) x1 = 0,27 mm 300 (800 + 300) Máq. (A) Máq. (B) DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 27 (0,16 - 0,12) = (y1 - 0,12)__ y1 = 0,44 mm 300 (300 + 800 + 1300) Logo, x1 = 0,27 mm e y1 = 0,44 mm de calços devem ser retirados da máquina B nos respectivos pontos de apoio. • Alinhamento no plano horizontal As leituras A e B mostram que, neste caso particular, a máquina A está 0,08 mm à esquerda da máquina B e esta, por sua vez, 0,08 mm à direita da máquina A (Fig. 3). Então, neste caso, bastará deslocar a máquina B 0,08 mm para esquerda paralelamente ao eixo. Planta Figura 3 7. ALINHAMENTO DE MÁQUINAS QUENTES Equipamentos que operam em temperaturas significativamente superiores, em relação às condições de partida, provocam alterações de posição dos acoplamentos de transmissão. Nestes casos, é preciso conhecer tais deslocamentos, de modo a compensá-los durante o alinhamento a frio, para que os eixos fiquem corretamente alinhados à quente. Equipamentos que operam com temperaturas superiores a 10°C das condições nas quais os eixos foram alinhados, necessitam de correção de posição para alinhamento a frio, compensando as dilatações verticais e horizontais. O cálculo de deslocamento é simples: ∆ ∆1 1= o. .α θ , onde ∆1 = deslocamento (mm) 1o = cota considerada (mm), α = coeficiente de dilatação do material (1/°C), ∆θ = diferença entre a temperatura de operação e a temperatura de execução do alinhamento (°C). Além das temperaturas reais de operação, temos que conhecer os possíveis pontos de guia, das carcaças dos equipamentos a serem alinhados. Pontos de guia limitam o deslocamento da estrutura, em determinadas direções, e isto influenciará na cota considerada para o cálculo da dilatação. Exemplo: Um conjunto de acionamento, com motor, multiplicador de velocidade e bomba de alta pressão, serão alinhados à temperatura de 25°C. O motor chega a 39°C na carcaça, entre o centro do eixo e a base. O multiplicador opera com 65°C. A bomba trabalha na temperatura de 31°C no pedestal. Direção Vertical Máq. (A) Máq. (B) DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 28 motor: ∆1 = 1o . α . ∆θ ∆1 = 600 . 0,000012 . (39 - 25) multiplicador: ∆1 = 1o . α . ∆θ ∆1 = 600 . 0,000012 . (67 - 25) bomba: ∆1 = 1o . α . ∆θ ∆1 = 600 . 0,000012 . (31 - 25) A diferença de dilatação na vertical, entre motor e multiplicador é de 0,201 mm. Entre o multiplicador e a bomba a diferença é de 0,259 mm. Direção horizontal Motor e bomba não sofrem mudança de posição do eixo, nesta direção. multiplicador: ∆1 = 1o . α . ∆θ ∆1 = 840 . 0,000012 . (67 - 25) Neste caso, ocorrerá dilatação para o lado do motor e da bomba, em quantidades iguais de 0,212 mm, na horizontal. Portanto, no alinhamento a frio, o multiplicador deve ficar 0,20 mm mais baixo que o motor e 0,26 mm mais baixo que a bomba. Lateralmente, deve ficar com diferença de 0,21 mm, conforme indicação no desenho, tanto para o motor quanto para a bomba. ∆1 = 0,101 mm ∆1 = 0,302 mm ∆1 = 0,043 mm ∆1 = 0,423 mm DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 31 ( )Mt F d tg d A= + +     2 2 0 7. , . .α µλ tgλ= µ βcos tg h de α π = . d : diâmetro nominal do parafuso (cm) Mt : torque de aperto (kgf.cm) F : força de protenção (kgf) de : diâmetro efetivo do parafuso (cm) α : arctg h deπ . , ângulo de inclinação dos filetes. λ : arctg µβcos β : metade do ângulo de perfil dos filetes µ : coeficiente de atrito nos filetes µA : coeficiente de atrito entre a porca e superfície de apoio. h : passo (cm) F : força de protenção admissível (kgf) A : área do núcleo (cm²) σt : tensão admissível de tração (kgf/cm²) σe : tensão de escoamento F  F = σ . A σ = 0,6 . σe, para carregamento estático 10. TABELA DE TORQUE EM PARAFUSOS PARA ALGUNS MATERIAIS JIS SS41 JIS SCM3 ABNT CLASSE 8.8 ABNT CLASSE 10.9 ABNT CLASSE 12.9 d (mm) SAE 1016 - 1023 (kgf.m) SAE 4135 * (kgf.m) (kgf.m) (kgf.m) (kgf.m) 4 0,08 - 0,095 0,23 - 0,27 5 0,14 - 0,17 0,42 - 0,50 6 0,25 - 0,30 0,72 - 0,85 1,03 1,50 1,80 8 0,56 - 0,68 1,60 - 1,90 2,36 3,35 4,00 10 1,10 - 1,30 3,00 - 3,50 4,50 6,30 7,25 12 1,80 - 2,10 4,90 - 5,70 7,20 10,50 12,50 14 2,70 - 3,20 7,50 - 8,90 11,20 16,00 20,00 16 3,70 - 4,50 10,2 - 12,2 17,00 23,00 30,00 18 5,50 - 6,60 15,0 - 17,9 23,60 33,50 42,50 20 7,30 - 8,70 19,5 - 23,0 31,50 45,00 53,00 22 8,80 - 10,7 25,0 - 29,5 40,00 56,00 71,00 24 12,0 - 14,5 32,5 - 39,0 56,00 75,00 94,00 27 16,5 - 20,0 45,0 - 53,0 30 22,5 - 27,5 62,0 - 74,5 33 29,0 - 35,0 80,0 - 94,0 36 38,0 - 46,0 100 - 120 DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 32 39 48,0 - 58,0 127 - 152 42 60,0 - 72,0 160 - 190 11. PROCEDIMENTO DO ALINHAMNETO • Verificar: eixos empenados, base deformada ou pé manco; • Verificar se a máquina está ligada a tubulação de vapor ou que esteja sujeita a deformação térmica • Checagem de pé manco • Está situação precisa ser corrigida antes do alinhamento • Utilize o recurso Softcheck, acessado pelo programa de alinhamento horizontal ou pelo programa de alinhamento de cardã 1. Acione o ícone na tela de configuração 2. Verifique se todos os pés estão fixados firmemente 3. Selecione um dos pés acionando o ícone correspondente 4. Desaperte completamente o parafuso do pé selecionado e reaperte novamente (se possível com torquímetro). O valor medido é armazenado ao pressionar a tecla OK 5. Repita o procedimento para os outros pés 6. Execute as correções e cheque cada pé novamente 7. Saia do programa • Configuração o Escolha a resolução de medição o Escolha o tempo de amostragem o Seleção da máquina estática o Escolha do método de medição • ALINHAMENTO HORIZONTAL • Método do relógio 1. Montar a corrente no eixo e apertá-la com a chave. 2. Montar as hastes e as unidades TD, sendo TD-S na unidade fixa e TD-M na unidade móvel. 3. Conectar os cabos. Há duas maneiras para se fazer isto:  Conectar um cabo entre a unidade display e uma das unidades de TD. Conectar as duas unidades TD.  Conectar um cabo entre um dos terminais e o display e um dos terminais da unidade TD-M. Conectar o segundo cabo entre o outro terminal do display e a unidade TD-S. 4. Selecionar no menu principal o programa de alinhamento horizontal 5. Meça as distancias A, B, C e D e insira nos campos selecionados através de toque na tela 6. Libere a máquina a ser medida faceando com a máquina estacionária 7. Mova os eixos até a posição 12 horas. Os alvos devem ser fechados por cima dos sensores e os feixes de laser devem ser ajustados no centro dos alvos através do ajuste fino 8. Mova as unidades para a posição 9 horas. Abra as coberturas dos sensores até que os valores de leitura apareçam na tela; acione o ícone de 9 horas. 9. Utilizando o inclinômetro mova os eixos até a posição de 3 horas e acione o ícone 3 horas. A tela apresentará os valores atuais de desalinhamento horizontal 10. Mova os eixos até a posição 12 horas e acione o ícone 12 horas. A tela apresentará os valores de desalinhamento vertical. 11. Ajuste a máquina verticalmente até que os valores de desalinhamento paralelo e angular estejam dentro das tolerâncias. 12. Mova os eixos até a posição 3 horas e ajuste a máquina horizontalmente até o valor desejado 13. Mova os eixos até a posição 12 horas e pressione o ícone para checar se o valor está dentro das tolerâncias. 14. Os dados podem ser salvos para futura impressão ou transferência para um PC acionando-se o ícone arquivo. • Método dos Três Pontos – Tripoint DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 01 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: ALINHAMENTO COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 33 1. Utilizado quando os eixos não podem ser girados para as posições 3 e 9 horas ou só podem ser movidos numa direção 2. No menu principal selecionar o ícone alinhamento horizontal 3. Selecione o ícone de configuração e entre no menu ajuste 4. Acione o cone do Tripoint 5. A tela irá apresentar a máquina. Ajuste as dimensões da mesma forma do método do relógio 6. Ajuste as unidades TD e ajuste os feixes de laser no centro dos alvos 7. Acione o ícone de registro para registrar a primeira leitura 8. Mova o eixo para a próxima posição, no mínimo 30o 9. Acione o ícone de registro 10. Mova os eixos para a posição seguinte e registre 11. Acionar os ícones horizontal ou vertical para mostrar os valores atuais • Algumas situações podem ser encontradas quando do trabalho de alinhamento. Pode ocorrer de a máquina móvel não poder ser mais movimentada. Para fazer isto, do menu set-up, escolher o programa de pés estáticos (static feet). Neste programa pode-se escolher qual pé será ajustável e qual será fixo. O alinhamento horizontal precisa ser finalizado antes de iniciar o programa. • Alinhamento vertical 1. Escolher no menu principal Alinhamento vertical 2. Medir a distancia entre as unidades TD. Pressionar o campo A e entrar com o valor. Pressionar OK. Repetir o procedimento até o valor de D. Qualquer valor pode ser corrigido quando necessário. 3. Posicionar de maneira que seja fácil girar 180o (6 horas) 4. Girar o eixo posicionando os TD em 9 horas e pressionar o ícone correspondente 5. Girar o eixo para a posição 3 horas e pressionar o ícone correspondente para registrar a leitura. Este valor determina a posição da máquina no eixo 3 – 9 horas 6. Girar o eixo para a posição 12 horas e teclar o ícone 7. Os valores mostrados são do desalinhamento no eixo 6 – 12 horas 8. Os valores mostrados correspondem ao valor de cada calço de correção 9. O paralelismo é corrigido utilizando-se o display 10. Iniciar pela colocação de calços para correção do desalinhamento angular 11. Ajustar a máquina no eixo 12 – 6 horas, girar para a posição 12 horas e registrar. Usar o display de paralelismo para mostrar e corrigir o erro 12. Para ajustar a máquina no eixo 3 – 9 horas girar o eixo para a posição 3 horas e teclar no ícone correspondente. Usar o display de paralelismo para mostrar e corrigir o erro 13. Os dados podem ser impressos ou salvos para futura impressão ou transferência para um PC acionando-se o ícone File Drawer
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