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Tecnicas Construtivas - Apostilas - Arquitetura Parte1, Notas de estudo de Arquitetura

Apostilas de Arquitetura sobre o estudo das Técnicas Construtivas no Brasil Colonial, unidades de medida, fundações, elementos verticais.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 26/03/2013

Cunha10
Cunha10 🇧🇷

4.5

(244)

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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Tecnicas Construtivas - Apostilas - Arquitetura Parte1 e outras Notas de estudo em PDF para Arquitetura, somente na Docsity! BUENO, Alexei; TELLES, Augusto da Silva; Cavalcanti, Lauro. Patrimônio Construído: as 100 mais belas edificações do Brasil. São Paulo, Capivara, 2002. MENDES, Chico; VERÍSSIMO, Chico; BITTAR, Willian. Arquitetura no Brasil de Cabral a Dom João VI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2007. NEVES, Felipe Paniago Lordelo; Paula, Marcos Vinicius Lopes de; PICCOLO, Sara. Técnicas Construtivas do Brasil-colônia. Campo Grande/ MS. Trabalho de História e Teoria III, Curso de Arquitetura e Urbanismo, UFMS, 2006. REIS, Nestor Goulart. Evolução Urbana do Brasil 1500/ 1720. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo, Pini, 2000. REIS, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. 4 ed. São Paulo, Perspectiva, 1970. SAIA, Luís. Morada Paulista. 2 ed. São Paulo, Perspectiva, 1976. VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro, Objetiva, 2000. VILLELA, Clarisse M. Artes e ofícios. A cantaria mineira Técnicas Construtivas no Brasil Colonial BIBLIOGRAFIA Sítio Santo Antônio. São Roque – SP (1640) Com a chegada da frota de Cabral, iniciava-se oficialmente a posse daquele extenso território. Na praia, a receber os portugueses, homens pardos, maneira de avermelhados, nus, coroados de penas coloridas e ornamentados com colares de conchas. Aparentemente dóceis, onde habitavam? Como seriam seus povoados? Légua e meia mata adentro, algumas respostas: casas compridas como uma nau, de madeira, cobertas de palha. Aqui se revelavam dois importantes materiais que seriam fartamente utilizados na construção da Colônia. A madeira, de excelente qualidade, alem da ótima lenha produziu a primeira cruz, lavrada pelos carpinteiros para o espanto dos nativos diante das ferramentas de ferro, já que eles utilizavam a pedra para o corte e confecção das "lâminas" de suas armas. Madeira, palha, pedra. Faltava apenas o barro para completar a lista de materiais com os quais os portugueses edificaram uma nação, agenciando-os de formas variadas, incorporando e sincretizando técnicas construtivas de povos conquistados em suas viagens ultramarinas. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial Primeira Missa no Brasil (Victor Meirelles – 1861) Um binômio poderia indicar a opção construtiva, composto pelo determinismo geográfico, que definia os materiais disponíveis na região. Outro componente resulta de amálgamas culturais, uma fusão da qualidade dos mestres-de-obras, trabalhadores livres ou escravos disponíveis. Técnicas portuguesas, indígenas e africanas. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial FUNDAÇÕES No caso das estruturas autônomas, ou gaiolas, a cava de fundação poderia ser disposta sob o esteio, apenas para receber as cargas concentradas. De qualquer forma, abria-se uma vala fio terreno, investigava-se a resistência do solo para iniciar o assentamento das pedras brutas, calçadas com pedriscos e eventualmente recebendo uma "calda", um tipo de argamassa liquefeita composta de barro, cal e algum aglomerante.2(fig. 83) Para guarnecer a fundação das águas pluviais, a ultima fiada era discretamente elevada em relação ao nível do terreno, recebendo uma laje de pedra, disposta ao longo de toda a edificação, como um rodapé. É comum indicar-se o óleo de baleia como aglutinante. No entanto, pesquisas mais recentes referem-se à borra ou resíduo do cozimento, já que o óleo seria muito caro. Portanto, o óleo só seria utilizado como hidrorrepelente, Também foi largamente utilizada a fundação corrida, o baldrame, confeccionada de pedras brutas, dispostas em uma cava de largura variável por 1,50m de profundidade, aplicada para receber paredes autoportantes, com cargas distribuídas Técnicas Construtivas no Brasil Colonial ELEMENTOS VERTICAIS Os elementos verticais podem ser classificados segundo suas características estruturais: paredes autoportantes , que acumulam as funções de vedação e sustentação, recebendo todos os empuxos da cobertura, descarregando-os de forma distribuída sobre as fundações; estrutura autônoma ou gaiola, com esteios descarregando seus esforços de forma concentrada, associada as paredes de vedação, de materiais diversos. Não é rara a presença das duas técnicas em uma mesma edificação, decorrente de condições locais ou a época dos acréscimos ou modificações. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial ELEMENTOS VERTICAIS Estrutura autônoma (sustentação) com alguns elementos utilizados para vedação: Paredes de vedação Sua fabricação é bem simples e rápida. Após a escolha do barro apropriado, através de conhecimento empírico, ele é então amassado junto com fibras vegetais e colocado em formas retangulares que deviam ser umedecidas para fácil soltura da peça e depois colocadas para secar ao sol, a secagem leva em torno de 10 dias e deve ser virado a cada 2 dias. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial ADOBE Depois de seco é assentado sobre algum tipo de fundação que deve ter no mínimo 60cm, para evitar a degradação pela água e então é erguida a vedação, que pode também ter função estrutural. A caiação também é indicada para evitar que a água enfraqueça a parede. A construção pode durar até 20 anos dependendo das condições do local. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial ADOBE Técnicas Construtivas no Brasil Colonial ADOBE Técnicas Construtivas no Brasil Colonial TAIPA DE MÃO 3. Amarração das ripas horizontais na estrutura de pau-a-pique, usando fibras vegetais. A estrutura de madeira é montada com esteios, normalmente de forma retangular, enterrada no solo a profundidades variáveis, com um tipo de fundação formada pela continuidade do tronco em que era cortado o esteio. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial TAIPA DE MÃO No nível do piso, esses esteios fincados no solo recebiam encaixes para a colocação de vigas baldrames mais altas que o solo para evitar a penetração da água. Sobre as vigas se apoiavam os barrotes de sustentação dos assoalhados, que era o piso mais empregado nesse sistema construtivo. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial TAIPA DE MÃO A técnica da taipa de pilão também é um procedimento milenar, registrado em todos os continentes. Trata-se de uma técnica que utiliza barro, água, fibras vegetais e algum tipo de aglomerante, que pode ser o estrume ou sangue de animais. Estes componentes são apiloados em uma forma de madeira, o taipal, confeccionada por tabuas com cerca de 0,40m de altura, dispostas ao longo das fundações corridas Recebe esta denominação por ser socada (apiloada) com o auxílio de um pilão. A forma que sustenta o material durante sua secagem é denominada de taipal. A taipa encontrada no período colonial brasileiro é executada com terra retirada de local próximo à construção devido às dificuldades de transporte e ao volume grande de material. As argilas são escolhidas pelo próprio taipeiro que conhecia de forma empírica as propriedades físicas do material. Após o preparo da argamassa de barro, esta é disposta dentro do taipal, em camadas de 10 a 15 centímetros, que depois de perfeitamente apiloadas ficam com espessuras menores. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial TAIPA DE PILÃO Como as espessuras das paredes variam de 30cm a 1.2m. O apiloamento é interrompido quando a taipa emite um som metálico característico, o que significa a mínima quantidade de vazios ou que o adensamento manual máximo das argilas foi atingido. Os taipais possuem medidas que variavam de 1m a 1,5m de altura por 2m a 4m de comprimento, compostos por tábuas presas a um sarrafo formando uma caixa sem fundo. A primeira parte da parede é apiloada diretamente sobre a fundação, que pode ser de pedra ou outro material. Depois de terminado o apiloamento até a borda do taipal é retirada o mesmo e montado novamente sobre a parte já pronta da parede para assim dar continuidade até que se atinja a altura desejada. A mistura é compactada em camadas de 0,20m, retirando-se o excesso de umidade para que a mistura superior possa ser assentada, e assim sucessivamente até a altura pré- determinada através de guias de madeira (fig. 95). Técnicas Construtivas no Brasil Colonial TAIPA DE PILÃO Muitas vezes são adicionados reforços de madeira para dar maior firmeza à parede, assim como as barras de aço nas construções modernas de concreto. O tempo de secagem é de no mínimo 3 meses e pode demorar até 6 dependendo das dimensões da parede. A abertura dos vãos é previamente determinada com a inserção de esteios de pedra ou madeira coma guarnição das envasaduras, gerando pequenos nichos internos que são ocupados com conversadeiras. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial TAIPA DE PILÃO A pedra natural, enquanto material imediato e acessível, utilizada em objetos e construções, tem acompanhado o homem desde o período pré-histórico e, em sua perenidade, vem registrando a trajetória das civilizações. Inicialmente empregada na forma bruta, foi sendo, ao longo do tempo, dominada e transformada. A pedra no Brasil – colônia foi usada mais em construções publicas e religiosas. As casas, geralmente, possuíam apenas a fundação e ou um barrado de pedra. Cantaria é a pedra que, tendo sido afeiçoada manualmente, com o uso de ferramentas adequadas, apresenta-se pronta para ser utilizada em construções e equipamentos. Atua ora como elemento estrutural, ora como ornamentação e, muitas vezes, atende às duas funções. Igreja de Nossa Senhora da Graça (Olinda – 1580) Técnicas Construtivas no Brasil Colonial CONSTRUÇÕES EM PEDRA As alvenarias de pedra, brutas ou aparelhadas, secas ou argamassadas, foram largamente utilizadas na Colônia, tanto por sua abundância como pela resistência às intempéries. Alem disso, o trabalho em cantaria era tradicional entre os portugueses, oficiais de grande domínio no corte da pedra e na arte da estereotomia. Resultava em muros ou paredes de grande largura, podendo atingir alturas superiores aquelas de outras técnicas menos resistentes. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial CONSTRUÇÕES EM PEDRA Em construções de porte médio, as paredes de pedra argamassada adotavam cerca de 60 a 80 cm de espessura. Para os grandes edifícios (igrejas; conventos e Casas de Câmara e Cadeia) sua espessura variava de 1 a 1,5m. Tal diferença decorria do aumento das cargas dos telhados sobre as paredes perimetrais, evitando-se o comprometimento estrutural. Técnicas Construtivas no Brasil Colonial CONSTRUÇÕES EM PEDRA
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